Resumo

PANDEY, Rajiv. Consumo e Avaliação da Alimentação do Gado em Diferentes Tipos de Floresta dos Himalaias, Índia. Silva Lus. [online]. 2011, vol.19, n.2, pp.207-219. ISSN 0870-6352.

A contribuição da floresta para a alimentação do gado, seja utilizando folhas de árvores e herbáceas seja pelo pastoreio, é significativa para os agregados familiares rurais. No entanto, esta contribuição das florestas é ignorada, não sendo tida em conta nas propostas de desenvolvimento nem no Sistema Nacional de Contas (SNA). Este facto deve-se sobretudo à falta de informação quantitativa relativa a esta contribuição. O presente estudo debruça-se sobre este assunto, apresentando informação relevante obtida através de um inquérito efetuado a 316 agregados familiares, selecionados ao acaso, e que se dedicam à criação de gado. Estes agregados familiares distribuíram-se por 66 aldeias incluídas nos 5 tipos de floresta do estado de Uttarakhand, Índia. Este questionário inclui a caracterização dos agregados familiares, a composição dos efetivos pecuários e da sua alimentação, quer adquirida no mercado quer proveniente de áreas florestais e não florestais. Optou-se pela caracterização em mercado e não mercado como forma de calcular o preço das várias componentes da alimentação do gado. A população de efetivos pecuários foi definida em ACU (unidades de gado adulto) segundo a definição estabelecida. Na região, as ACU variam entre 4 e 5 unidades por agregado familiar. Calculou-se que a alimentação de uma ACU era de 22,27 kg na floresta húmida dos Himalaias; 23,32 kg na floresta de pinhal subtropical; 34,74 na floresta seca de folhosas; 22,50 kg na floresta húmida de folhosas; e 21,60 kg na floresta subalpina e alpina. A percentagem da alimentação relativa a não floresta, floresta e mercado foi de 45, 52, & 3; 38, 60 & 2; 97, 0 & 3; 44, 53 & 3 e 30, 68 & 3, para os vários tipos de floresta, respetivamente. O valor, por ACU, da alimentação para o gado elevava-se a 100 Rupias exceto nas zonas de planície, em que a percentagem de floresta era mínima. Em proporção, o valor para não floresta, floresta e mercado foi de 47, 32 & 21; 41, 43 & 16; 78, 0 & 22; 48, 34 & 18 e 30, 51 & 18, respetivamente, para os 5 tipos de floresta. É clarificada a contribuição significativa da floresta para o sector pecuário, e este facto deve ter implicações na formulação de políticas públicas para a mitigação da pobreza e recomenda-se vivamente a inclusão da contribuição da floresta no Sistema Nacional de Contas.

Palavras-chave : Biomassa florestal; alimentação; unidade de gado adulto (ACU); rendimento rural; contabilidade verde.

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