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Ciência e Técnica Vitivinícola

versão impressa ISSN 0254-0223

Resumo

CANAS, Sara et al. Modelização do tratamento térmico de madeira de carvalho português (Quercus pyrenaica L.). Análise do comportamento dos compostos fenólicos de baixo peso molecular. . Ciência Téc. Vitiv. [online]. 2000, vol.15, n.2, pp.75-94. ISSN 0254-0223.

O tratamento térmico constitui um factor determinante da qualidade da quartola. Nos últimos 15 anos muitos foram os trabalhos que abordaram os efeitos do tratamento térmico na composição fenólica de carvalhos franceses e americanos. Já as espécies cultivadas em Portugal e tradicionalmente utilizadas em tanoaria nunca foram objecto deste tipo de estudo. No presente trabalho é efectuada a caracterização do nível de queima em madeira de carvalho português (Quercus pyrenaica L.) com base na temperatura e no tempo, através da simulação laboratorial do tratamento térmico em tanoaria. A evolução da temperatura com o tempo, em qualquer dos níveis de queima e ao longo da profundidade da madeira, é explicada por um modelo matemático não linear (polinómio de 5º grau). A determinação dos teores de alguns ácidos e aldeídos fenólicos da madeira foi efectuada por HPLC. Pela análise da composição fenólica constata-se que a optimização do tratamento térmico, no sentido de maximizar a qualidade das quartolas produzidas, implica o controlo da temperatura e do tempo. A fracção fenólica tende a aumentar com a temperatura ao longo do tempo. Estes efeitos resultam essencialmente do aumento dos teores de ácido elágico e de aldeídos fenólicos, em consequência da degradação dos taninos elágicos e das lenhinas, respectivamente. À excepção do ácido ferúlico, observa-se um decréscimo dos teores dos compostos fenólicos da camada mais superficial (0 a 2 mm) para a camada subjacente (2 a 4 mm) da aduela. Este facto pode ser atribuído à temperatura mais elevada à superfície, a qual será certamente responsável por uma degradação mais intensa dos constituintes da madeira, bem como pela alteração da estrutura e propriedades da mesma. A diminuição mais acentuada do ácido elágico relativamente aos produtos de degradação da lenhina, ao longo da profundidade, poderá ser indicadora de uma maior afectação dos elagitaninos face às lenhinas.

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