Scielo RSS <![CDATA[Relações Internacionais (R:I)]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1645-919920190002&lang=pt vol. num. 62 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Trinta anos do fim do comunismo</b>: <b>o regresso dos nacionalismos na Europa Central e Oriental</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Nacionalismo</b>: <b>back to basics</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Num tempo em que se busca a compreensão das razões sociológicas, históricas, políticas, entre outras, que possam explicar a emergência de novas formas de nacionalismo, parece-nos oportuno fazer uma reflexão, ainda que necessariamente breve e incompleta, em torno do conceito de nacionalismo. Assim, este artigo propõe revisitar alguns autores que têm ajudado a construir a leitura académica sobre o fenómeno do nacionalismo. Parece-nos útil esta invocação, na medida em que com frequência se fala de novas formas sem que simultaneamente fique claro qual o fenómeno relativamente ao qual aquelas serão efetivamente «novas». Revisitamos as teses modernistas e primordialistas, naqueles que são os seus contornos essenciais, para concluir que ambos os conjuntos apresentam debilidades no modo como interpretam o nacionalismo, colocando-o ora excessivamente na posição de artefacto ideológico do Estado moderno, ora na posição de resposta natural do indivíduo no processo de construção e reconhecimento da sua identidade coletiva. Todavia, é nas teses primordialistas que radica o maior desafio, pois a sua naturalização do nacionalismo resulta numa legitimação deste por via de uma suposta inevitabilidade biológica.<hr/>At a time when we seek to understand the reasons, whether sociological, historical, political or others, that may explain the emergence of new forms of nationalism, it seems opportune to reflect, albeit necessarily brief and incomplete, on the concept of nationalism. This article proposes to revisit some authors who have helped to build the academic reading on the phenomenon of nationalism. This invocation seems useful, as talking about new forms of nationalism is not necessarily followed by a clear idea of what phenomenon they are actually ‘new' to. We revisit the modernist and primordialist theses, in what are their essential contours, to conclude that both sets have weaknesses in the way they interpret nationalism, sometimes placing it excessively in the position of ideological artifact of the modern state, sometimes in the position of a natural response of individuals in the process of construction and recognition of their collective identity. However, it is in the primordialist theses that the greatest challenge lies, since the naturalization of nationalism they imply results in its legitimation by means of a supposed biological inevitability. <![CDATA[<b>Uma «vaga populista na Europa»?</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As eleições de maio de 2019 para o Parlamento Europeu foram apresentadas pela extrema-direita e pela direita radical como a ocasião para se tornarem maioritárias ou, pelo menos, com peso suficiente para bloquear o aprofundamento da construção europeia. A comunicação social repercutiu esses esforços para alcançar a união de todos os partidos populistas e eurocéticos de direita num grupo parlamentar. No entanto, os resultados do escrutínio são reduzidos: a extrema-direita encontra-se marginalizada e as direitas radicais, cujo programa se articula em torno da sobrevivência nacional, da imigração e da identidade, permanecem fragmentadas no seio da nova assembleia.<hr/>The 2019 European Elections were portrayed as an occasion for the extreme-right and radical right to become majoritarian, or at least, to gain enough importance to block the European integration. The press echoed these efforts of achieving a union of all populist and Eurosceptic right-wing parties in one parliamentarian bloc. However, the end result was not what was expected: the extreme-right is marginalized and the radical right, whose program focuses on nation survival, immigration, and identity, is still fragmented in the new European Parliament. <![CDATA[<b>A etnopolítica da crise dos refugiados</b>: <b>Uma investigação dos debates estónios</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo compara os discursos estónio e russófono sobre imigração como um problema global, e procura saber se a crise dos refugiados tem impacto nas identidades políticas da maioria dominante e minorias russófonas na Estónia, através da análise das narrativas políticas ecoadas nos meios de comunicação. O artigo procura também saber quão diverso é o debate em estónio e russo sobre imigração, como se podem comparar esses discursos, e identificar as principais semelhanças e divergências.<hr/>This article compares the Estonian mainstream and the Russophone discourses on immigration as a global problem, and asks a question of whether the refugee crisis, as debated in political narratives and translated through the media, has an impact on political identities of the dominant majority and the Russian-speaking minority in Estonia. We seek to find out how diverse are Estonian-language and Russian-language discourses on the whole plethora of immigration-related issues, how can we compare these discourses, and where are the major similarities and points of divergence. <![CDATA[<b>A «viragem iliberal» contra o Estado de direito</b>: <b>Reflexões sobre as recentes evoluções políticas na Polónia e na Roménia</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As novas ondas de nacionalismos na Europa Central e de Leste (ECL) contribuíram para aumentar o conflito entre as maiorias governamentais e as instituições da UE. Pela primeira vez desde 1989, alguns líderes da ECL rejeitaram as alegações da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu e recusaram agir em conformidade, apresentando um discurso ideológico de «resistência». As objeções levantadas dizem respeito não só à validade das posições tomadas pela UE sobre a qualidade das suas democracias, mas também aos próprios valores europeus. O artigo argumenta que, apesar das significativas diferenças entre os «novos nacionalismos» da Polónia e da Roménia, ambos os governos convergem na arena europeia através da adoção de um discurso soberanista e ao questionar as interpretações comuns dos valores fundamentais europeus.<hr/>The new wave of nationalisms in the ECE has contributed to escalating the conflict between governmental majorities and the EU institutions. For the first time after 1989, some of the ECE leaders rebuffed the allegations of the EU Commission and the European Parliament and refused compliance by articulating an ideologically-inspired repository of &lsquo;resistance&rsquo; discourses. The objections which have been raised regard not only the validity of the EU positions on the quality of democracy but also the alleged definition of the European values. By focusing on the conflictive narratives on the rule of law in Poland and Romania, the paper will argue that although there are significant differences between the forms of &lsquo;new nationalism&rsquo; in Poland and Romania, the two current governments tend to converge on the European arena by adopting sovereigntist claims and by questioning the mainstream interpretations of the EU fundamental values. <![CDATA[<b>Compreender os nacionalismos na Europa do pós-Guerra Fria</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As novas ondas de nacionalismos na Europa Central e de Leste (ECL) contribuíram para aumentar o conflito entre as maiorias governamentais e as instituições da UE. Pela primeira vez desde 1989, alguns líderes da ECL rejeitaram as alegações da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu e recusaram agir em conformidade, apresentando um discurso ideológico de «resistência». As objeções levantadas dizem respeito não só à validade das posições tomadas pela UE sobre a qualidade das suas democracias, mas também aos próprios valores europeus. O artigo argumenta que, apesar das significativas diferenças entre os «novos nacionalismos» da Polónia e da Roménia, ambos os governos convergem na arena europeia através da adoção de um discurso soberanista e ao questionar as interpretações comuns dos valores fundamentais europeus.<hr/>The new wave of nationalisms in the ECE has contributed to escalating the conflict between governmental majorities and the EU institutions. For the first time after 1989, some of the ECE leaders rebuffed the allegations of the EU Commission and the European Parliament and refused compliance by articulating an ideologically-inspired repository of &lsquo;resistance&rsquo; discourses. The objections which have been raised regard not only the validity of the EU positions on the quality of democracy but also the alleged definition of the European values. By focusing on the conflictive narratives on the rule of law in Poland and Romania, the paper will argue that although there are significant differences between the forms of &lsquo;new nationalism&rsquo; in Poland and Romania, the two current governments tend to converge on the European arena by adopting sovereigntist claims and by questioning the mainstream interpretations of the EU fundamental values. <![CDATA[<b>Quatro abordagens sobre a interação entre cientistas e estados nas relações internacionais</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo apresenta e contrasta quatro abordagens acerca da interação entre cientistas e estados nas relações internacionais: a abordagem da diplomacia científica, segundo a qual a colaboração científica internacional é influenciada por estratégias de Estado; a abordagem das comunidades epistêmicas, que argumenta que redes de expertise internacionais podem influenciar a cooperação entre estados; a abordagem das redes, de acordo com a qual a colaboração científica internacional apresenta dinâmicas próprias, sendo pouco influenciada pelos estados; e a abordagem transnacional, que reconhece a agência dos cientistas na colaboração internacional, mas reafirma a importância dos estados na sua promoção. Ao apresentar uma tipologia de abordagens oriundas de diversas áreas das ciências sociais o artigo busca contribuir para o avanço de pesquisas multidisciplinares sobre as interfaces entre ciência e relações internacionais.<hr/>This article presents and contrasts four approaches to the interaction between scientists and states in international relations: the Science Diplomacy approach, according to which international scientific collaboration is influenced by state strategies; the Epistemic Communities approach, which argues that international expert networks can influence cooperation between states; the Network approach, according to which international scientific cooperation exhibits dynamics of their own, being little influenced by states; and the Transnational approach, which recognizes the agency of scientists in international collaboration, but reaffirms the importance of states in their promotion. By introducing a typology of approaches that come from different areas in social sciences the article aims at contributing to the advancement of multidisciplinary research focused on the interaction between science and international relations. <![CDATA[<b>Uma defesa do nacionalismo e do Estado-Nação</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo apresenta e contrasta quatro abordagens acerca da interação entre cientistas e estados nas relações internacionais: a abordagem da diplomacia científica, segundo a qual a colaboração científica internacional é influenciada por estratégias de Estado; a abordagem das comunidades epistêmicas, que argumenta que redes de expertise internacionais podem influenciar a cooperação entre estados; a abordagem das redes, de acordo com a qual a colaboração científica internacional apresenta dinâmicas próprias, sendo pouco influenciada pelos estados; e a abordagem transnacional, que reconhece a agência dos cientistas na colaboração internacional, mas reafirma a importância dos estados na sua promoção. Ao apresentar uma tipologia de abordagens oriundas de diversas áreas das ciências sociais o artigo busca contribuir para o avanço de pesquisas multidisciplinares sobre as interfaces entre ciência e relações internacionais.<hr/>This article presents and contrasts four approaches to the interaction between scientists and states in international relations: the Science Diplomacy approach, according to which international scientific collaboration is influenced by state strategies; the Epistemic Communities approach, which argues that international expert networks can influence cooperation between states; the Network approach, according to which international scientific cooperation exhibits dynamics of their own, being little influenced by states; and the Transnational approach, which recognizes the agency of scientists in international collaboration, but reaffirms the importance of states in their promotion. By introducing a typology of approaches that come from different areas in social sciences the article aims at contributing to the advancement of multidisciplinary research focused on the interaction between science and international relations. <![CDATA[<b>Tempos decisivos</b>: <b>O general e a democracia</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo apresenta e contrasta quatro abordagens acerca da interação entre cientistas e estados nas relações internacionais: a abordagem da diplomacia científica, segundo a qual a colaboração científica internacional é influenciada por estratégias de Estado; a abordagem das comunidades epistêmicas, que argumenta que redes de expertise internacionais podem influenciar a cooperação entre estados; a abordagem das redes, de acordo com a qual a colaboração científica internacional apresenta dinâmicas próprias, sendo pouco influenciada pelos estados; e a abordagem transnacional, que reconhece a agência dos cientistas na colaboração internacional, mas reafirma a importância dos estados na sua promoção. Ao apresentar uma tipologia de abordagens oriundas de diversas áreas das ciências sociais o artigo busca contribuir para o avanço de pesquisas multidisciplinares sobre as interfaces entre ciência e relações internacionais.<hr/>This article presents and contrasts four approaches to the interaction between scientists and states in international relations: the Science Diplomacy approach, according to which international scientific collaboration is influenced by state strategies; the Epistemic Communities approach, which argues that international expert networks can influence cooperation between states; the Network approach, according to which international scientific cooperation exhibits dynamics of their own, being little influenced by states; and the Transnational approach, which recognizes the agency of scientists in international collaboration, but reaffirms the importance of states in their promotion. By introducing a typology of approaches that come from different areas in social sciences the article aims at contributing to the advancement of multidisciplinary research focused on the interaction between science and international relations. <![CDATA[<b>O mundo de Trump</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo apresenta e contrasta quatro abordagens acerca da interação entre cientistas e estados nas relações internacionais: a abordagem da diplomacia científica, segundo a qual a colaboração científica internacional é influenciada por estratégias de Estado; a abordagem das comunidades epistêmicas, que argumenta que redes de expertise internacionais podem influenciar a cooperação entre estados; a abordagem das redes, de acordo com a qual a colaboração científica internacional apresenta dinâmicas próprias, sendo pouco influenciada pelos estados; e a abordagem transnacional, que reconhece a agência dos cientistas na colaboração internacional, mas reafirma a importância dos estados na sua promoção. Ao apresentar uma tipologia de abordagens oriundas de diversas áreas das ciências sociais o artigo busca contribuir para o avanço de pesquisas multidisciplinares sobre as interfaces entre ciência e relações internacionais.<hr/>This article presents and contrasts four approaches to the interaction between scientists and states in international relations: the Science Diplomacy approach, according to which international scientific collaboration is influenced by state strategies; the Epistemic Communities approach, which argues that international expert networks can influence cooperation between states; the Network approach, according to which international scientific cooperation exhibits dynamics of their own, being little influenced by states; and the Transnational approach, which recognizes the agency of scientists in international collaboration, but reaffirms the importance of states in their promotion. By introducing a typology of approaches that come from different areas in social sciences the article aims at contributing to the advancement of multidisciplinary research focused on the interaction between science and international relations. <![CDATA[<b>O homem que descreveu e prescreveu ao mesmo tempo</b>: <b>Giovanni Sartori e a Ciência Política</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000200011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo apresenta e contrasta quatro abordagens acerca da interação entre cientistas e estados nas relações internacionais: a abordagem da diplomacia científica, segundo a qual a colaboração científica internacional é influenciada por estratégias de Estado; a abordagem das comunidades epistêmicas, que argumenta que redes de expertise internacionais podem influenciar a cooperação entre estados; a abordagem das redes, de acordo com a qual a colaboração científica internacional apresenta dinâmicas próprias, sendo pouco influenciada pelos estados; e a abordagem transnacional, que reconhece a agência dos cientistas na colaboração internacional, mas reafirma a importância dos estados na sua promoção. Ao apresentar uma tipologia de abordagens oriundas de diversas áreas das ciências sociais o artigo busca contribuir para o avanço de pesquisas multidisciplinares sobre as interfaces entre ciência e relações internacionais.<hr/>This article presents and contrasts four approaches to the interaction between scientists and states in international relations: the Science Diplomacy approach, according to which international scientific collaboration is influenced by state strategies; the Epistemic Communities approach, which argues that international expert networks can influence cooperation between states; the Network approach, according to which international scientific cooperation exhibits dynamics of their own, being little influenced by states; and the Transnational approach, which recognizes the agency of scientists in international collaboration, but reaffirms the importance of states in their promotion. By introducing a typology of approaches that come from different areas in social sciences the article aims at contributing to the advancement of multidisciplinary research focused on the interaction between science and international relations.