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Análise Psicológica

 ISSN 0870-8231 ISSN 1646-6020

ALMEIDA, Tiago    SILVA, Ana Cristina. Estabilidade gráfica das produções escritas e conceptualizações infantis sobre a linguagem escrita: Escrita cursiva e escrita a computador. []. , 35, 4, pp.439-451. ISSN 0870-8231.  https://doi.org/10.14417/ap.1249.

^lpt^aO objetivo deste estudo foi analisar a relação entre as conceptualizações infantis sobre a linguagem escrita e a estabilidade gráfica das produções escritas de crianças de idade pré-escolar em dois momentos consecutivos. Também pretendemos avaliar em que medida a utilização do computador pode aumentar o número de letras corretamente mobilizadas comparativamente à utilização de escrita cursiva. Participaram 90 crianças de quatro jardins-de-infância de Lisboa. As crianças eram equivalentes quanto à idade, inteligência e número de letras que conheciam e diferiam no nível conceptual sobre a escrita. Foram criados 3 grupos experimentais (n=30) definidos em função do nível conceptual (Alves Martins, 1996): silábico com fonetização, silábico-alfabético e alfabético. Os participantes escreveram uma mesma lista de palavras em momentos consecutivos (cursiva e computador) e compararam-se os pares de palavras produzidos e o número de letras corretamente mobilizadas na escrita das palavras em cada um dos momentos. As crianças silábicas com fonetização e alfabéticas apresentaram maior número de pares de palavras escritas com identidade total (pares cuja semelhança entre as palavras produzidas em dois momentos de escrita é total). Os pares de produções escritas com alternância grafo-fonética (pares cuja a semelhança entre as palavras produzidas nos dois momentos de escrita é próxima, ou seja, existem letras que se repetem nos dois momentos de produção, embora se verifiquem variações na mobilização de pelo menos uma letra pertinente entre os pares) foram mais frequentes nos participantes do nível conceptual silábico-alfabético. Os resultados indicam que o número de letras corretamente mobilizadas nas escritas infantis é superior quando a escrita é realizada no computador e que os pares com alternâncias grafo-fonéticas questionam a ideia de um desenvolvimento linear na apropriação por parte das crianças da lógica alfabética subjacente à codificação escrita.^len^aThe goal of this study was to analyze the relationship between children’s conceptualizations on written language and the graphic stability of written productions of preschool children. We also intend to evaluate to what extent the use of the computer can increase the number of letters correctly mobilized compared to the use of cursive writing. We selected 90 children from four kindergartens in Lisbon. Children were equivalent in age, intelligence, and number of letters they knew and differed at the conceptual level about writing. Three experimental groups (n=30) were defined according to the conceptual level (Alves Martins, 1996): syllabic with phonetic, syllabic-alphabetic and alphabetical. Participants wrote the same list of words in consecutive moments (handwriting and computer) and compared the pairs of words produced and the number of letters correctly mobilized in the writing of words at each moment. The syllabic children with phonetypes and alphabetic letters presented the highest number of pairs of words written with total identity (pairs whose words are produced in two moments of writing). The pairs of productions written with graphonomic-phonetic alternation (pairs whose similarity between the words produced in the two moments of writing is close, that is, there are letters that repeat in the two moments of production, although there are variations in the mobilization of at least a relevant letter among the peers) were more frequent in participants at the syllabic-alphabetical conceptual level. The results indicate that the number of letters correctly mobilized in children’s writings is superior when writing is done in the computer and that the pairs with graphological-phonetic alternations question the idea of a linear development in the children’s appropriation of the alphabetical logic underlying the codification writing.

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