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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

versão impressa ISSN 0871-9721

Resumo

CARDOSO, Bárbara Kong et al. Análise de um modelo preditivo para o diagnóstico de alergia a fármacos baseado na história clínica. Rev Port Imunoalergologia [online]. 2020, vol.28, n.1, pp.11-17. ISSN 0871-9721.  https://doi.org/10.32932/rpia.2020.03.028.

Fundamentos: As reações alérgicas a fármacos constituem um importante problema de saúde pública associado a uma morbilidade e mortalidade significativas. Sendo o estudo alergológico nestas situações consumidor de tempo e recursos consideráveis, um modelo preditivo que permitisse, com base nos dados clínicos, avaliar o risco de diagnóstico positivo de uma forma objetiva, poderia simplificar este estudo. Objetivo: Testar o modelo preditivo construído por Hierro Santorino em doentes seguidos no nosso Serviço de Imunoalergologia por suspeita de alergia medicamentosa e verificar o seu desempenho nesta população. Métodos: Foram avaliados os processos clínicos dos doentes que recorreram à consulta de Imunoalergologia por suspeita de alergia medicamentosa com estudo alergológico concluído entre janeiro de 2017 e junho de 2018. Foram registados os dados identificados como fatores preditivos no referido modelo, assim como o resultado do estudo alergológico. Foi aplicado o algoritmo proposto por Hierro Santorino a esta população e verificado o seu desempenho. Resultados: Foram analisados 159 casos correspondendo a 143 doentes, 54 (37,8%) do sexo feminino e com uma média de idade 42,1 ± 25,4 anos. Em 108 casos havia apenas um fármaco suspeito. Em 39% dos casos, os antibióticos betalactâmicos foram os fármacos suspeitos, em 31% os antinflamatórios não esteroides (AINEs) e em 29,6% foram suspeitos fármacos de outras classes. Em 18,2% dos casos foi feito o diagnóstico de alergia, em 15,7% de intolerância a AINEs, em 5% de intolerância a inibidores da enzima conversora da angiotensina e em 54,1% dos casos foi excluída alergia. Quando foi aplicado o modelo em estudo a probabilidade média de diagnóstico positivo calculada para o grupo dos alérgicos foi de 73,3% (28,6% a 91,7%) e de 68,7% (8,4 a 96,4%) para o grupo dos não alérgicos, não se encontrando um limiar com bom poder discriminativo entre as duas situações (curva ROC). Conclusões: O modelo testado revelou um mau desempenho nesta população, sugerindo que os modelos preditivos necessitam de aperfeiçoamento para virem a ser uma ferramenta útil no estudo alergológico das reações a fármacos.

Palavras-chave : Alergia a fármacos; hipersensibilidade a fármacos; estudo alergológico; modelos preditivos; algoritmos de decisão.

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