Scielo RSS <![CDATA[Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=2182-517320140002&lang=pt vol. 30 num. 2 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>30 anos de RPMGF como organização aprendente</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Medical English for Portuguese family doctors</b>: <b>Beware of false friends and other traps in translation</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Vacinação contra o rotavírus nos cuidados de saúde primários</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objetivos: Determinar a cobertura da vacina anti-rotavírus na Unidade de Saúde Familiar S. João do Porto e verificar se a vacinação está associada a resultados clínicos (número de episódios, número de dias de doença e número de dias de absentismo laboral dos cuidadores). Tipo de Estudo: Realizou-se um estudo analítico transversal. Local: Unidade de Saúde Familiar de S. João do Porto. População: Crianças com idades compreendidas entre os 6 meses e os 5 anos. Métodos: Aplicou-se um questionário por via telefónica aos pais de 500 crianças, selecionadas por técnica de amostragam aleatória nos inscritos nas listas da Unidade de Saúde. Para a análise univariada usaram-se os testes do qui-quadrado, Mann-Whitney U e Mantel Cox. Um modelo de regressão logística foi usado para análise multivariada. Aceitou-se um erro alfa de 0,05. Resultados: A proporção de cobertura vacinal foi de 55,1 % (IC95%: 48,8-61,4%). A frequência do infantário antes dos 6 meses associou-se a uma maior cobertura vacinal (p=0,015), com uma mediana de idade de entrada no infantário de 11 meses no grupo vacinado versus 24 meses no não vacinado (p=0,007). Após ajustamento para as principais variáveis, a variação do número de episódios de diarreia entre os grupos vacinado e não vacinado apresentou um odds ratio de 0,933 (IC95%: 0,539-1,613). Conclusões: Pouco mais de metade da população aderiu à vacinação anti-rotavírus. Neste estudo não se demonstra benefício clinicamente evidente na diminuição do número de episódios de diarreia, na duração dos episódios e no absentismo laboral dos cuidadores em relação com a vacinação.<hr/>Aim: To determine the coverage of anti-rotavirus immunization in the Family Health Unit of S. João do Porto and to test the association of immunization with clinical outcomes (number of episodes of acute gastroenteritis, their duration, and days of work lost by the parents). Type of study: Cross-sectional Setting: Family Health Unit S. João do Porto Population: Children aged between 6 months and 5 years old Methods: Parents of 500 children, randomly selected from the list of patients of the Health Unit, were contacted by telephone for this survey. The chi-square test, Mann-Whitney U test, and Mantel-Cox test were used for univariate analysis of the association between the predictor and outcome variables. Multivariate analysis was performed using a logistic regression model. Significance was set at the of 0.05 level. Results: Immunization coverage by rotavirus vaccine in this population was 55.1% (95%CI: 48.8-61.4%). Entry into kindergarten before 6 months of age was associated with higher vaccination coverage (p=0.015). The median age for entry to kindergarten was lower in the vaccinated group (11 vs 24 months, p=0.007). After adjusting for gender, age, low birth weight, prematurity, comorbidity, breastfeeding for over 3 months, and attending kindergarten before 6 months of age, the odds ratio for the efficacy of the vaccine was estimated to be 0.933 (95%CI: 0.539-1.613). Conclusions: Over half of this population received rotavirus immunization. This study did not find evidence of clinical efficacy of the vaccine, neither in terms of number of episodes of diarrhea, their duration, nor in work days lost by caregivers. These findings raise questions about the value of rotavirus vaccine. <![CDATA[<b>Perfil de prescrição de antimicrobianos para as infecções do tracto urinário nos cuidados de saúde primários</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objectivos: Avaliação do perfil de prescrição de antibióticos para as infecções do tracto urinário (ITU) na Medicina Geral e Familiar e sua concordância com a Norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) «Terapêutica das infecções do aparelho urinário (comunidade)». Identificação dos microrganismos infectantes e determinação do seu perfil de sensibilidade. Tipo de estudo: Estudo transversal, descritivo e observacional. Local: Unidades de Saúde Familiar da Região de Lisboa e Vale do Tejo, Portugal. População: Indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos com episódios de ITU identificados clínica e/ou laboratorialmente. Métodos: A informação foi recolhida a partir de uma folha de registo de dados por 38 médicos de Medicina Geral e Familiar entre Novembro de 2011 e Janeiro de 2012. Obteve-se uma amostra não aleatória de 104 episódios de ITU de indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos. As variáveis estudadas foram as seguintes: sexo, idade, tipo de ITU, pedido de urocultura, antibioterapia baseada no resultado da urocultura, prescrição antibiótica, resultado da urocultura e sensibilidade aos antimicrobianos. Resultados: A cistite aguda não complicada em mulher não grávida foi o tipo de ITU mais frequente (81,7%). Em 72,1% das ITU foi pedida urocultura. Foi prescrito antibiótico em 93,3% das ITU, sendo a fosfomicina (38,1%) e a nitrofurantoína (21,6%) os antibióticos mais prescritos. Nos episódios de cistite aguda não complicada em mulher não grávida verificámos que em 64,2% o antibiótico prescrito esteve em concordância com a Norma. A urocultura foi positiva em 82,1% das situações em que este exame foi executado, tendo-se isolado Escherichia coli (E.coli) em 76,1% destes casos. Não se encontrou nenhum caso de resistência à fosfomicina e à nitrofurantoína. Conclusões: Na maioria dos episódios de ITU a prescrição de antibióticos foi adequada e concordante com a Norma. A E.coli foi o microrganismo mais frequentemente isolado, apresentando elevada susceptibilidade à fosfomicina e nitrofurantoína.<hr/>Objectives: The objectives of this study were to assess the prescription of antibiotics for urinary tract infection (UTI) in general practice, the degree of agreement with the Directorate General for Health guidelines for treatment of urinary tract infections in the community, to identify the infecting microorganisms, and to determine their susceptibility to antibiotics. Type of study: Cross-sectional study. Location: Family Health Units of Lisbon and Vale do Tejo, Portugal. Population: Patients 18 years of age and older with a clinical and/or laboratory diagnosis of UTI Material and Methods: Thirty-eight family physicians collected data between November 2011 and January 2012. We obtained a non-random sample of 104 episodes of UTI in patients aged 18 years and older. Variables studied were gender, age, type of UTI, request for urine culture, choice of antibiotics based on urine culture results, antibiotic prescriptions, urine culture results and antimicrobial susceptibility. Results: Acute uncomplicated cystitis in non-pregnant women was the most common type of UTI (81,7%). Urine cultures were requested in 72,1% of cases. Antibiotics were prescribed in 93,3% of cases, with fosfomycin (38,1%) and nitrofurantoin (21,6%) the most common antibiotics prescribed. For acute uncomplicated cystitis in non-pregnant women we found that antibiotic prescription was in line with the guideline in 64,2% of cases. The urine culture was positive in 82,1% of cases and E. coli was isolated in 76,1% of these. No bacterial resistance to fosfomycin or nitrofurantoin was reported. Conclusions: In most episodes of UTI an appropriate prescription was chosen consistent with current guidelines. E. coli was the most prevalent microorganism isolated and showed a high susceptibility to fosfomycin and nitrofurantoin. <![CDATA[<b>Anti-inflamatórios não esteróides tópicos no tratamento da dor por osteoartrose do joelho</b>: <b>Uma revisão baseada na evidência</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Objetivos: A gonartrose é uma patologia articular muito frequente e causa de morbilidade considerável. Esta é muitas vezes secundária à dor, que é o sintoma predominante. Os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) orais são uma das opções disponíveis para a analgesia mas estão associados a um importante risco de efeitos adversos. As formulações tópicas poderão representar uma alternativa mais segura. O objetivo deste trabalho é rever a evidência disponível relativa à eficácia do uso de AINE tópicos no tratamento da dor por osteoartrose (OA) do joelho/gonartrose. Fontes de dados: National Clearinghouse, TRIP, The Cochrane Library, DARE, Bandolier, MEDLINE e outros sítios específicos de sociedades científicas internacionais. Métodos de revisão: Pesquisaram-se normas de orientação clínica (NOC), revisões sistemáticas, meta-análises e ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC), publicados entre janeiro e dezembro de 2012, nos idiomas português, inglês e espanhol, usando os termos MeSH: “Administration, Topical”/“Administration, Cutaneous”, “Anti-Inflammatory Agents, Non-Steroidal” e “Osteoarthritis”. Para avaliação do nível de evidência e atribuição de força de recomendação foi utilizada a escala Strenght of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Academy of Family Physicians. Resultados: Foram encontrados 96 artigos, dos quais 8 cumpriam os critérios de inclusão: 4 NOC e 4 meta-análises. Os estudos suportam que a aplicação tópica de AINE parece ser eficaz no alívio sintomático da dor por gonartrose, a curto prazo, sendo uma alternativa analgésica bem tolerada e com poucos efeitos laterais relatados. Conclusões: A evidência disponível, limitada a ECAC de duração máxima de 12 semanas e com algumas limitações metodológicas, suporta a eficácia da utilização de AINE tópicos na redução da dor por gonartrose (SORT B). Contudo, a heterogeneidade dos compostos testados e da duração dos ensaios limitam as conclusões e a sua extrapolação, pelo que são necessários novos estudos nesta área, nomeadamente com maior duração/seguimento.<hr/>Aim: Osteoarthritis (OA) is a common form of degenerative joint disease with increasing prevalence. The knee is the most frequently affected joint and pain is an incapacitating symptom. The first line of treatment includes oral analgesics like acetaminophen and oral non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAID). However, the latter are associated with potentially severe side effects, making topical NSAID a possible, safer alternative. The aim of this review is to examine the evidence for the efficacy and safety of topical NSAID in the management of OA of the knee. Data sources: The National Guideline Clearinghouse, TRIP, The Cochrane Library, DARE, Bandolier, MEDLINE and other sites of international scientific associations were searched. Review methods: Databases were searched for guidelines and publications appearing between January and December 2012, in Portuguese, English or Spanish, using the search terms (“Administration, Topical” OR “Administration, Cutaneous”) AND (“Anti-Inflammatory Agents, Non-Steroidal”) AND “Osteoarthritis”. To evaluate the level of evidence and the strength of recommendations, the Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) of the American Academy of Family Physicians was used. Results: We found 96 articles, of which 8 fulfilled the inclusion criteria. There were 4 guidelines and 4 meta-analyses selected for inclusion in this review. These studies show the short-term benefits for pain relief in OA of the knee with the use of topical NSAID. They demonstrate its tolerability and safety profile with few adverse effects. Conclusions: The available evidence from Randomized Controlled Trials of up to 12 weeks duration supports the efficacy of topical NSAID for pain control in OA of the knee (SORT B). Studies differed in the drugs investigated, as well as in the duration of treatment. This heterogeneity limits the conclusions that can be drawn and the generalizability of results. Studies with a longer period of follow-up are required. <![CDATA[<b>A morte, o sofrimento e a doença</b>: <b>um luto diferente</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Introdução: São competências do Médico de Família (MF) a gestão dos problemas de saúde em todas as suas dimensões e a utilização eficiente dos recursos de saúde num papel de provedoria do doente. Descrição do Caso: Homem de 51 anos, casado, pai de 3 filhos vivos. Os antecedentes patológicos iniciaram-se em 2008, com uma perturbação depressiva reativa à morte de um filho. Em 2011 inicia «convulsões», atribuindo-se-lhe o diagnóstico, em neurologia, de epilepsia, tendo sido medicado com doses crescentes de anticonvulsivantes apesar de estudo etiológico inconclusivo. Em agosto de 2012, após intoxicação medicamentosa voluntária (referindo «…eu tenho de ir para a beira do menino…»), é referenciado à consulta de psiquiatria que nunca se concretizou. Em março de 2013, na consulta do MF, dada a persistência da sintomatologia, considera-se que poderá existir um quadro de somatização/conversão, sendo o doente referenciado à consulta de psiquiatria. É observado em abril de 2013, medicado com sertralina e clonazepam, com resolução parcial das «crises». Comentário: Este caso salienta a importância da valorização das queixas no contexto biopsicossocial do doente. A perda de um membro da família está associada a uma maior vulnerabilidade a distúrbios psiquiátricos, nomeadamente comportamentos suicidas. Ressalta o papel do MF como gestor dos recursos de saúde e orientador do paciente. Numa era de subespecialização, é função do Médico de Família oferecer ao doente uma abordagem holística, valorizando tanto o seu sofrimento como a sua doença.<hr/>Introduction: The Family Physician should have the ability to manage health problems in all their dimensions and use health resources efficiently as the patient’s advocate. Case Description: This report describes a 51 year-old man who was married and the father of three living children. His symptoms began in 2008 following the death of his son and an episode of reactive depression. In 2011 he had his first “seizure”. He consulted with a neurologist who diagnosed epilepsy and prescribed anticonvulsants in progressively increasing doses despite inconclusive investigations. In August 2012, he attempted suicide with a drug overdose saying “... I want to be near the boy.” He was then referred, for the first time, to a psychiatrist. In March 2013, he was re-evaluated by his family physician, because of the persistence of the symptoms. He was diagnosed with somatization/conversion and was again referred for psychiatric consultation. He was treated with sertraline and clonazepam, which contributed to the partial resolution of the “seizures”. Comment: This case emphasizes the importance of assessing all of the patient’s health issues in the biopsychosocial context. The loss of a family member is associated with increased vulnerability to develop psychiatric disorders, including suicidal behavior. It emphasizes the role of the family physician, who has the tools to manage health resources and the ability to guide the patient. In an era of sub-specialization, it is important that the family physician has the ability to use a holistic approach, focusing on suffering as well as the disease. <![CDATA[<b>Trimetilaminúria ou síndrome do odor de peixe podre</b>: <b>relato de caso e considerações para a prática clínica</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O «síndrome do odor de peixe podre» ou trimetilaminúria caracteriza-se pela presença de um cheiro típico a peixe podre nas secreções corporais, devido a uma perturbação metabólica pouco frequente, provavelmente subdiagnosticada e da qual podem decorrer perturbações psicossociais graves. Este artigo relata o caso duma utente com este diagnóstico pré-estabelecido, que apresenta odor corporal caraterístico a peixe podre, anosmia seletiva e alergia ao marisco, em que a identificação intuitiva e precoce das medidas terapêuticas poderá ter limitado o impacto da doença. A suspeita diagnóstica é clínica e a confirmação é feita com base em estudo genético ou na excreção urinária de óxido de trimetilamina e trimetilamina. As principais medidas terapêuticas visam controlar o odor de forma a prevenir as complicações, que são determinantes no prognóstico. O objetivo deste artigo breve é a divulgação desta patologia, efetuando uma breve revisão do tema com foco na relevância para a prática clínica do médico de família.<hr/>“Fish malodour syndrome” or trimethylaminuria is an infrequent and probably under-diagnosed metabolic disorder characterized by a decaying fish odour in body secretions with potentially severe psychosocial complications. This article presents a patient with trimethylaminuria, with the typical body odour, selective anosmia, and seafood allergy. Her parents intuitively applied adequate treatment that probably prevented adverse consequences. The diagnosis is based on clinical symptoms and is confirmed either by genetic testing or urinary levels of trimethylamine oxide and trimethylamine. Treatment aims to reduce body odour and prevent complications, which determine prognosis. This article aims to increase awareness of the condition and present information relevant to the family physician. <![CDATA[<b>Rastreio do cancro prostático: o actual paradigma da medicina centrada na pessoa</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Desde há alguns anos que o rastreio do cancro prostático através do Antigénio Específico da Próstata (PSA) tem emergido, entre a literatura médica, pela discussão em torno da sua razão efectividade/risco. A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) fez, em 2012, uma recomendação contra o rastreio do cancro da próstata, concluindo que existe evidência considerável de que este não tem um saldo positivo quanto a vantagens/desvantagens. O impacto das recomendações da USPSTF poderá notar-se na maior atenção disponibilizada pelo médico na actualização quanto às normas produzidas pelas outras sociedades científicas. Parece ser muito relevante que o médico conheça no que a evidência científica se traduz. Os resultados dos ensaios clínicos Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) e European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC) constituem a principal evidência, embora ambos apresentem limitações a apontar. De uma análise global destes estudos, sobressai que o número de homens que evitaram a morte por cancro prostático por terem sido submetidos ao rastreio foi reduzido. O primeiro estudo não mostrou qualquer redução da mortalidade [RR = 1,09 (0,87 - 1,36)], enquanto o segundo mostrou que o número de mortes por cancro prostático foi de 5 para 1000 homens no grupo sem rastreio e de 4 para 1000 homens nos submetidos a rastreio [RR = 0,79 (0,68 - 0,91)], após 11 anos de seguimento. Há evidência de que 100 a 200 em 1000 homens rastreados terão um falso positivo, a maioria dos quais será biop-sada. Entretanto, uma grande parte dos doentes com carcinomas prostáticos detectados por rastreio poderá ser submetida a cirurgia, radioterapia ou terapêutica de privação androgénica. Este artigo pretende salientar os aspectos que não recomendam a solicitação sistemática do PSA e favorecem uma abordagem holística que envolva a pessoa na ponderação das questões relativas ao rastreio e do saldo vantagens/desvantagens.<hr/>For several years, there has been debate regarding the cost effectiveness of prostate cancer screening. In 2012 the U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommended against screening for prostate cancer, concluding that there is considerable evidence that this is not beneficial. The impact of the recommendations of USPSTF may be noted in the guidelines produced by other scientific societies. Clinicians need to know the evidence. The results of two randomized controlled trials, the Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) and the European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC), form the largest body of current evidence, although both have limitations. An analysis of the results of these trials shows a small reduction in prostate cancer deaths among men who were screened. The first trial showed no reduction in mortality [RR = 1.09 (0.87 to 1.36)], while the latter trial showed that the number of deaths from prostate cancer was 5 per 1000 men in the group without screening and 4 per 1000 men undergoing screening [RR = 0.79 (0.68 to 0.91)] after 11 years of follow up. There is evidence that 100 to 200 men per 1000 men screened will have a false-positive test. Most of these men will undergo prostate biopsy. A large proportion of patients with prostatic carcinomas detected by screening may be subjected to surgery, radiotherapy or androgen deprivation therapy. This article highlights the evidence against systematic screening. It proposes a holistic approach involving the individual in the discussion of the advantages and disadvantages of prostate cancer screening. <![CDATA[<b>Agressividade antiagregante hipocoagulante e hemorragia intracraniana</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Desde há alguns anos que o rastreio do cancro prostático através do Antigénio Específico da Próstata (PSA) tem emergido, entre a literatura médica, pela discussão em torno da sua razão efectividade/risco. A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) fez, em 2012, uma recomendação contra o rastreio do cancro da próstata, concluindo que existe evidência considerável de que este não tem um saldo positivo quanto a vantagens/desvantagens. O impacto das recomendações da USPSTF poderá notar-se na maior atenção disponibilizada pelo médico na actualização quanto às normas produzidas pelas outras sociedades científicas. Parece ser muito relevante que o médico conheça no que a evidência científica se traduz. Os resultados dos ensaios clínicos Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) e European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC) constituem a principal evidência, embora ambos apresentem limitações a apontar. De uma análise global destes estudos, sobressai que o número de homens que evitaram a morte por cancro prostático por terem sido submetidos ao rastreio foi reduzido. O primeiro estudo não mostrou qualquer redução da mortalidade [RR = 1,09 (0,87 - 1,36)], enquanto o segundo mostrou que o número de mortes por cancro prostático foi de 5 para 1000 homens no grupo sem rastreio e de 4 para 1000 homens nos submetidos a rastreio [RR = 0,79 (0,68 - 0,91)], após 11 anos de seguimento. Há evidência de que 100 a 200 em 1000 homens rastreados terão um falso positivo, a maioria dos quais será biop-sada. Entretanto, uma grande parte dos doentes com carcinomas prostáticos detectados por rastreio poderá ser submetida a cirurgia, radioterapia ou terapêutica de privação androgénica. Este artigo pretende salientar os aspectos que não recomendam a solicitação sistemática do PSA e favorecem uma abordagem holística que envolva a pessoa na ponderação das questões relativas ao rastreio e do saldo vantagens/desvantagens.<hr/>For several years, there has been debate regarding the cost effectiveness of prostate cancer screening. In 2012 the U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommended against screening for prostate cancer, concluding that there is considerable evidence that this is not beneficial. The impact of the recommendations of USPSTF may be noted in the guidelines produced by other scientific societies. Clinicians need to know the evidence. The results of two randomized controlled trials, the Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) and the European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC), form the largest body of current evidence, although both have limitations. An analysis of the results of these trials shows a small reduction in prostate cancer deaths among men who were screened. The first trial showed no reduction in mortality [RR = 1.09 (0.87 to 1.36)], while the latter trial showed that the number of deaths from prostate cancer was 5 per 1000 men in the group without screening and 4 per 1000 men undergoing screening [RR = 0.79 (0.68 to 0.91)] after 11 years of follow up. There is evidence that 100 to 200 men per 1000 men screened will have a false-positive test. Most of these men will undergo prostate biopsy. A large proportion of patients with prostatic carcinomas detected by screening may be subjected to surgery, radiotherapy or androgen deprivation therapy. This article highlights the evidence against systematic screening. It proposes a holistic approach involving the individual in the discussion of the advantages and disadvantages of prostate cancer screening. <![CDATA[<b>Dupla inibição do sistema renina-angiotensina no tratamento da nefropatia diabética</b>: <b>a associação será benéfica?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Desde há alguns anos que o rastreio do cancro prostático através do Antigénio Específico da Próstata (PSA) tem emergido, entre a literatura médica, pela discussão em torno da sua razão efectividade/risco. A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) fez, em 2012, uma recomendação contra o rastreio do cancro da próstata, concluindo que existe evidência considerável de que este não tem um saldo positivo quanto a vantagens/desvantagens. O impacto das recomendações da USPSTF poderá notar-se na maior atenção disponibilizada pelo médico na actualização quanto às normas produzidas pelas outras sociedades científicas. Parece ser muito relevante que o médico conheça no que a evidência científica se traduz. Os resultados dos ensaios clínicos Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) e European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC) constituem a principal evidência, embora ambos apresentem limitações a apontar. De uma análise global destes estudos, sobressai que o número de homens que evitaram a morte por cancro prostático por terem sido submetidos ao rastreio foi reduzido. O primeiro estudo não mostrou qualquer redução da mortalidade [RR = 1,09 (0,87 - 1,36)], enquanto o segundo mostrou que o número de mortes por cancro prostático foi de 5 para 1000 homens no grupo sem rastreio e de 4 para 1000 homens nos submetidos a rastreio [RR = 0,79 (0,68 - 0,91)], após 11 anos de seguimento. Há evidência de que 100 a 200 em 1000 homens rastreados terão um falso positivo, a maioria dos quais será biop-sada. Entretanto, uma grande parte dos doentes com carcinomas prostáticos detectados por rastreio poderá ser submetida a cirurgia, radioterapia ou terapêutica de privação androgénica. Este artigo pretende salientar os aspectos que não recomendam a solicitação sistemática do PSA e favorecem uma abordagem holística que envolva a pessoa na ponderação das questões relativas ao rastreio e do saldo vantagens/desvantagens.<hr/>For several years, there has been debate regarding the cost effectiveness of prostate cancer screening. In 2012 the U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommended against screening for prostate cancer, concluding that there is considerable evidence that this is not beneficial. The impact of the recommendations of USPSTF may be noted in the guidelines produced by other scientific societies. Clinicians need to know the evidence. The results of two randomized controlled trials, the Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) and the European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC), form the largest body of current evidence, although both have limitations. An analysis of the results of these trials shows a small reduction in prostate cancer deaths among men who were screened. The first trial showed no reduction in mortality [RR = 1.09 (0.87 to 1.36)], while the latter trial showed that the number of deaths from prostate cancer was 5 per 1000 men in the group without screening and 4 per 1000 men undergoing screening [RR = 0.79 (0.68 to 0.91)] after 11 years of follow up. There is evidence that 100 to 200 men per 1000 men screened will have a false-positive test. Most of these men will undergo prostate biopsy. A large proportion of patients with prostatic carcinomas detected by screening may be subjected to surgery, radiotherapy or androgen deprivation therapy. This article highlights the evidence against systematic screening. It proposes a holistic approach involving the individual in the discussion of the advantages and disadvantages of prostate cancer screening. <![CDATA[<b>Os Novos Anticoagulantes Orais e o Risco de Hemorragia Intracraniana</b>: <b>Meta-análise para comparação dos novos anticoagulantes orais na Fibrilhação Auricular</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Desde há alguns anos que o rastreio do cancro prostático através do Antigénio Específico da Próstata (PSA) tem emergido, entre a literatura médica, pela discussão em torno da sua razão efectividade/risco. A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) fez, em 2012, uma recomendação contra o rastreio do cancro da próstata, concluindo que existe evidência considerável de que este não tem um saldo positivo quanto a vantagens/desvantagens. O impacto das recomendações da USPSTF poderá notar-se na maior atenção disponibilizada pelo médico na actualização quanto às normas produzidas pelas outras sociedades científicas. Parece ser muito relevante que o médico conheça no que a evidência científica se traduz. Os resultados dos ensaios clínicos Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) e European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC) constituem a principal evidência, embora ambos apresentem limitações a apontar. De uma análise global destes estudos, sobressai que o número de homens que evitaram a morte por cancro prostático por terem sido submetidos ao rastreio foi reduzido. O primeiro estudo não mostrou qualquer redução da mortalidade [RR = 1,09 (0,87 - 1,36)], enquanto o segundo mostrou que o número de mortes por cancro prostático foi de 5 para 1000 homens no grupo sem rastreio e de 4 para 1000 homens nos submetidos a rastreio [RR = 0,79 (0,68 - 0,91)], após 11 anos de seguimento. Há evidência de que 100 a 200 em 1000 homens rastreados terão um falso positivo, a maioria dos quais será biop-sada. Entretanto, uma grande parte dos doentes com carcinomas prostáticos detectados por rastreio poderá ser submetida a cirurgia, radioterapia ou terapêutica de privação androgénica. Este artigo pretende salientar os aspectos que não recomendam a solicitação sistemática do PSA e favorecem uma abordagem holística que envolva a pessoa na ponderação das questões relativas ao rastreio e do saldo vantagens/desvantagens.<hr/>For several years, there has been debate regarding the cost effectiveness of prostate cancer screening. In 2012 the U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommended against screening for prostate cancer, concluding that there is considerable evidence that this is not beneficial. The impact of the recommendations of USPSTF may be noted in the guidelines produced by other scientific societies. Clinicians need to know the evidence. The results of two randomized controlled trials, the Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) and the European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC), form the largest body of current evidence, although both have limitations. An analysis of the results of these trials shows a small reduction in prostate cancer deaths among men who were screened. The first trial showed no reduction in mortality [RR = 1.09 (0.87 to 1.36)], while the latter trial showed that the number of deaths from prostate cancer was 5 per 1000 men in the group without screening and 4 per 1000 men undergoing screening [RR = 0.79 (0.68 to 0.91)] after 11 years of follow up. There is evidence that 100 to 200 men per 1000 men screened will have a false-positive test. Most of these men will undergo prostate biopsy. A large proportion of patients with prostatic carcinomas detected by screening may be subjected to surgery, radiotherapy or androgen deprivation therapy. This article highlights the evidence against systematic screening. It proposes a holistic approach involving the individual in the discussion of the advantages and disadvantages of prostate cancer screening. <![CDATA[<b>Erradicação de Helicobacter pylori e probióticos...</b>: <b>Mito ou realidade?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Desde há alguns anos que o rastreio do cancro prostático através do Antigénio Específico da Próstata (PSA) tem emergido, entre a literatura médica, pela discussão em torno da sua razão efectividade/risco. A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) fez, em 2012, uma recomendação contra o rastreio do cancro da próstata, concluindo que existe evidência considerável de que este não tem um saldo positivo quanto a vantagens/desvantagens. O impacto das recomendações da USPSTF poderá notar-se na maior atenção disponibilizada pelo médico na actualização quanto às normas produzidas pelas outras sociedades científicas. Parece ser muito relevante que o médico conheça no que a evidência científica se traduz. Os resultados dos ensaios clínicos Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) e European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC) constituem a principal evidência, embora ambos apresentem limitações a apontar. De uma análise global destes estudos, sobressai que o número de homens que evitaram a morte por cancro prostático por terem sido submetidos ao rastreio foi reduzido. O primeiro estudo não mostrou qualquer redução da mortalidade [RR = 1,09 (0,87 - 1,36)], enquanto o segundo mostrou que o número de mortes por cancro prostático foi de 5 para 1000 homens no grupo sem rastreio e de 4 para 1000 homens nos submetidos a rastreio [RR = 0,79 (0,68 - 0,91)], após 11 anos de seguimento. Há evidência de que 100 a 200 em 1000 homens rastreados terão um falso positivo, a maioria dos quais será biop-sada. Entretanto, uma grande parte dos doentes com carcinomas prostáticos detectados por rastreio poderá ser submetida a cirurgia, radioterapia ou terapêutica de privação androgénica. Este artigo pretende salientar os aspectos que não recomendam a solicitação sistemática do PSA e favorecem uma abordagem holística que envolva a pessoa na ponderação das questões relativas ao rastreio e do saldo vantagens/desvantagens.<hr/>For several years, there has been debate regarding the cost effectiveness of prostate cancer screening. In 2012 the U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommended against screening for prostate cancer, concluding that there is considerable evidence that this is not beneficial. The impact of the recommendations of USPSTF may be noted in the guidelines produced by other scientific societies. Clinicians need to know the evidence. The results of two randomized controlled trials, the Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) and the European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC), form the largest body of current evidence, although both have limitations. An analysis of the results of these trials shows a small reduction in prostate cancer deaths among men who were screened. The first trial showed no reduction in mortality [RR = 1.09 (0.87 to 1.36)], while the latter trial showed that the number of deaths from prostate cancer was 5 per 1000 men in the group without screening and 4 per 1000 men undergoing screening [RR = 0.79 (0.68 to 0.91)] after 11 years of follow up. There is evidence that 100 to 200 men per 1000 men screened will have a false-positive test. Most of these men will undergo prostate biopsy. A large proportion of patients with prostatic carcinomas detected by screening may be subjected to surgery, radiotherapy or androgen deprivation therapy. This article highlights the evidence against systematic screening. It proposes a holistic approach involving the individual in the discussion of the advantages and disadvantages of prostate cancer screening. <![CDATA[<b>Prevenir nem sempre é o melhor remédio</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732014000200013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Desde há alguns anos que o rastreio do cancro prostático através do Antigénio Específico da Próstata (PSA) tem emergido, entre a literatura médica, pela discussão em torno da sua razão efectividade/risco. A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) fez, em 2012, uma recomendação contra o rastreio do cancro da próstata, concluindo que existe evidência considerável de que este não tem um saldo positivo quanto a vantagens/desvantagens. O impacto das recomendações da USPSTF poderá notar-se na maior atenção disponibilizada pelo médico na actualização quanto às normas produzidas pelas outras sociedades científicas. Parece ser muito relevante que o médico conheça no que a evidência científica se traduz. Os resultados dos ensaios clínicos Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) e European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC) constituem a principal evidência, embora ambos apresentem limitações a apontar. De uma análise global destes estudos, sobressai que o número de homens que evitaram a morte por cancro prostático por terem sido submetidos ao rastreio foi reduzido. O primeiro estudo não mostrou qualquer redução da mortalidade [RR = 1,09 (0,87 - 1,36)], enquanto o segundo mostrou que o número de mortes por cancro prostático foi de 5 para 1000 homens no grupo sem rastreio e de 4 para 1000 homens nos submetidos a rastreio [RR = 0,79 (0,68 - 0,91)], após 11 anos de seguimento. Há evidência de que 100 a 200 em 1000 homens rastreados terão um falso positivo, a maioria dos quais será biop-sada. Entretanto, uma grande parte dos doentes com carcinomas prostáticos detectados por rastreio poderá ser submetida a cirurgia, radioterapia ou terapêutica de privação androgénica. Este artigo pretende salientar os aspectos que não recomendam a solicitação sistemática do PSA e favorecem uma abordagem holística que envolva a pessoa na ponderação das questões relativas ao rastreio e do saldo vantagens/desvantagens.<hr/>For several years, there has been debate regarding the cost effectiveness of prostate cancer screening. In 2012 the U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommended against screening for prostate cancer, concluding that there is considerable evidence that this is not beneficial. The impact of the recommendations of USPSTF may be noted in the guidelines produced by other scientific societies. Clinicians need to know the evidence. The results of two randomized controlled trials, the Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial (PLCO) and the European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC), form the largest body of current evidence, although both have limitations. An analysis of the results of these trials shows a small reduction in prostate cancer deaths among men who were screened. The first trial showed no reduction in mortality [RR = 1.09 (0.87 to 1.36)], while the latter trial showed that the number of deaths from prostate cancer was 5 per 1000 men in the group without screening and 4 per 1000 men undergoing screening [RR = 0.79 (0.68 to 0.91)] after 11 years of follow up. There is evidence that 100 to 200 men per 1000 men screened will have a false-positive test. Most of these men will undergo prostate biopsy. A large proportion of patients with prostatic carcinomas detected by screening may be subjected to surgery, radiotherapy or androgen deprivation therapy. This article highlights the evidence against systematic screening. It proposes a holistic approach involving the individual in the discussion of the advantages and disadvantages of prostate cancer screening.