18 4 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Análise Psicológica

 ISSN 0870-8231

ANDRADE, Cláudia    FONTAINE, Anne Marie. Abordagem psicossocial dos comportamentos orientados para a Saúde: estudo dos factores de previsão da aceitação e da rejeição do Diagnóstico Pré-Natal. []. , 18, 4, pp.499-521. ISSN 0870-8231.

^lpt^aA presente investigação fundamentou-se nas teorias relevantes para a compreensão dos comportamentos orientados para a saúde, nomeadamente o Health Belief Model desenvolvido por Rosentock (1974), e nos seus desenvolvimentos aplicados ao contexto específico do Diagnóstico Pré-Natal (Davies, 1983). Este modelo foi articulado com a teoria de Ajzen e Fishbein (1980), o Modelo da Acção Reflectida aplicado ao domínio da saúde. As atitudes e comportamentos face ao Diagnóstico Pré-Natal (DPN) em duas sub-amostras (30 mulheres que aceitaram a realização do DPN e 30 mulheres que recusaram a realização do DPN) permitiu discriminar 83% das aceitações, 93% para as rejeições ou seja 88.3% das escolhas. Estes comportamentos reflectem a influência das variáveis como o grau de instrução, a avaliação dos custos e dos benefícios inerentes à realização do DPN, os conhecimentos sobre a síndrome de Down (e o DPN), as atitudes face ao abortamento, as atitudes face aos médicos e à medicina, as atitudes face à procriação e o locus de controlo da saúde. As variáveis socio-demográficas mais importante foram o número de filhos e o grau de instrução. Os resultados vão de encontro com alguns aspectos dos modelos teóricos psicossociais que lhe serviram de suporte teórico. As variáveis grau de religiosidade, experiência prévia com a síndrome de Down e a influência de outros poderosos no locus de controlo de saúde foram redundantes para a discriminação dos grupos. Os resultados evidenciam alguns dos fundamentos das atitudes, decisões e comportamentos das consulentes, em relação ao DPN e permitem retirar certas implicações ao nível da influência dos factores psicossociais na organização do conhecimento, atitudes e representações, estabelecendo os limites e o alcance da sua relevância para a tomada de decisão de rejeição do Diagnóstico Pré-Natal.^len^aThe framework of this study draws from two social-cognitive and motivational models: Rosenstocks´s (1974) Health Belief Model, that was developed to explain and to predict behaviour in health contexts, and Ajzen and Fishbein´s (1980) Theory of Reasoned Action as applied to the field of prenatal diagnosis (Davies, 1983). The aim of this study is to describe attitudes and behaviours of women who accept or decline prenatal diagnosis. Results of a discriminant function analysis conducted on 60 subjects classified 83% of acceptance group, 93% for the declining group and 88.3% of correct classifications in general. The factors involved in the decision making process, such as education, perceived barriers and advantages of taking the exam, previous knowledge of prenatal diagnosis and of Down´s syndrome, attitudes towards abortion, medicals and medicine, and procriation, and health locus of control significantly discriminated between those who accepted and those who declined prenatal diagnosis. The most important demographic variables were the number of previous children and education level. Religion, previous experience with Down´s syndrome and the influence of powerful others in health locus of control failed to discriminate between the groups. The results appear in line with the theoretical models, and support an attitude based explanation of decision making about prenatal diagnosis and, of more general prenatal health related behaviours.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License