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Revista de Ciências Agrárias

versão impressa ISSN 0871-018X

Resumo

MENDES, J. P.  e  CARVALHO, M.C.. Controlo da salinidade do solo com recurso à sementeira directa. Rev. de Ciências Agrárias [online]. 2009, vol.32, n.1, pp.360-369. ISSN 0871-018X.

A introdução do regadio utilizando água com teores moderados de sais, em zonas de clima semi-árido e em solos com má drenagem interna, conduz, a prazo, ao inevitável aumento da salinidade do solo e, provavelmente, ao risco de alcalização do mesmo. A maior parte das áreas de regadio, a beneficiar com as águas provenientes do Alqueva, enquadram-se nesta circunstância. No presente estudo, pretende-se averiguar se, o aumento da infiltrabilidade do solo e a redução da evaporação directa, conseguida com uma elevada quantidade de resíduos à superfície do solo provenientes de uma cultura de cobertura seguida de s ementeira directa, possibilitam uma menor acumulação dos sais durante o Verão e uma maior lavagem, dos mesmos, durante o Inverno. Para testar a sementeira directa com cultura de cobertura, como tecnologia para o controlo da salinidade, a longo prazo, em clima semi-árido e solos mal drenados, instalou-se um ensaio no Alto Alentejo no perímetro de rega do Caia, em Luvissolos Cálcicos (classificação FAO). O ensaio decorreu debaixo de uma rampa rotativa e tem como tratamentos principais dois sistemas de preparação do solo: sementeira directa sobre cultura de cobertura (SD); sistema convencional (SC), subdividido em dois níveis de salinidade da água (0,7 dS m-1 e 2 dS m-1) e em dois regimes hídricos (100% e 70% da ETc do SC). O regime hídrico mais baixo foi obtido por redução do diâmetro dos bicos dos aspersores numa coroa circular da rampa rotativa e as diferentes qualidades da água foram obtidas por aplicação de cloreto de sódio e de sulfato de magnésio à superfície do solo como se se tratasse de um fertilizante de cobertura, sólido. Ao fim do segundo ano de ensaio, os valores de salinidade da solução do solo (1:2 em peso) nos primeiros 0,20 m são inferiores na sementeira directa (0,63 dS m-1 para a SD e 0,75 dS m-1 para o SC) e as diferenças são mais acentuadas no regime hídrico mais elevado. Os valores mais baixos de condutividade eléctrica da solução do solo ao fim de dois anos são indicadores, de que, a sementeira directa, em conjunto com uma cultura de cobertura, poderá ser uma ferramenta útil na prática de uma agricultura de regadio sustentável, em clima semi-árido e em solos de baixa condutividade hidráulica, mesmo utilizando águas de rega com condutividade eléctrica (CE) moderada.

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