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Silva Lusitana

versão impressa ISSN 0870-6352

Resumo

SARDINHA, Raul Manuel Albuquerque. Gestão de Terras Áridas Combatendo a Desertificação com o Desenvolvimento. Silva Lus. [online]. 2008, vol.16, n.1, pp.21-44. ISSN 0870-6352.

Embora o processo de desertificação não seja novo, ou específico de uma estação determinada, a percepção do ambiente numa escala mundial ampliou-se e gerou um interesse público alargado que se expandiu aos círculos científicos e governamentais. A desertificação ocorre em todos os continentes excepto no Antárctico e afecta os modos de vida de milhões de pessoas, incluindo uma larga proporção de pobres nas zonas áridas que ocupam 41% da superfície terrestre e alberga mais de 2 biliões de pessoas. A persistência da não estabilização destas terras frágeis e a substancial redução na provisão de serviços ambientais em resultado do uso intensivo dos recursos, da incapacidade de uma generalização de tecnologias apropriadas para proporcionar um aumento da oferta de alimentos, forragem e fuel, da escassez de água, e da mudança climática coloca a desertificação entre o maior desafio ambiental de hoje e num dos maiores obstáculos na satisfação das necessidades humanas e na finalização dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio. Os cenários das mudanças climáticas adicionam-se à degradação ambiental associada com a desertificação e trazem novas ameaças quanto à intensificação das tendências de expansão destas áreas degradadas. Em Portugal, os cenários preditivos das mudanças climáticas colocam a fronteira de risco de desertificação a norte do Rio Tejo. Se bem que Portugal esteja muito melhor equipado do que outros susceptíveis à desertificação nos trópicos, o autor acredita que lidar com a desertificação e as suas consequências económicas, tal como proposto para os trópicos, e cujos exemplos de intervenção revisitámos, é mais susceptível de produzir resultados quando são implementadas abordagens pró-activas de gestão e implementados projectos de investigação florestal em conjugação com um aumento de gestão integrada do solo e da água e de políticas efectivas. Estas abordagens integradas podem ser inicialmente caras devidas ao desenvolvimento tecnológico e podem também ter uma lenta expressão na melhoria ambiental mas o seu efeito multiplicativo a longo prazo pode ser decisivo na conservação e aumento da biodiversidade e de serem capazes de proporcionar um modo de vida aceitável para as populações destas áreas de risco.

Palavras-chave : efeitos ecológicos; impactos humanos; gestão de terras áridas; estratégias de gestão de recursos naturais.

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