Scielo RSS <![CDATA[Laboreal]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1646-523720180001&lang=pt vol. 14 num. 1 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[<b>Apresentação do dossier</b>: <b>“O regresso ao trabalho após um acidente de trabalho”</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Os sinistrados no trabalho e o direito à reparação</b>: <b>percursos pós-sinistro de contacto com as instituições</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente texto procura dar destaque à dimensão institucional como componente de análise no âmbito do projeto “Regresso ao trabalho após acidente: superar obstáculos”, da Associação Nacional de Deficientes Sinistrados no Trabalho (ANDST). Através da leitura cruzada de documentos jurídicos e administrativos, doutrina jurídica, dados do inquérito por questionário e dos testemunhos recolhidos em entrevista e compilados em mapas de percurso, procurou-se sistematizar os principais momentos que constituem um percurso pós-sinistro, reconstituindo não apenas o guião do percurso institucional de reparação, mas articulando-o com as representações dos sinistrados e com os obstáculos com que se deparam.<hr/>Este texto intenta subrayar la dimensión institucional como componente del análisis central en el marco del proyecto "Regreso al trabajo tras accidente: superar obstáculos", de la Associação Nacional de Deficientes Sinistrados no Trabalho (ANDST). A través de la lectura cruzada de documentos jurídicos y administrativos, de la doctrina jurídica, de datos de la encuesta por cuestionario y de los testimonios recogidos en entrevista y compilados en mapas de trayecto se procuró sistematizar los principales momentos que constituyen un trayecto post-accidente, reconstituyendo no sólo la guía de trayecto institucional de reparación, sino también las representaciones de las personas accidentadas y los obstáculos a los que se enfrentan.<hr/>L'article veut souligner la dimension institutionnelle en tant que composante de l'analyse menée à la suite du projet « Retour au travail après un accident : surmonter les obstacles » de l'Association Nationale des Personnes Handicapées par un Accident de Travail (Associação Nacional de Sinistrados no Trabalho - ANDST). Grâce à une lecture croisée de documents juridiques et administratifs, de la doctrine juridique, des données d'une enquête par questionnaire et de témoignages recueillis par la voie d'entretiens, et convertis ensuite en cartes de parcours, nous avons systématisé les principales étapes du parcours post-accident. Cela a permis non seulement de reconstituer le parcours institutionnel de la réparation, mais également de l'articuler avec les représentations des accidentés et les obstacles que ceux-ci rencontrent.<hr/>The present paper seeks to highlight the institutional dimension of the analysis that was developed within the research project "Return to Work after an Accident: Overcoming Obstacles", promoted by the Associação Nacional de Deficientes Sinistrados no Trabalho (ANDST). Combining the cross-reading of legal and administrative documents, legal doctrine, data from a survey by questionnaire, and the testimonies collected through interviews and compiled on journey maps, this paper tries to analytically reconstruct the main moments that constitute a post-sinister path. Thereto it describes the contacts in the institutional approach to reparation, and articulates it with the representations of the victims about their personal cases and the obstacles they have faced. <![CDATA[<b>A reconstituição de experiências após um acidente de trabalho</b>: <b>mapas de percurso como instrumento de análise</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente artigo visa explorar um instrumento metodológico - mapas de percurso -, ilustrando a sua estrutura e os desafios e potencialidades associados à sua utilização. Os mapas de percurso foram concebidos no âmbito de uma investigação centrada na exploração das circunstâncias e consequências que os acidentes trabalho têm nos indivíduos e no processo do regresso ao trabalho, e assumiram uma função exploratória na análise de processos de reconstituição de experiências após um acidente de trabalho, com foco na compreensão do percurso institucional que os sinistrados percorreram. A sua utilização, no âmbito do estudo, permitiu conhecer e ilustrar as trajetórias e percursos dos sinistrados após um acidente de trabalho, através de uma reconstituição temporal de uma história e de um evento de saúde - o acidente - e uma melhor compreensão do seu impacto na vida dos acidentados (no percurso institucional, nas interações que tiveram, e nos sentimentos e emoções experienciados).<hr/>Este artículo tiene como objetivo explorar un instrumento metodológico - mapas de trayectoria - ilustrando su estructura así como los retos y potencialidades asociados con su uso. Los mapas de trayectoria fueron diseñadas en el marco de una investigación centrada en el estudio de las circunstancias y las consecuencias de los accidentes de trabajo sobre los individuos y en el proceso de vuelta al trabajo. Sirvieron como instrumento exploratorio en el análisis de los procesos de reconstitución de experiencias tras un accidente de trabajo, permitiendo así entender las trayectorias institucionales recorridas por los accidentados. Su uso, en el marco del estudio, ayudó a identificar e ilustrar las trayectorias y las rutas de los accidentados tras un accidente de trabajo, gracias a la reconstitución temporal de una historia y de un evento de salud - el accidente - y permitió una mejor comprensión de su impacto en la vida de los accidentados (la trayectoria institucional, en las interacciones que tuvieron y en los sentimientos y emociones sentidos).<hr/>L'article explore un instrument méthodologique - les cartes de parcours - en présentant leur structure ainsi que les défis et potentialités associés à leur utilisation. Les cartes de parcours ont été conçues dans le cadre d'une recherche concernant les circonstances et des conséquences des accidents du travail sur les individus et le processus de retour au travail. Elles ont servi d'instrument exploratoire dans la reconstruction d'expériences après un accident du travail, en aidant à comprendre les parcours institutionnels des travailleurs accidentés. L'utilisation de la carte de parcours a permis, dans le cadre de l'étude, de connaître et d'illustrer ces trajectoires en recourant à la reconstitution temporelle d'une histoire et d'un épisode de santé - l'accident, ouvrant l'analyse à un meilleur entendement de son impact sur la vie des victimes (sur le parcours institutionnel, sur les interactions que ceux-ci ont connues et sur les sentiments et émotions ressentis).<hr/>This paper aims at exploring a methodological instrument - the accident journey charts -, depicting their structure and the challenges and potential related to their use. The accident journey charts were designed under the scope of a research which focused on the analysis of the circumstances and consequences the work accidents have on the individuals and on the back-to-work process. Additionally, the accident journey charts took an exploratory role in looking at processes of reconstruction of experiences after a work accident, focusing on the institutional path the injured people had to follow. Their use, within the study, was determinant to reveal and depict the paths and journeys of the injured workers after an accident, through the temporal reconstruction of a story and a health event - the accident. It also contributed to a better understanding of the accident's impact on the injured workers' life (on the institutional path, on the interactions that took place, and on the feelings and emotions they have been through). <![CDATA[<b>O espaço experiencial da dor</b>: <b>sofrimento, corpo e inscrição social depois do acidente de trabalho entre trabalhadores industriais portugueses</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo apresenta resultados preliminares de um estudo sociológico sobre a experiência de sofrimento físico e social de trabalhadores portugueses que sofreram um acidente de trabalho. Por via da combinação entre métodos distintos, usando um inquérito extensivo de uma amostra nacional de trabalhadores sinistrados e entrevistas em profundidade, este artigo identifica as principais caraterísticas que definem a experiência vivida dessas dores e explora, a partir da Análise de Correspondências Múltiplas, as virtualidades concedidas por uma leitura relacional da informação em termos sociológicos. Além de mostrar que a desigualdade está intensamente associada à (re)produção de acidentes laborais, este artigo argumenta que as inscrições sociais e os dispositivos institucionais têm um contributo importante na definição das experiências de sofrimento pós-sinistro.<hr/>Este artículo presenta los resultados preliminares de un estudio sociológico sobre la experiencia física y social del sufrimiento en trabajadores portugueses que han tenido un accidente de trabajo. A través de la combinación de distintos métodos, utilizando una encuesta extensiva en una muestra nacional de trabajadores víctimas de accidentes y entrevistas en profundidad, este artículo identifica las principales características que definen la experiencia vivida de esos dolores. Asimismo, explora, a partir del Análisis de Correspondencia Múltiple, las virtualidades concedidas por una lectura relacional de la información en términos sociológicos. Además de mostrar que la desigualdad se encuentra intensamente asociada a la (re)producción de accidentes laborales, este artículo explica cómo las inscripciones sociales y los dispositivos institucionales contribuyen a la definición de las experiencias de sufrimiento tras el siniestro.<hr/>Cet article présente des résultats préliminaires d'une étude sociologique sur l'expérience de la souffrance physique et sociale des travailleurs portugais qui ont eu un accident de travail. À partir d'une combinaison de différentes méthodes, et en utilisant des résultats d'une enquête extensive d'un échantillon national de travailleurs sinistrés et des entretiens en profondeur, cet article identifie les principales caractéristiques de l'expérience vécue de ces douleurs et explore, à partir de l'usage de l'Analyse de Correspondances Multiples, les virtualités d'une lecture relationnelle de l'information en termes sociologiques. Outre la démonstration de l'importance de l'association entre les inégalités sociales et la (re)production des accidents de travail, l'article argumente que les positions sociales occupées par les agents et les dispositifs institutionnels ont une contribution importante dans la définition des expériences de la souffrance après le sinistre.<hr/>This paper discusses some preliminary results of a mix-method sociological study about the experience of physical and social suffering lived by Portuguese workers involved in work accidents. Based on an extensive survey to a national sample of injured workers and in-depth interviews, the paper identifies the major characteristics that define how such physical and social pain was experienced and explores, with the help of Multiple Correspondence Analysis, the gains obtained from a socio-relational reading of this information. Besides showing that inequality is heavily inscribed in the (re)production of work accidents, the paper argues that social inscriptions and institutional devices play a major role in the definition of the post-accident pain experiences felt by the surveyed injured workers. <![CDATA[<b>Percursos de regresso ao trabalho após acidente</b>: <b>confronto com novos obstáculos</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo explora obstáculos com os quais os sinistrados do trabalho se deparam no regresso ao trabalho após o acidente. Dois estudos desenvolvidos em Portugal servem de referência à análise e reflexão sobre esta questão. Um dos estudos resultou do pedido de intervenção de uma empresa do Norte de Portugal, junto de trabalhadores com restrição médica para o trabalho habitual, com o objetivo de se definir um contexto alternativo de trabalho; e o outro estudo, solicitado pela Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho, visou a construção de um retrato dos percursos pós-acidente de trabalhadores de diferentes setores de atividade. Os resultados permitiram sistematizar três grandes categorias de obstáculos, designadamente, quando o regresso é feito à mesma função, mas sem uma análise e planeamento prévios; quando o conteúdo do trabalho atribuído não é objeto de debate com os trabalhadores; e quando o regresso é feito sem ter em conta o facto de haver necessidade também de o coletivo de trabalho se reorganizar. Reforça-se a conceção do acidente de trabalho como um turning point no percurso profissional, com implicações sempre singulares, cuja análise permite ainda sinalizar propostas de intervenção concretas para além dos percursos individuais.<hr/>Este artículo explora los obstáculos que los accidentados del trabajo enfrentan cuando vuelven al trabajo tras un accidente. Dos estudios realizados en Portugal sirven de referencia para el análisis y reflexión sobre este tema. Uno de los estudios tuvo origen en la solicitud de intervención de una empresa en el norte de Portugal y se centró en los trabajadores con restricciones médicas para el trabajo habitual a fin de definir un entorno de trabajo alternativo; el otro estudio, solicitado por la Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Asociación Nacional de Discapacitados y Accidentados del Trabajo], tuvo como objetivo elaborar un perfil de las trayectorias post-accidente de trabajadores de diferentes sectores de actividad. Los resultados permitieron sistematizar tres grandes categorías de obstáculos, en particular, cuando se vuelve a la misma función, pero sin un análisis ni una planificación previos; cuando el contenido del trabajo asignado no se debate con los trabajadores; y cuando la vuelta se hace sin tener en cuenta el hecho de que también es necesario que el colectivo de trabajo se reorganice. Se refuerza la noción del accidente de trabajo como un turning point en la trayectoria profesional, con consecuencias siempre singulares, cuyo análisis permite aún identificar propuestas de intervención concretas más allá de las trayectorias individuales.<hr/>Cet article cherche à explorer les obstacles auxquels sont confrontés les accidentés du travail lors de leur retour à l'activité professionnelle. Deux études menées au Portugal servent de référence à l'analyse et à la réflexion concernant cette question. La première étude a été mise en place à la demande d'une entreprise du Nord du Portugal qui souhaitait une intervention auprès de travailleurs souffrant d'une incapacité partielle de travail, afin de définir un contexte alternatif de travail. La seconde étude, sollicitée par l'Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Association Nationale des Handicapés et Sinistrés du Travail], cherchait à dresser un profil des parcours post-accident de travailleurs issus de différents secteurs d'activité. Les résultats ont permis de systématiser trois grandes catégories d'obstacles: lorsque le retour se fait au même poste mais sans analyse et planification préalables ; lorsque le contenu du travail attribué ne fait pas l'objet de débat avec les travailleurs ; lorsque le retour se fait sans tenir compte de la nécessité de réorganisation du collectif de travailleurs. La conception de l'accident du travail en tant que moment charnière (turning point) dans le parcours professionnel s'est trouvé renforcée par cette étude. Bien que les conséquences soient toujours singulières, l'analyse a permis de mettre en évidence des propositions d'intervention concrètes qui se situent au-delà des parcours individuels.<hr/>This paper discusses the obstacles the injured workers have to face upon their return to work after the accident. Two studies developed in Portugal support the analysis and the reflection on this issue. One of the studies is the outcome of a request from a company settled in the North of Portugal involving the workers with medical restrains to perform their usual work. The order consisted in an intervention to define an alternative work context. The other study, ordered by the Asso ciação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [National Association of Disabled Workers Injured On-the-job], aimed at depicting the workers' post-accident paths from different activity sectors. Three main categories of obstacles emerge from the findings, namely, when the workers return to the same function with no prior analysis and planning; when the content of the job is assigned without taking the workers' opinion into account; and when the return neglects the need for the collective work to be reorganized. The concept of the work accident as a turning point in the professional path is reinforced. The implications are always unique and the analysis to that singularity makes it possible to sign specific intervention proposals beyond the individual paths. <![CDATA[<b>A abordagem ergológica para uma outra avaliação do trabalho social</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo explora obstáculos com os quais os sinistrados do trabalho se deparam no regresso ao trabalho após o acidente. Dois estudos desenvolvidos em Portugal servem de referência à análise e reflexão sobre esta questão. Um dos estudos resultou do pedido de intervenção de uma empresa do Norte de Portugal, junto de trabalhadores com restrição médica para o trabalho habitual, com o objetivo de se definir um contexto alternativo de trabalho; e o outro estudo, solicitado pela Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho, visou a construção de um retrato dos percursos pós-acidente de trabalhadores de diferentes setores de atividade. Os resultados permitiram sistematizar três grandes categorias de obstáculos, designadamente, quando o regresso é feito à mesma função, mas sem uma análise e planeamento prévios; quando o conteúdo do trabalho atribuído não é objeto de debate com os trabalhadores; e quando o regresso é feito sem ter em conta o facto de haver necessidade também de o coletivo de trabalho se reorganizar. Reforça-se a conceção do acidente de trabalho como um turning point no percurso profissional, com implicações sempre singulares, cuja análise permite ainda sinalizar propostas de intervenção concretas para além dos percursos individuais.<hr/>Este artículo explora los obstáculos que los accidentados del trabajo enfrentan cuando vuelven al trabajo tras un accidente. Dos estudios realizados en Portugal sirven de referencia para el análisis y reflexión sobre este tema. Uno de los estudios tuvo origen en la solicitud de intervención de una empresa en el norte de Portugal y se centró en los trabajadores con restricciones médicas para el trabajo habitual a fin de definir un entorno de trabajo alternativo; el otro estudio, solicitado por la Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Asociación Nacional de Discapacitados y Accidentados del Trabajo], tuvo como objetivo elaborar un perfil de las trayectorias post-accidente de trabajadores de diferentes sectores de actividad. Los resultados permitieron sistematizar tres grandes categorías de obstáculos, en particular, cuando se vuelve a la misma función, pero sin un análisis ni una planificación previos; cuando el contenido del trabajo asignado no se debate con los trabajadores; y cuando la vuelta se hace sin tener en cuenta el hecho de que también es necesario que el colectivo de trabajo se reorganice. Se refuerza la noción del accidente de trabajo como un turning point en la trayectoria profesional, con consecuencias siempre singulares, cuyo análisis permite aún identificar propuestas de intervención concretas más allá de las trayectorias individuales.<hr/>Cet article cherche à explorer les obstacles auxquels sont confrontés les accidentés du travail lors de leur retour à l'activité professionnelle. Deux études menées au Portugal servent de référence à l'analyse et à la réflexion concernant cette question. La première étude a été mise en place à la demande d'une entreprise du Nord du Portugal qui souhaitait une intervention auprès de travailleurs souffrant d'une incapacité partielle de travail, afin de définir un contexte alternatif de travail. La seconde étude, sollicitée par l'Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Association Nationale des Handicapés et Sinistrés du Travail], cherchait à dresser un profil des parcours post-accident de travailleurs issus de différents secteurs d'activité. Les résultats ont permis de systématiser trois grandes catégories d'obstacles: lorsque le retour se fait au même poste mais sans analyse et planification préalables ; lorsque le contenu du travail attribué ne fait pas l'objet de débat avec les travailleurs ; lorsque le retour se fait sans tenir compte de la nécessité de réorganisation du collectif de travailleurs. La conception de l'accident du travail en tant que moment charnière (turning point) dans le parcours professionnel s'est trouvé renforcée par cette étude. Bien que les conséquences soient toujours singulières, l'analyse a permis de mettre en évidence des propositions d'intervention concrètes qui se situent au-delà des parcours individuels.<hr/>This paper discusses the obstacles the injured workers have to face upon their return to work after the accident. Two studies developed in Portugal support the analysis and the reflection on this issue. One of the studies is the outcome of a request from a company settled in the North of Portugal involving the workers with medical restrains to perform their usual work. The order consisted in an intervention to define an alternative work context. The other study, ordered by the Asso ciação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [National Association of Disabled Workers Injured On-the-job], aimed at depicting the workers' post-accident paths from different activity sectors. Three main categories of obstacles emerge from the findings, namely, when the workers return to the same function with no prior analysis and planning; when the content of the job is assigned without taking the workers' opinion into account; and when the return neglects the need for the collective work to be reorganized. The concept of the work accident as a turning point in the professional path is reinforced. The implications are always unique and the analysis to that singularity makes it possible to sign specific intervention proposals beyond the individual paths. <![CDATA[<b>Um retorno a Gilbert Simondon e à sua obra inicial</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo explora obstáculos com os quais os sinistrados do trabalho se deparam no regresso ao trabalho após o acidente. Dois estudos desenvolvidos em Portugal servem de referência à análise e reflexão sobre esta questão. Um dos estudos resultou do pedido de intervenção de uma empresa do Norte de Portugal, junto de trabalhadores com restrição médica para o trabalho habitual, com o objetivo de se definir um contexto alternativo de trabalho; e o outro estudo, solicitado pela Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho, visou a construção de um retrato dos percursos pós-acidente de trabalhadores de diferentes setores de atividade. Os resultados permitiram sistematizar três grandes categorias de obstáculos, designadamente, quando o regresso é feito à mesma função, mas sem uma análise e planeamento prévios; quando o conteúdo do trabalho atribuído não é objeto de debate com os trabalhadores; e quando o regresso é feito sem ter em conta o facto de haver necessidade também de o coletivo de trabalho se reorganizar. Reforça-se a conceção do acidente de trabalho como um turning point no percurso profissional, com implicações sempre singulares, cuja análise permite ainda sinalizar propostas de intervenção concretas para além dos percursos individuais.<hr/>Este artículo explora los obstáculos que los accidentados del trabajo enfrentan cuando vuelven al trabajo tras un accidente. Dos estudios realizados en Portugal sirven de referencia para el análisis y reflexión sobre este tema. Uno de los estudios tuvo origen en la solicitud de intervención de una empresa en el norte de Portugal y se centró en los trabajadores con restricciones médicas para el trabajo habitual a fin de definir un entorno de trabajo alternativo; el otro estudio, solicitado por la Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Asociación Nacional de Discapacitados y Accidentados del Trabajo], tuvo como objetivo elaborar un perfil de las trayectorias post-accidente de trabajadores de diferentes sectores de actividad. Los resultados permitieron sistematizar tres grandes categorías de obstáculos, en particular, cuando se vuelve a la misma función, pero sin un análisis ni una planificación previos; cuando el contenido del trabajo asignado no se debate con los trabajadores; y cuando la vuelta se hace sin tener en cuenta el hecho de que también es necesario que el colectivo de trabajo se reorganice. Se refuerza la noción del accidente de trabajo como un turning point en la trayectoria profesional, con consecuencias siempre singulares, cuyo análisis permite aún identificar propuestas de intervención concretas más allá de las trayectorias individuales.<hr/>Cet article cherche à explorer les obstacles auxquels sont confrontés les accidentés du travail lors de leur retour à l'activité professionnelle. Deux études menées au Portugal servent de référence à l'analyse et à la réflexion concernant cette question. La première étude a été mise en place à la demande d'une entreprise du Nord du Portugal qui souhaitait une intervention auprès de travailleurs souffrant d'une incapacité partielle de travail, afin de définir un contexte alternatif de travail. La seconde étude, sollicitée par l'Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Association Nationale des Handicapés et Sinistrés du Travail], cherchait à dresser un profil des parcours post-accident de travailleurs issus de différents secteurs d'activité. Les résultats ont permis de systématiser trois grandes catégories d'obstacles: lorsque le retour se fait au même poste mais sans analyse et planification préalables ; lorsque le contenu du travail attribué ne fait pas l'objet de débat avec les travailleurs ; lorsque le retour se fait sans tenir compte de la nécessité de réorganisation du collectif de travailleurs. La conception de l'accident du travail en tant que moment charnière (turning point) dans le parcours professionnel s'est trouvé renforcée par cette étude. Bien que les conséquences soient toujours singulières, l'analyse a permis de mettre en évidence des propositions d'intervention concrètes qui se situent au-delà des parcours individuels.<hr/>This paper discusses the obstacles the injured workers have to face upon their return to work after the accident. Two studies developed in Portugal support the analysis and the reflection on this issue. One of the studies is the outcome of a request from a company settled in the North of Portugal involving the workers with medical restrains to perform their usual work. The order consisted in an intervention to define an alternative work context. The other study, ordered by the Asso ciação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [National Association of Disabled Workers Injured On-the-job], aimed at depicting the workers' post-accident paths from different activity sectors. Three main categories of obstacles emerge from the findings, namely, when the workers return to the same function with no prior analysis and planning; when the content of the job is assigned without taking the workers' opinion into account; and when the return neglects the need for the collective work to be reorganized. The concept of the work accident as a turning point in the professional path is reinforced. The implications are always unique and the analysis to that singularity makes it possible to sign specific intervention proposals beyond the individual paths. <![CDATA[<b>Do modo de existência dos objetos técnicos</b>: <b>Introdução</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo explora obstáculos com os quais os sinistrados do trabalho se deparam no regresso ao trabalho após o acidente. Dois estudos desenvolvidos em Portugal servem de referência à análise e reflexão sobre esta questão. Um dos estudos resultou do pedido de intervenção de uma empresa do Norte de Portugal, junto de trabalhadores com restrição médica para o trabalho habitual, com o objetivo de se definir um contexto alternativo de trabalho; e o outro estudo, solicitado pela Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho, visou a construção de um retrato dos percursos pós-acidente de trabalhadores de diferentes setores de atividade. Os resultados permitiram sistematizar três grandes categorias de obstáculos, designadamente, quando o regresso é feito à mesma função, mas sem uma análise e planeamento prévios; quando o conteúdo do trabalho atribuído não é objeto de debate com os trabalhadores; e quando o regresso é feito sem ter em conta o facto de haver necessidade também de o coletivo de trabalho se reorganizar. Reforça-se a conceção do acidente de trabalho como um turning point no percurso profissional, com implicações sempre singulares, cuja análise permite ainda sinalizar propostas de intervenção concretas para além dos percursos individuais.<hr/>Este artículo explora los obstáculos que los accidentados del trabajo enfrentan cuando vuelven al trabajo tras un accidente. Dos estudios realizados en Portugal sirven de referencia para el análisis y reflexión sobre este tema. Uno de los estudios tuvo origen en la solicitud de intervención de una empresa en el norte de Portugal y se centró en los trabajadores con restricciones médicas para el trabajo habitual a fin de definir un entorno de trabajo alternativo; el otro estudio, solicitado por la Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Asociación Nacional de Discapacitados y Accidentados del Trabajo], tuvo como objetivo elaborar un perfil de las trayectorias post-accidente de trabajadores de diferentes sectores de actividad. Los resultados permitieron sistematizar tres grandes categorías de obstáculos, en particular, cuando se vuelve a la misma función, pero sin un análisis ni una planificación previos; cuando el contenido del trabajo asignado no se debate con los trabajadores; y cuando la vuelta se hace sin tener en cuenta el hecho de que también es necesario que el colectivo de trabajo se reorganice. Se refuerza la noción del accidente de trabajo como un turning point en la trayectoria profesional, con consecuencias siempre singulares, cuyo análisis permite aún identificar propuestas de intervención concretas más allá de las trayectorias individuales.<hr/>Cet article cherche à explorer les obstacles auxquels sont confrontés les accidentés du travail lors de leur retour à l'activité professionnelle. Deux études menées au Portugal servent de référence à l'analyse et à la réflexion concernant cette question. La première étude a été mise en place à la demande d'une entreprise du Nord du Portugal qui souhaitait une intervention auprès de travailleurs souffrant d'une incapacité partielle de travail, afin de définir un contexte alternatif de travail. La seconde étude, sollicitée par l'Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Association Nationale des Handicapés et Sinistrés du Travail], cherchait à dresser un profil des parcours post-accident de travailleurs issus de différents secteurs d'activité. Les résultats ont permis de systématiser trois grandes catégories d'obstacles: lorsque le retour se fait au même poste mais sans analyse et planification préalables ; lorsque le contenu du travail attribué ne fait pas l'objet de débat avec les travailleurs ; lorsque le retour se fait sans tenir compte de la nécessité de réorganisation du collectif de travailleurs. La conception de l'accident du travail en tant que moment charnière (turning point) dans le parcours professionnel s'est trouvé renforcée par cette étude. Bien que les conséquences soient toujours singulières, l'analyse a permis de mettre en évidence des propositions d'intervention concrètes qui se situent au-delà des parcours individuels.<hr/>This paper discusses the obstacles the injured workers have to face upon their return to work after the accident. Two studies developed in Portugal support the analysis and the reflection on this issue. One of the studies is the outcome of a request from a company settled in the North of Portugal involving the workers with medical restrains to perform their usual work. The order consisted in an intervention to define an alternative work context. The other study, ordered by the Asso ciação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [National Association of Disabled Workers Injured On-the-job], aimed at depicting the workers' post-accident paths from different activity sectors. Three main categories of obstacles emerge from the findings, namely, when the workers return to the same function with no prior analysis and planning; when the content of the job is assigned without taking the workers' opinion into account; and when the return neglects the need for the collective work to be reorganized. The concept of the work accident as a turning point in the professional path is reinforced. The implications are always unique and the analysis to that singularity makes it possible to sign specific intervention proposals beyond the individual paths. <![CDATA[<b>X, como raio X</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo explora obstáculos com os quais os sinistrados do trabalho se deparam no regresso ao trabalho após o acidente. Dois estudos desenvolvidos em Portugal servem de referência à análise e reflexão sobre esta questão. Um dos estudos resultou do pedido de intervenção de uma empresa do Norte de Portugal, junto de trabalhadores com restrição médica para o trabalho habitual, com o objetivo de se definir um contexto alternativo de trabalho; e o outro estudo, solicitado pela Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho, visou a construção de um retrato dos percursos pós-acidente de trabalhadores de diferentes setores de atividade. Os resultados permitiram sistematizar três grandes categorias de obstáculos, designadamente, quando o regresso é feito à mesma função, mas sem uma análise e planeamento prévios; quando o conteúdo do trabalho atribuído não é objeto de debate com os trabalhadores; e quando o regresso é feito sem ter em conta o facto de haver necessidade também de o coletivo de trabalho se reorganizar. Reforça-se a conceção do acidente de trabalho como um turning point no percurso profissional, com implicações sempre singulares, cuja análise permite ainda sinalizar propostas de intervenção concretas para além dos percursos individuais.<hr/>Este artículo explora los obstáculos que los accidentados del trabajo enfrentan cuando vuelven al trabajo tras un accidente. Dos estudios realizados en Portugal sirven de referencia para el análisis y reflexión sobre este tema. Uno de los estudios tuvo origen en la solicitud de intervención de una empresa en el norte de Portugal y se centró en los trabajadores con restricciones médicas para el trabajo habitual a fin de definir un entorno de trabajo alternativo; el otro estudio, solicitado por la Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Asociación Nacional de Discapacitados y Accidentados del Trabajo], tuvo como objetivo elaborar un perfil de las trayectorias post-accidente de trabajadores de diferentes sectores de actividad. Los resultados permitieron sistematizar tres grandes categorías de obstáculos, en particular, cuando se vuelve a la misma función, pero sin un análisis ni una planificación previos; cuando el contenido del trabajo asignado no se debate con los trabajadores; y cuando la vuelta se hace sin tener en cuenta el hecho de que también es necesario que el colectivo de trabajo se reorganice. Se refuerza la noción del accidente de trabajo como un turning point en la trayectoria profesional, con consecuencias siempre singulares, cuyo análisis permite aún identificar propuestas de intervención concretas más allá de las trayectorias individuales.<hr/>Cet article cherche à explorer les obstacles auxquels sont confrontés les accidentés du travail lors de leur retour à l'activité professionnelle. Deux études menées au Portugal servent de référence à l'analyse et à la réflexion concernant cette question. La première étude a été mise en place à la demande d'une entreprise du Nord du Portugal qui souhaitait une intervention auprès de travailleurs souffrant d'une incapacité partielle de travail, afin de définir un contexte alternatif de travail. La seconde étude, sollicitée par l'Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Association Nationale des Handicapés et Sinistrés du Travail], cherchait à dresser un profil des parcours post-accident de travailleurs issus de différents secteurs d'activité. Les résultats ont permis de systématiser trois grandes catégories d'obstacles: lorsque le retour se fait au même poste mais sans analyse et planification préalables ; lorsque le contenu du travail attribué ne fait pas l'objet de débat avec les travailleurs ; lorsque le retour se fait sans tenir compte de la nécessité de réorganisation du collectif de travailleurs. La conception de l'accident du travail en tant que moment charnière (turning point) dans le parcours professionnel s'est trouvé renforcée par cette étude. Bien que les conséquences soient toujours singulières, l'analyse a permis de mettre en évidence des propositions d'intervention concrètes qui se situent au-delà des parcours individuels.<hr/>This paper discusses the obstacles the injured workers have to face upon their return to work after the accident. Two studies developed in Portugal support the analysis and the reflection on this issue. One of the studies is the outcome of a request from a company settled in the North of Portugal involving the workers with medical restrains to perform their usual work. The order consisted in an intervention to define an alternative work context. The other study, ordered by the Asso ciação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [National Association of Disabled Workers Injured On-the-job], aimed at depicting the workers' post-accident paths from different activity sectors. Three main categories of obstacles emerge from the findings, namely, when the workers return to the same function with no prior analysis and planning; when the content of the job is assigned without taking the workers' opinion into account; and when the return neglects the need for the collective work to be reorganized. The concept of the work accident as a turning point in the professional path is reinforced. The implications are always unique and the analysis to that singularity makes it possible to sign specific intervention proposals beyond the individual paths. <![CDATA[<b><i>What is watt?</i></b>: <b>História de uma medida</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-52372018000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo explora obstáculos com os quais os sinistrados do trabalho se deparam no regresso ao trabalho após o acidente. Dois estudos desenvolvidos em Portugal servem de referência à análise e reflexão sobre esta questão. Um dos estudos resultou do pedido de intervenção de uma empresa do Norte de Portugal, junto de trabalhadores com restrição médica para o trabalho habitual, com o objetivo de se definir um contexto alternativo de trabalho; e o outro estudo, solicitado pela Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho, visou a construção de um retrato dos percursos pós-acidente de trabalhadores de diferentes setores de atividade. Os resultados permitiram sistematizar três grandes categorias de obstáculos, designadamente, quando o regresso é feito à mesma função, mas sem uma análise e planeamento prévios; quando o conteúdo do trabalho atribuído não é objeto de debate com os trabalhadores; e quando o regresso é feito sem ter em conta o facto de haver necessidade também de o coletivo de trabalho se reorganizar. Reforça-se a conceção do acidente de trabalho como um turning point no percurso profissional, com implicações sempre singulares, cuja análise permite ainda sinalizar propostas de intervenção concretas para além dos percursos individuais.<hr/>Este artículo explora los obstáculos que los accidentados del trabajo enfrentan cuando vuelven al trabajo tras un accidente. Dos estudios realizados en Portugal sirven de referencia para el análisis y reflexión sobre este tema. Uno de los estudios tuvo origen en la solicitud de intervención de una empresa en el norte de Portugal y se centró en los trabajadores con restricciones médicas para el trabajo habitual a fin de definir un entorno de trabajo alternativo; el otro estudio, solicitado por la Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Asociación Nacional de Discapacitados y Accidentados del Trabajo], tuvo como objetivo elaborar un perfil de las trayectorias post-accidente de trabajadores de diferentes sectores de actividad. Los resultados permitieron sistematizar tres grandes categorías de obstáculos, en particular, cuando se vuelve a la misma función, pero sin un análisis ni una planificación previos; cuando el contenido del trabajo asignado no se debate con los trabajadores; y cuando la vuelta se hace sin tener en cuenta el hecho de que también es necesario que el colectivo de trabajo se reorganice. Se refuerza la noción del accidente de trabajo como un turning point en la trayectoria profesional, con consecuencias siempre singulares, cuyo análisis permite aún identificar propuestas de intervención concretas más allá de las trayectorias individuales.<hr/>Cet article cherche à explorer les obstacles auxquels sont confrontés les accidentés du travail lors de leur retour à l'activité professionnelle. Deux études menées au Portugal servent de référence à l'analyse et à la réflexion concernant cette question. La première étude a été mise en place à la demande d'une entreprise du Nord du Portugal qui souhaitait une intervention auprès de travailleurs souffrant d'une incapacité partielle de travail, afin de définir un contexte alternatif de travail. La seconde étude, sollicitée par l'Associação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [Association Nationale des Handicapés et Sinistrés du Travail], cherchait à dresser un profil des parcours post-accident de travailleurs issus de différents secteurs d'activité. Les résultats ont permis de systématiser trois grandes catégories d'obstacles: lorsque le retour se fait au même poste mais sans analyse et planification préalables ; lorsque le contenu du travail attribué ne fait pas l'objet de débat avec les travailleurs ; lorsque le retour se fait sans tenir compte de la nécessité de réorganisation du collectif de travailleurs. La conception de l'accident du travail en tant que moment charnière (turning point) dans le parcours professionnel s'est trouvé renforcée par cette étude. Bien que les conséquences soient toujours singulières, l'analyse a permis de mettre en évidence des propositions d'intervention concrètes qui se situent au-delà des parcours individuels.<hr/>This paper discusses the obstacles the injured workers have to face upon their return to work after the accident. Two studies developed in Portugal support the analysis and the reflection on this issue. One of the studies is the outcome of a request from a company settled in the North of Portugal involving the workers with medical restrains to perform their usual work. The order consisted in an intervention to define an alternative work context. The other study, ordered by the Asso ciação Nacional dos Deficientes e Sinistrados do Trabalho [National Association of Disabled Workers Injured On-the-job], aimed at depicting the workers' post-accident paths from different activity sectors. Three main categories of obstacles emerge from the findings, namely, when the workers return to the same function with no prior analysis and planning; when the content of the job is assigned without taking the workers' opinion into account; and when the return neglects the need for the collective work to be reorganized. The concept of the work accident as a turning point in the professional path is reinforced. The implications are always unique and the analysis to that singularity makes it possible to sign specific intervention proposals beyond the individual paths.