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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

versión impresa ISSN 0871-9721

Resumen

LOPES, Cristina et al. Perfil de diversidade da comunidade estafilocócica da pele em doentes com dermatite atópica. Rev Port Imunoalergologia [online]. 2013, vol.21, n.3, pp.187-195. ISSN 0871-9721.

Introdução: A dermatite atópica (DA) é uma doença cutânea crónica imunologicamente mediada em que a maioria dos doentes está colonizada por Staphylococcus aureus (S. aureus) capaz de produzir vários factores de virulência. O S. aureus pode ser cultivado em cerca de 90% das lesões cutâneas e pode colonizar a pele de aspecto morfologicamente normal. Os estafilococos coagulase negativos (SCN) geralmente não produzem toxinas com actividade superantigénica, mas o seu papel patogénico na DA não pode ser excluído. Neste estudo, pretende-se caracterizar a comunidade estafilocócica da pele de doentes com DA e indivíduos saudáveis, assim como identificar factores de virulência nas espécies identificadas. Métodos: Todos os isolados estafilocócicos foram submetidos a análise numérica de factores de virulência. As espécies isoladas da pele de doentes com DA e indivíduos saudáveis foram submetidas a técnicas de identificação molecular por Multiplex-PCR para identificação de bactérias pertencentes às espécies S. aureus, S. epidermidis, S. capitis, S. hominis e S. haemolyticus através de fragmentos específicos de ADN de 700, 124, 208, 806 e 271 bp, respectivamente. Identificação complementar de cada isolado, previamente identificado por Multiplex-PCR e de 22 isolados não identificados foram realizados por sequenciação do gene sodA. Resultados: Nos doentes com DA isolaram -se estirpes de S. aureus, com 71 (36,2%), S. epidermidis com 59 (30,1%) e S. hominis com 54 (27,6%) isolados. Foi analisada a pele de indivíduos -controlo saudáveis com prevalência para o S. warneri com 10 (23,8%) isolados e S. saprophyticus com 9 (21,4%) isolados juntamente com mais seis espécies identificadas, i.e., S. epidermidis, S. aureus, S. capitis, S. hominis, S. haemolyticus e S. lugdunensis. A maioria das espécies de estafilococos foi coagulase negativo (158/238 isolados) e desoxirribonuclease negativos (161/238). Verificou-se maior biodiversidade na pele de indivíduos saudáveis, com 8 espécies identificadas, do que na pele de doentes com DA, com 4 espécies identificadas. Conclusão: Existe uma maior diversidade de espécies estafilocócicas em indivíduos saudáveis comparativamente aos doentes com DA na presente amostra. A predominância de SA na pele de doentes com DA evidencia a sua maior adaptação. A caracterização detalhada e o perfil de virulência para cada doente poderão ser úteis numa terapêutica antimicrobiana individualizada. A relação simbiótica versus antagonista entre os estafilococos comensais e SA deverá ser melhor esclarecida.

Palabras clave : Dermatite atópica; estafilococos; factores de virulência.

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