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Revista de Ciências Agrárias

Print version ISSN 0871-018X

Abstract

FERREIRA, R.; ALVES-PEREIRA, I.; MAGRICO, S.  and  FERRAZ-FRANCO, C.. Comportamento celular e resposta antioxidante diferenciados de Saccharomyces cerevisiae e de Saccharomyces chevalieri ao metavanadato de amónio. Rev. de Ciências Agrárias [online]. 2007, vol.30, n.1, pp.455-464. ISSN 0871-018X.

A fermentação do vinho é um processo microbiológico complexo que requere a presença de leveduras adaptadas a condições de stresse. No ambiente celular de organismos aeróbios ocorrem naturalmente espécies reactivas de oxigénio (ROS) como subprodutos da respiração mitocondrial. A elevada reactividade destas espécies químicas pode gerar danos moleculares que, em alguns casos, levam à morte celular. Em condições fisiológicas normais ou como resposta ao stresse oxidativo, a célula pode desencadear respostas adaptativas que envolvem mecanismos antioxidantes como os enzimas glutationo redutase (GR; EC 1.6.4.2) e catalases T (CAT T; EC 1.11.1.6) e A (CAT A; EC 1.11.1.6). O vanádio, um metal pesado presente em alguns fitofármacos, pode também com portar-se como um gerador de ROS, alterando o estado redox intracelular e exercendo efeitos nocivos em leveduras expostas a quantidade excessiva deste elemento. O principal objectivo deste trabalho foi comparar o efeito do metavanadato de amónio (NH4VO3), um sal pentavalente de vanádio, na viabilidade celular e nas actividades enzimáticas GR, CAT T e CAT A das leveduras vínicas Saccharomyces cerevisiae UE-ME3 e Saccharomyces chevalieri UE-ME1. Os resultados obtidos mostram que S. chevalieri UE-ME1 revelou menor tolerância ao NH4VO3 do que S. cerevisiae UE-ME3, uma vez que culturas de S. chevalieri não sobreviveram para valores de concentração do sal de vanádio superiores a 7,5 mM enquanto que células de S. cerevisiae mantiveram-se viáveis em presença de metavanadato de amónio 75 mM. As actividades enzimáticas estudadas apresentaram em S. chevalieri valores muito inferiores aos que foram determinados em S. cerevisiae embora em ambas as espécies de levedura o NH4VO3 pareça comportarse como um indutor de stresse oxidativo ao provocar um decréscimo significativo da actividade GR (P<0,01) e um aumento significativo da actividade CAT A (P<0,01). Observou-se, ainda, nas duas espécies de levedura, um aumento da actividade enzimática CAT T, tida como resposta adaptativa protectora ao stresse oxidativo. O comportamento diferenciado de adaptação à presença de metavanadato de amónio pelas duas espécies de Saccharomyces pode ser parcialmente justificado pela presença de sistemas antioxidantes mais eficientes em S. cerevisiae UE-ME3.

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