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Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia

versão impressa ISSN 0430-5027

Resumo

MACHADO, Bruno; MCGARRIGLE, Jennifer; FONSECA, Maria Lucinda  e  ESTEVES, Alina. Táticas de bem-estar dos migrantes e Proteção social transnacional entre Portugal e o Reino Unido. Finisterra [online]. 2019, n.112, pp.27-43. ISSN 0430-5027.  https://doi.org/10.18055/Finis17809.

As migrações e a sustentabilidade do Estado-Providência constituem, indubitavelmente, dois tópicos centrais do debate político em toda a Europa. Além de o padrão dominante do discurso político se ter focado na generosidade dos benefícios sociais como fator de atração para os imigrantes, até recentemente, os investigadores têm privilegiado a análise do suposto “peso” das migrações para os países de destino. Esta visão contrasta com novas perspetivas que sublinham não apenas os níveis de desconhecimento dos benefícios sociais e serviços públicos existentes nos países de destino, assim como as práticas transnacionais que envolvem uma miríade de atores formais e informais, que prestam assistência além-fronteiras. Através de 39 entrevistas com migrantes britânicos em Portugal e migrantes portugueses no Reino Unido, exploramos as suas experiências com a proteção social. Analisando a noção de “assemblagens” de proteção social, consistindo numa combinação entre elementos formais e informais de proteção, a nossa análise procura compreender as táticas relacionadas com o bem-estar adotadas pelos migrantes de forma transnacional com o objetivo de garantir que as suas necessidades, neste contexto, sejam garantidas no presente e futuro. O capital social local, as redes e o processo de “welfare learning” são aspetos fundamentais para lidar com o sistema de proteção social no destino. Simultaneamente, práticas transnacionais são desenvolvidas com o objetivo de ultrapassar as falhas existentes nos serviços formais, quer através da combinação de dois sistemas de proteção social, como através de elementos informais providenciados por redes pessoais. Demonstramos aqui a importância de elementos como o “acaso” ou práticas preventivas, assim como dos valores culturais e outros fatores não económicos que detêm um profundo impacto na forma como os migrantes ‘fazem' a sua proteção social.

Palavras-chave : Mobilidade intra-europeia; proteção social; transnacionalismo; “pacotes” de proteção social; estratégias.

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