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Arquivos de Medicina

versão On-line ISSN 2183-2447

Resumo

LIMA, Eduardo et al. Determinação de Anticorpos Anti-Mielina na Esclerose Múltipla . Arq Med [online]. 2008, vol.22, n.4-5, pp.107-111. ISSN 2183-2447.

Introdução: A Esclerose Múltipla é uma doença desmielinizante primária de carácter autoimune, envolvendo diferentes mecanismos imunopatológicos. Pensa-se que anticorpos dirigidos contra antigénios da mielina podem estar associados aos danos na mielina ou surgirem devido a estes, pelo que, o seu doseamento poderá constituir um marcador de evolução da doença. No entanto, a positividade desta pesquisa pode levantar dúvidas em termos de valorização clínica dada a descrição destes auto-anticorpos também em indivíduos sem doença. O objectivo deste trabalho foi a avaliação da presença de auto-anticorpos para a mielina em pacientes com o diagnóstico de Esclerose Múltipla, comparativamente a amostras de controlo, avaliando a sua associação com sintomas clínicos em pacientes com diferentes formas clínicas da Esclerose Múltipla. Métodos: A pesquisa de anticorpos para a mielina foi realizada por uma técnica de imunofluorescência indirecta usando como substrato, nervo periférico de primata (EUROIMMUN®). Foram estudados 34 doentes (14M/11H), observados no serviço de Neurologia do Hospital de São João: 8 com forma monosintomática em surto, 11 com forma Surto/Remissão (SR) em remissão, 11 com forma SR em surto e 4 com forma Primária Progressiva (PP) em remissão. A população de controlo foi constituída por 25 amostras de indivíduos saudáveis (26M/8H). Resultados: Encontraram-se diferenças significativas nas duas populações em relação à presença de anticorpos para a mielina (p<0,001). A análise dos diferentes tipos clínicos demonstrou uma prevalência de 87,5% nos casos com SCI, 77,3% na forma SR e 75,0% na forma PP. Em relação à situação clínica, 94,7% dos doentes em surto possuíam anticorpos anti-mielina enquanto que nos doentes em remissão 60,0% foram positivos. No grupo sem patologia, 32,0% apresentou positividade para os anticorpos anti-mielina. Conclusões: Apesar deste teste não ser específico na Esclerose Múltipla, na população de doentes estudada verificou-se uma maior prevalência dos anticorpos anti-mielina por imunofluorescência indirecta nos pacientes em surto. Até que novos e melhores marcadores serológicos estejam disponíveis, este teste poderá ser útil para monitorizar pacientes com diagnóstico definitivo ou possível de Esclerose Múltipla, na qual a presença destes auto anticorpos poderá indicar um possível surto.

Palavras-chave : esclerose múltipla; auto-anticorpos; mielina; imunouorescência indirecta.

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