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Revista Diacrítica
versão impressa ISSN 0807-8967
Resumo
SYLLA, Bernhard. Roland Barthes: “A língua é fascista”: aproximações a um topos da filosofia do século XX. Diacrítica [online]. 2015, vol.29, n.2, pp.135-147. ISSN 0807-8967.
Na sua conferencia inaugural no Collège de France, Roland Barthes usou a frase que consta do título deste ensaio e que nos parece, hoje em dia, bastante estranha e, à primeira vista até, difícil de entender. Pretendo mostrar que esta frase se associa a um topos filosófico, cujo surgimento está vinculado a uma recepção específica das ideias fundamentais do estruturalismo. A articulação do topos é binária, opondo antagonicamente duas instâncias, nomeadamente a de um sistema que detém um poder máximo e ubíquo, e a de um falar e agir que combate este mesmo sistema. Barthes concebe esta oposição como aporética e dilemática, e estabelece explicitamente uma analogia entre linguagem e política. O presente ensaio tem como objetivo esclarecer a configuração específica do dito topos em Barthes, limitando-se a indicar apenas tangencialmente a presença do mesmo topos em outros autores da filosofia do século XX.
Palavras-chave : arthes; estruturalismo; pós-estruturalismo; linguagem; poder.