Scielo RSS <![CDATA[Psicologia, Saúde & Doenças]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=1645-008620100001&lang=en vol. 11 num. 1 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Portuguese adaptation of the brief resilient coping scale</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo visa validar para português uma versão do Brief Resilient Coping Scale, a Escala Breve de Coping Resiliente. Esta é uma escala de resiliência avaliada como coping. Participaram 501 jovens, de idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos (268 do sexo feminino e 233 do sexo masculino). A variável resiliência foi avaliada com os quatro itens da escala breve referida acima. Os dados psicométricos mostram valores de consistência interna baixa (0,53) enquanto a versão original mostrava um valor mais elevado embora ainda baixo (0,68). Discute-se este resultado assumindo que as escalas de coping não deviam valorizar estes valores psicométricos clássicos, por duas razões principais: porque o coping é uma variável dependente do momento e da situação, e; porque a escala inclui somente quatro itens.<hr/>The present study intents to validate the Portuguese version of the Brief Resilient Coping Scale, named in Portuguese Escala Breve de Coping Resilient. It is a four item measure designed to evaluate an individual’s tendency to cope in an adaptive way, Participants are 501 young’s, aged between 15 and 25 years (268 females and 233 males). Psychometric data exhibits low internal consistency (0.53) in comparison with the original version that exhibits higher but low values (0.68). We discuss the results of our study assuming that coping scales usually do not value classic psychometric indices for two main reasons: because coping is a variable that depends on the moment and the situation, and; because the scale includes only four items. <![CDATA[<b>Psychologyand chronic illness</b>: <b>group intervention in diabetes Mellitus</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este artigo apresenta uma revisão da literatura sobre a intervenção multidisciplinar em grupo na diabetes mellitus, mais concretamente na diabetes tipo 2 em contexto de cuidados de saúde primários. A psicologia da saúde desempenha um papel importante na compreensão das consequências psicológicas da diabetes e dos factores psicológicos envolvidos no autocuidado efectivo da doença. O crescente reconhecimento da importância do trabalho em equipas de saúde multidisciplinares para a educação do paciente diabético tem promovido o desenvolvimento de inúmeros projectos de intervenção psicológica e programas educativos, individuais ou em grupo, na área dos cuidados de saúde primários e secundários. As intervenções em grupo trazem benefícios ao nível da saúde física e mental, do desenvolvimento pessoal, da promoção de aptidões relacionais e do treino de competências que promovem uma maior adesão ao tratamento, ao mesmo tempo que dão resposta a um maior número de pedidos, optimizando os recursos técnicos das instituições.<hr/>This paper outlines the role of multidisciplinary group interventions in the treatment of diabetes mellitus, focusing on type-2 diabetes in primary health care treatment programs. Health psychology has an important role in understanding the psychological consequences of diabetes, and the psychological factors related to self-care disease circumstances. The increasing recognition of the importance of working in multidisciplinary teams when educating diabetic patients has contributed to the development of several psychological intervention projects (group or individual), as well as a number of educational programs, in primary and secondary health care settings. Group interventions have shown to provide benefits associated with physical and mental health, personal development and growth of relational skills, as well as treatment adherence and response to a higher number of cases. <![CDATA[<b>The relationship between depression in occupational context and burnout</b>: <b>An empirical study among Nurses</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Com este estudo pretendemos investigar a relação existente entre a depressão e o sindroma de burnout, nas suas três dimensões - a exaustão emocional, a despersonalização e a realização pessoal. Esta investigação foi realizada com uma amostra de conveniência, constituída por 499 enfermeiros, que trabalham nas Unidades Hospitalares de maior dimensão do Algarve, e os instrumentos utilizados foram a subescala da depressão da EADS - 21, de Lovibond, e Lovibond (1995, na adaptação portuguesa de Pais Ribeiro, Honrado, Leal, 2004), e a MBI, de Maslach, e Jackson (1981, na adaptação portuguesa para enfermeiros de Parreira, Sousa, 2000). Os resultados encontrados, levam-nos a sugerir que, embora no contexto laboral os quadros depressivos possam ocorrer como uma manifestação do burnout, o inverso parece não ser evidente, pelo que não podemos dizer que o burnout seja uma manifestação da depressão. Concluímos, então, que estas duas entidades são constructos diferentes, apesar de apresentarem aspectos comuns.<hr/>With this study we want to investigate the relationship between depression and burnout syndrome, in its three dimensions - emotional exhaustion, depersonalization and personal realization. This research was conducted with a convenience sample of 499 nurses who work in the Algarve larger Hospitals, and the instruments used were the depression subscale of EADS - 21, of Lovibond, and Lovibond (1995, in the Portuguese adaptation by Pais Ribeiro, Honrado, Leal, 2004), and MBI, of Maslach and Jackson (1981, in the portuguese adaptation for nurses by Parreira, Sousa, 2000). This result, lead us to suggest that although the depression disorder in the workplace can occur as a manifestation of burnout, however, the reverse seems to be not clear. So, we cannot say that burnout is a manifestation of depression. We conclude that these two entities are different constructs, although they may have common features. <![CDATA[<b>Family relations in the elderly</b>: <b>Adaptation of the Index of Family Relations (IFR)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en Apesar do processo de envelhecimento não estar necessariamente relacionado com doenças e incapacidades, as doenças crónicas degenerativas são frequentemente encontradas nas pessoas idosas e, este facto, está directamente relacionado com maior incapacidade funcional, determinando consequências ao nível do indivíduo, família e comunidade. O Índice de Relações Familiares (Hudson, 1993) é um instrumento que avalia a severidade ou magnitude dos problemas de funcionamento pessoal e social dos indivíduos no domínio do ajustamento familiar. Caracteriza a severidade dos problemas de relacionamento familiar, podendo ser utilizado como medida de stress intra-familiar. O presente artigo apresenta a adaptação do IFR numa amostra de idosos a residir na comunidade. Os resultados mostraram uma elevada fidelidade (α = 95) e o estudo de validade determinou a eliminação de um item, encontrando-se os restantes incluídos num único factor que explica 46,86% da variância total dos resultados. O IFR apresenta boa validade de construto. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a escala apresenta boas qualidades psicométricas poder ser utilizada numa população idosa residente na comunidade. Ao nível da validade de constructo, verificou-se que o stress intra-familiar se correlaciona negativamente com a qualidade de vida e positivamente com a depressão.<hr/>Even if ageing is not necessary related with disease and incapacity, degenerative chronic diseases are often found in the elderly and this fact is related with great functional incapacity that determines consequences at the individual, family and community levels. The Family Relationship Index (Hudson, 1993) is an instrument that assesses the magnitude of problems in personal and social functioning in subject´s family adjustment and, as such, is considered a measure of intra-family stress according to the author. This article presents the adaptation of IFR in a sample of older people living in the community. Results show a high internal consistency (α = .95) and the study of validity has determined the removal of one item while all the others saturate a unique factor that explains 46,86%of total variance. IFR shows good construct and discriminant validity. Based on the results, the scale presents good psychometric qualities and may be used in the elderly population living in the community. In terms of construct validity, results showed that intra-familial stress was negatively correlated with quality of life and positively with depression. <![CDATA[<b>Adaptation of the <i>School-Age Temperament Inventory</i> - SATI to a portuguese population</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100005&lng=en&nrm=iso&tlng=en No presente artigo são descritos os processos de tradução e adaptação do School-Age Temperament Inventory (McClowry, 1995). Procurou-se ainda caracterizar o temperamento de uma amostra de crianças entre os 8 e os 12 anos de idade, bem como estudar diferenças de sexo e de idade. A versão portuguesa revelou possuir qualidades psicométricas satisfatórias e semelhantes às do instrumento original. Os resultados obtidos indicam que não existem diferenças entre idades, mas que relativamente ao sexo, existem diferenças na dimensão actividade, no sentido em que os rapazes demonstram possuir um nível de actividade superior ao das raparigas. O instrumento permite ainda traçar perfis temperamentais, o que se pode revestir de particular interesse no domínio da intervenção da psicologia clínica e da saúde infantil.<hr/>The article describes the adaptation and validation of the School-Age Temperament Inventory (McClowry, 1991) in a sample of Portuguese children aged 8 to 12. The authors also aimed to describe the children’s temperament and to examine age and gender differences. The Portuguese version of SATI showed good psychometric properties and similar structure matching the dimensions proposed by the author of the original scale. Results also revealed gender differences suggesting higher levels of activity in boys than girls.Moreover the instrument allows the identification of children’s temperament profiles which can help in designing targeted clinical and educational interventions. <![CDATA[<b>Therapeutical relationship and adherrence in PLWHIV (People Living With HIV)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=en O objectivo do presente estudo é avaliar a influência da relação terapêutica no processo de adesão. A amostra é constituída por 81 doentes com média de idade de 38.7 anos, distribuídos em dois grupos: O grupo de doentes que definiu a relação terapêutica como sendo positiva e como sendo negativa. A maior proporção de doentes que não adere à medicação classificam a relação terapêutica como negativa. Ainda o grupo de doentes que percepciona a relação terapêutica como negativa apresenta índices elevados na dimensão hostilidade, em comparação com o grupo que caracteriza a relação terapêutica como sendo positiva. A adesão e a relação terapêutica são variáveis marcadas por um conjunto de elementos comuns, nomeadamente no que diz respeito às expectativas em relação à eficácia do tratamento e à percepção da competência do médico (onde se inclui o discurso claro e objectivo), entre outras. Estes parâmetros são, portanto, fulcrais, uma vez que contribuem para a implicação do doente no processo de tratamento<hr/>The aim of this study is assess therapeutic relationship influence in adherence behavior. Sample consisting in 81 patients with age average of 38.7 years old, distributed in 2 groups that characterize the relationship as positive and negative. The largest proportion of patients who has non adherence classifies the therapeutic relationship as negative. This group shows high levels in hostility dimension comparing with positive group. Adherence and therapeutic relationship are variables marked by common factors, especially treatment efficiency, physician competence and so on. Those factors contribute to patients’ involvement and proactive attitude. <![CDATA[<b>Neurocognitive sequelae in children with brain tumours</b>: <b>a review of the literature</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en O sucesso das intervenções médicas no decorrer das três últimas décadas permitiu um aumento do número de sobreviventes na pediatria oncológica. Este facto levou ao confronto com novas questões relacionadas com a qualidade de vida e com a taxa de eficácia das intervenções implementadas atendendo às dinâmicas custo-benefício a curto, médio e longo prazo para cada criança. Os estudos têm demonstrado que um quarto a dois terços dos sobreviventes de cancro infantil experiencia efeitos tardios nefastos (entre os quais neurocognitivos), moderados ou severos, em consequência da doença e intervenções terapêuticas, muitos dos quais poderão ser identificados apenas alguns anos mais tarde. O objectivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura com sistematização dos dados produzidos no domínio das sequelas neurocognitivas resultantes da doença e tratamentos, identificadas e caracterizadas em crianças diagnosticadas com tumores cerebrais. Os resultados da pesquisa efectuada através do cruzamento dos descritores definidos, conduziram à identificação de 13 artigos elegíveis publicados entre os anos de 2003 e 2007. A partir da análise dos referidos artigos constataram-se: (a) alterações neurocognitivas resultantes quer do próprio tumor, quer da acção da cirurgia, radioterapia cerebral e/ou da quimioterapia e, (b) a existência de variáveis mediadoras da natureza, intensidade e extensão das lesões detectadas. Todavia, apesar do crescente interesse no estudo das sequelas neurocognitivas em crianças com tumores cerebrais nos últimos anos, é importante que se continuem a desenvolver estudos com menos limitações metodológicas que tragam novos contributos na área, e que implementem projectos de avaliação e reabilitação neurocognitiva nos serviços de saúde, com o objectivo de minimizar os défices e promover uma melhor qualidade de vida.<hr/>The success of medical interventions during the past three decades allowed an improvement in the survival rates of pediatric cancer. This fact has brought more attention to new issues related to quality of life, as well as to the range of effectiveness of the implemented interventions. These ones obey to the cost-benefit dynamics, at short, medium and long-term, for each child. Studies have been demonstrating that approximately one quarter to two thirds of survivors of childhood cancer experience moderate to severe life-threatening late effects (between them, the neurocognitive ones), which are a consequence of the disease and of the therapeutic interventions, and most of which can only be identified a few years later. The aim of this paper is to proceed to a review of the literature and systematization of the outcomes produced in the field of neurocognitive sequelae resulting from disease and treatments in children diagnosed with brain tumours. The results of the research made by the cross of the major descriptors defined, conducted to the identification of 13 published articles between the years of 2003 and 2007. Having the analysis of these articles as starting point, it was concluded that: (a) neurocognitive alterations may result from the tumour itself, the surgery, the cerebral radiotherapy and/or chemotherapy, and (b) there are variables mediating the nature, intensity and extension of the detected deficits. However, despite the growing interest in the study of neurocognitive sequelae in children with brain tumors in recent years, it is important to continue to develop studies with fewer methodological limitations that bring new contributions to the area, and to implement projects for evaluation and neurocognitive rehabilitation in health services to minimize the deficits and promote a better overall quality of life. <![CDATA[<b>Risk and resilience in adolescents with special educational needs</b>: <b>Development of a program to promote resilience in adolescence</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en Ao longo da nossa vida todos somos confrontados com múltiplos riscos e desafios que ameaçam o nosso bem-estar. A adolescência, pelas suas características especiais, é uma fase onde alguns desses riscos e desafios adquirem uma dimensão significativa. Alguns adolescentes, nomeadamente aqueles com necessidades educativas especiais (NEE), poderão ter de enfrentar riscos e desafios acrescidos devido às suas limitações que, por sua vez, num ambiente com barreiras físicas e atitudinais poderão restringir a participação destes adolescentes nas mais diversas áreas da vida. O projecto “Risco e Resiliência em Adolescentes com Necessidades Educativas Especiais” teve como objectivos conhecer os comportamentos e estilos de vida dos adolescentes com necessidades educativas especiais, e desenvolver um programa de promoção da saúde e resiliência direccionado para pais, professores e outros técnicos. Pretendeu-se assim contribuir para o desenvolvimento teórico, conceptual e metodológico em áreas de pesquisa dos comportamentos relacionados com a saúde, bem-estar e resiliência nos adolescentes com NEE. Ao longo deste artigo são apresentados as diversas etapas do projecto bem como os resultados obtidos em cada uma delas.<hr/>During our life everyone has to deal with several risks and challenges that threat our well-being. Adolescence, due to its special features, is a stage where some of these risks and challenges gain an important dimension. Some adolescents, namely the adolescents with special educational needs (SEN), may have to face additional risks and challenges due to their limitations that in turn, in an environment with barriers, can restrict their participation in society and compromise positive development in several life arenas. The project “Risk and Resilience in Adolescents with Special Educational Needs”, aims to gain knowledge about adolescents with special educational needs behaviours and life styles, and also develop an intervention program focus on health and resilience promotion for parents, teachers and other technicians. It was proposed to contribute to the theoretical, conceptual and methodological development in research areas related to health behaviour, well-being and resilience in adolescents with SEN. In this article the several stages of the project are presented as well as the results obtains in each of these stages. <![CDATA[<b>Severe fatigue in patients with systemic lupus erythematosus</b>: <b>a study on the psychometric properties of the severity fatigue scale</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=en O principal objectivo deste estudo foi realizar a adaptação da Escala da Intensidade da Fadiga (Krupp et al., 1989), que visa avaliar a percepção do nível de fadiga em doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico (LES). Os resultados, numa amostra de 104 doentes com LES, ao nível da análise factorial revelaram que os itens da versão original se organizam exactamente num único factor, de acordo com o modelo original. Em termos de fidelidade, o coeficiente encontrado foi .96 indicando uma elevada consistência interna dos itens tal como verificado na versão original que foi de .88. Deste modo, a Escala da Intensidade da Fadiga apresenta boas qualidades psicométricas para ser utilizada como medida de avaliação da percepção da fadiga na população portuguesa de doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico. Relativamente à validade de constructo, os resultados revelam que quanto mais intensa a fadiga percepcionada pelos doentes com LES, pior a qualidade de vida em todos os domínios (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente) e maior a sintomatologia depressiva e ansiosa apresentada.<hr/>The main purpose of this study was the adaptation of the Fatigue Severity Scale (Krupp et al., 1989), which was designed to assess the perception of fatigue levels in patients with Systemic Lupus Erythematosus (SLE). Using a sample of 104 patients with SLE, the results showed that the Fatigue Severity Scale had a fidelity coefficient of .96, which indicates a high internal consistency of the items, like the original version (.88). The factor analysis showed the items, in the adapted version, to be organized in one factor only, as it happens in the original version. Thus, the Fatigue Severity Scale has good psychometric qualities that allow its use as an assessment tool in the evaluation the perception of fatigue in the Portuguese population of patients with Systemic Lupus Erythematosus. In terms of construct validity results showed, in patients with SLE, higher perceived fatigue to be associated with low quality of life in every domain (physical, psychological, social relationships and environment) and more depressive and anxiety symptoms. <![CDATA[<b>Newborns preference and habituation to the face / voice of the mother vs. the stranger</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100010&lng=en&nrm=iso&tlng=en O bebé humano, quando nasce, trás consigo uma diversidade de competências que lhe garantem uma pré-adaptação e a sua sobrevivência no meio extra-uterino. Este estudo tem como objectivo avaliar a preferência e a habituação do recém-nascido pela face/voz da mãe vs. uma pessoa estranha, bem como a identificação de variáveis que possam influenciar estas competências. A amostra, constituída por 50 bebés (com 1 a 5 dias de vida), foi avaliada através do paradigma da “preferência e habituação pela face/voz da mãe vs estranha” - uma situação experimental que envolve a participação da mãe e de duas figuras estranhas ao bebé, com o objectivo de avaliar o tempo que o bebé olha para cada pessoa, em três fases diferentes: 1) preferência, 2) habituação e 3) pós-habituação. Os resultados mostram a preferência pela face/voz da mãe, em detrimento da pessoa estranha. Porém, observa-se que, da fase de preferência para a fase de pós-habituação, o tempo que o bebé olha para a mãe diminui e aumenta o tempo que olha para a figura estranha. Algumas características dos bebés (e.g., índice ponderal > 2.50) e das mães (e.g., coabitação, emprego) surgem relacionadas com resultados mais favoráveis (e.g., maior preferência pela face/voz da mãe na fase de preferência do que de pós-habituação e uma mais rápida resposta de habituação ao estímulo materno). Concluímos que, logo nos primeiros dias de vida, são observadas diferenças no comportamento dos recém-nascidos com a mãe e com uma estranha, o que pode condicionar o desenvolvimento do bebé e uma interacção adequada com a mãe.<hr/>When born, the human baby has a diversity of competences that guarantees a pre-adaptation and his survival in the extra-uterine environment. This study’s aim was to evaluate the preference and the habituation of the newborn baby for the face/voice of the mother vs. a strange person, as well as identifying variables that could influence these competences. The sample, constituted by 50 babies (with 1 to 5 days of life), was evaluated in terms of socio-demographic variables through the paradigm of the “preference and habituation by the face/voice of the mother vs. strange” that consists of an experimental situation that involves the participation of the mother and of two strange persons to the baby, with the objective of measuring the time that the baby looks at each person, in three different phases: 1) preference, 2) habituation and 3) post-habituation. Results show the preference for the face/voice of the mother in detriment of the strange person. Also, it is noticed that, from the phase of preference to the phase of post-habituation, the time that the baby looks at the mother becomes shorter while the time that the baby looks at the strange person increases. Some characteristics of the babies (e.g., ponderal rate > 2.50) and of the mothers (e.g., co-habitation employment) appear associated to more favorable results (e.g., higher mother’s voice/face preference on the preference than in the posthabituation phase’s and a faster habituation response to the maternal stimuli). We conclude that, in the first days of life, differences in the newborn baby behaviour with the mother and with a stranger are noted, which can interfere on the baby development and on his interaction with the mother. <![CDATA[<b>Adverse childhood experiences and health risk behaviours in female prisoners</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862010000100011&lng=en&nrm=iso&tlng=en A adversidade durante a infância tem sido um dos temas alvo de numerosos estudos no âmbito da Psicologia, devido à sua prevalência e ao forte impacto no desenvolvimento do indivíduo. Os resultados mais prevalentes vão de encontro ao facto das experiências adversas durante a infância aumentarem o risco de perturbações físicas e psicológicas na idade adulta. Utilizando o Questionário Sócio-demográfico e História de Vida e o Brief Symptons Inventory procuramos caracterizar as experiências adversas durante a infância e relacionar a adversidade com comportamentos de risco para a saúde e com sintomas de psicopatologia, em 42 mulheres reclusas num estabelecimento prisional do norte do país. A maioria das mulheres relata um quadro complexo de diversas experiências adversas durante a sua infância. Num total possível de dez categorias de adversidade, verificamos uma média de adversidade total de 5.05 (DP=2.63), assim como uma elevada prevalência de comportamentos de risco para a saúde e de sintomatologia psicopatológica. Os resultados indicam uma forte relação entre adversidade e sintomas psicopatológicos, e várias relações entre adversidade e comportamentos de risco para a saúde. As mulheres detidas viveram um elevado número de experiências adversas durante a infância e, na idade adulta, apresentam muitos sintomas de psicopatologia e, paralelamente, um elevado número de comportamentos de risco que podem comprometer o seu estado de saúde e perpetuar o ciclo de violência. É evidente a importância de considerar as experiências adversas nos planos de intervenção junto desta população, no sentido de minimizar os seus efeitos.<hr/>Adversity during childhood has been the object of innumerous Psychology studies, justified by its prevalence and decisive impact in the development of human being. The most relevant results confirm that adverse childhood experiences increase the incidence of physical and psychological disturbances in adult age. We intends to characterizes adverse childhood experiences and relate them to health risk behaviour and with psychopathological symptoms, as found within a sample group of 42 female inmates of a correctional facility located in the north of Portugal. And it was applied as measure instruments the following questionnaires: the Social-demographic and Life History Questionnaire, and Brief Symptom Inventory. Within the sample under analyses, the majority of the women describe a complex frame of several adverse experiences during their young age. From a total of ten possible types of adversity we have confirmed an average of total adversity of 5.05 (SD=2.63), as well as a high frequency of health risk behaviour and psychopathological symptoms. The results show a high correlation between adversity and psychopathological symptoms and various associations between adversity and health risk behaviours. Detainees faced a high frequency of adverse experiences during childhood and that in their adult age show several symptoms of psychopathology. Concurrently, they engage in a high number of cases of risk behaviour that might result not only in severe degradation of their health conditions, but also contribute to the perpetuation of the violence cycles they are involved in. Being so, we point out the importance of taking in consideration the adverse childhood experiences in the layout of the plans of intervention towards this population in order to minimize its consequences.