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Revista Diacrítica

versão impressa ISSN 0807-8967

Resumo

NOBRE, Ricardo. A arte poética de orfeu na dispersão, de Mário de Sá-Carneiro. Diacrítica [online]. 2015, vol.29, n.3, pp.66-79. ISSN 0807-8967.

Os poemas que constituem Dispersão têm vindo a ser estudados como um percurso realizado por um sujeito poético em busca de si e da sua obra; num plano mítico e simbólico, essa demanda foi interpretada por David Mourão-Ferreira como a tentativa de Ícaro atingir o impossível, de onde resulta uma queda no abismo. No entanto, o movimento de queda e a insistente demanda possibilitam perceber também a configuração de um sujeito dividido que se conforma com os traços do mito de Orfeu: o contínuo resgate de Eurídice e a sua constante diluição nas sombras não permitem que o sujeito se torne rei de si (ideia coerente com a etimologia de dispersão). Este estudo apresenta, por isso, uma leitura atenta dos poemas de Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro, sugerindo uma interpretação do poeta enquanto Orfeu em busca da Poesia perdida nas sombras de si, e que luta por se concretizar.

Palavras-chave : recepção dos clássicos; poética; Mário de Sá-Carneiro; Orfeu.

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