Scielo RSS <![CDATA[Revista Portuguesa de Imunoalergologia]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0871-972120120004&lang=en vol. 20 num. 4 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000400001&lng=en&nrm=iso&tlng=en</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[<b>Lon-term efficacy of specific immunotherapy in rhino-conjunctivitis to pollens</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000400002&lng=en&nrm=iso&tlng=en Objectivo: Avaliar a eficácia clinica da imunoterapia específica (IT), dois anos após suspensão, em indivíduos com rinoconjuntivite sazonal. Metodologia: Durante cinco anos foi administrado um extracto de IT com pólenes de gramíneas por via subcutânea a um grupo de 16 doentes com rinoconjuntivite persistente de grau moderado a grave, monossensibilizados a gramíneas. A idade média era de 27,8 anos, sendo a distribuição por género equitativa. Nos dois anos subsequentes avaliou-se a sintomatologia e o uso de medicação de alívio. Comparou-se o grupo IT com um grupo-controlo de doentes com rinoconjuntivite sazonal. Ambos os grupos receberam informações semanais sobre contagens de pólenes e condições climáticas. Foi efectuado o registo diário de 6 parâmetros clínicos com 4 diferentes graus de gravidade e o uso de medicação de alívio, enviado através de correio electrónico ou fax. Na análise estatística foi utilizado o teste ANOVA e o teste t de Student nas comparações entre os dois grupos. Para correlações foi usado o método de Spearman. Resultados: Nos 2 anos que se seguiram à suspensão de IT, verificou-se uma redução nos sintomas de rinoconjuntivite em 42% e no uso de medicação de alívio em 59%, no grupo que efectuou IT, quando comparada com o grupo-controlo (p<0,01). A sintomatologia ocular teve uma redução mais acentuada do que a dos sintomas nasais. Conclusões: Verificou -se que a IT com pólenes de gramíneas possui uma eficácia de longo prazo, mantendo benefícios para além do período de administração, com redução de sintomas e uso de medicação de alívio. O registo diário de sintomas e necessidade de uso de medicação proporcionou uma avaliação mais correcta dos resultados comparativos. O fornecimento regular de informações sobre contagem de pólenes aos doentes foi útil para o auto-controlo da doença e para a melhoria da sua qualidade de vida<hr/>Aim: Evaluate long-term clinical efficacy two years after suspension of specific immunotherapy in patients with seasonal rhino--conjunctivitis. Methodology: During five years an immunotherapy extract of grass pollens by subcutaneous route (SCIT) was administered to a group of 16 patients with moderate to severe rhinoconjunctivitis, monosensitised to grass pollens. The mean age of the patients was 27.8 years, with homogeneous sex distribution. After the terminus of SCIT the group was followed during two more years to evaluate symptomatology and the use of rescue medication. We have compared this group with another group who did not perform SCIT. All patients received weekly information about forecasts and grass pollens count in their residential area. An informatics sheet was used to evaluate daily 4 degrees of 6 parameters including nasal and eye symptoms and any use of medication used to control the disease. As statistical method ANOVA test and Student’s t test were used for analyse mean differences between the two groups. For correlations the Spearman method was used. Results: During the immediate 2 years after SCIT in the active group, a significant reduction on symptoms (42%) as well as a reduction on the use of rescue medication (59%) were observed (p<0.01), compared with the control group. The eye symptoms had a higher reduction than nasal symptoms after the suspension of SCIT. Conclusions: A long -term efficacy of SCIT was verified even after the suspension of the treatment, with reduction on symptoms and on use of rescue medication. The use of a daily score of symptoms and needs on rescue medication was very useful to the majority of the patients. Providing regular information to patients regarding pollen count was considered useful to promote a self -management and a better quality of life to the patients <![CDATA[<b>Omalizumab in the treatment of allergic asthma</b>: <b>Experience in our Immunoallergology Department</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000400003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Introdução: O omalizumab é um anticorpo monoclonal aprovado como terapêutica adicional na asma alérgica grave. Avaliámos a resposta na prática clínica ao omalizumab em doentes com asma alérgica grave não controlada. Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos dos doentes com asma tratados há pelo menos 16 semanas com omalizumab, desde Abril de 2008 até Dezembro de 2011 no Serviço de Imunoalergologia. Incluídos doentes com asma alérgica grave não controlada com alta dose de corticóide inalado (CI) e beta 2 agonista de longa acção (LABA), que iniciaram omalizumab como terapêutica adicional. Analisaram-se os seguintes parâmetros antes, 16 semanas e 6 meses após o início de omalizumab: frequência e gravidade das exacerbações, frequência de medicação de alívio, terapêutica diária de base, dose diária de corticosteróides orais (CO), controlo da asma através do Asthma Control Test (ACT) e valor do volume expiratório máximo no primeiro segundo (FEV1) previsto. Resultados: Incluídos 23 doentes (8 -72 anos; 17 do sexo feminino), com FEV1 <80% do valor normal previsto, sintomas diários ou despertares nocturnos frequentes e pelo menos uma exacerbação de asma com necessidade de CO nas 16 semanas anteriores ao início do omalizumab. Todos os doentes suspenderam os CO (de base ou SOS) após 2 meses de tratamento. Às 16 semanas de tratamento, todos os doentes reportaram um melhor controlo da asma (valor médio de ACT antes / após omalizumab: 15/22), redução da medicação de base (diminuição da dose média diária de budesonido ou equivalente de 1057μg para 669μg) e da necessidade de medicação de alívio, diminuição da frequência e gravidade das exacerbações, não se verificando exacerbações graves. Verificou -se aumento do FEV1 em 18/23 doentes (78%). Aos 6 meses de tratamento, a melhoria clínica dos doentes manteve-se. Discussão: O omalizumab parece ser eficaz como terapêutica adicional em doentes com asma alérgica grave não controlada, apesar da medicação com alta dose de CI e LABA. Além da melhoria clínica, permitiu a suspensão dos CO num curto período de tempo<hr/>Background: Omalizumab is a monoclonal antibody approved as add -on therapy for treatment of severe allergic asthma. We evaluated the clinical response to omalizumab in “real -life” patients with uncontrolled severe allergic asthma. Methods: Retrospective analysis of clinical processes of patients with asthma treated with omalizumab for at least 16 weeks, in our Immunoallergology Department from April 2008 to December 2011. Included patients with severe allergic asthma, not controlled with high dose inhaled corticosteroids (IC) and long acting beta 2 agonists (LABA), which received omalizumab as add -on therapy. The following parameters were analyzed before, 16 weeks and 6 months after initiation of omalizumab: frequency and severity of exacerbations, frequency of rescue medication use, daily medication, daily dose of oral corticosteroids (OC), asthma control by Asthma Control Test(ACT) and value of predicted forced expiratory volume in one second (FEV1). Results: Included 23 patients (8 -72 years, 17 female) with FEV1 <80% of normal predicted, daily symptoms or frequent awakenings and at least one asthma exacerbation requiring OC 16 weeks before the treatment of omalizumab was initiated. All patients discontinued OC (as daily or rescue medication) after 2 months of treatment. At 16 weeks of treatment, all patients reported better control of asthma (average ACT before / after omalizumab: 15/22), reduction of daily medication (decrease in average daily dose of budesonide or equivalent of 1057 μg to 669 μg) and of rescue medication, decrease in number and severity of exacerbations, without severe exacerbations. There was an increase in FEV1 in 18/23 patients (78%). At 6 months of therapy, clinical improvement of the patients remained stable. Discussion: Omalizumab seems to be effective as add -on therapy, in patients with uncontrolled severe allergic asthma despite high dose of IC and LABA. Besides clinical improvement, omalizumab allowed suspension of OC in a short period of time <![CDATA[<b>Nonsteroidal anti-inflammatory drugs hypersensitivity in pediatric patients with asthma</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000400004&lng=en&nrm=iso&tlng=en Introdução: Os dados publicados sobre a frequência de hipersensibilidade (HS) a anti -inflamatórios não esteróides (AINEs) em doentes asmáticos são discrepantes, sendo escassos na população pediátrica. O objectivo deste estudo foi avaliar a frequência de HS a AINEs, reportada por inquérito telefónico em doentes asmáticos com idade pediátrica. Métodos: Incluíram-se os doentes com idades entre 6 e 17 anos com clínica de asma confirmada por prova de broncodilatação positiva, realizada no período entre 1 de Agosto de 2008 e 30 de Novembro de 2010. Aplicou-se um inquérito telefónico para questionar sobre alguma reacção adversa a fármacos, nomeadamente a AINEs. Perante o reportar de reacção adversa a AINEs, detalhava -se fármaco envolvido, idade na primeira reacção, manifestações clínicas, intervalo entre a toma e o início da reacção, reprodutibilidade, evicção do fármaco implicado e tolerância de fármacos alternativos. Resultados: Foram selecionados, por prova de broncodilatação positiva, 184 doentes. Foi possível aplicar o inquérito a 111/184 (60,3%). A maioria (59,4%) era do género masculino, com 11 ± 3,1 anos. Nove doentes (8,1%) reportaram reacção de HS a AINEs, reprodutível em três. A primeira reacção ocorreu com uma idade mediana de 2 anos (P25:1,8; P75:5,75), abaixo dos 10 anos em todos os doentes. O ibuprofeno foi o fármaco implicado em todos os casos, sendo o paracetamol usado em alternativa. Todos descreveram reacções imediatas, com as seguintes manifestações: respiratória (7), cutânea (3), gastrintestinal (1). A frequência reportada de sintomas respiratórios como manifestação de reacção de HS a AINEs nesta amostra de doentes asmáticos foi de 6,3% (7/111). Quatro doentes (3,6%) estavam sob evicção de AINEs apesar de negarem qualquer reacção de HS prévia. Conclusões: A frequência reportada de HS a AINEs contraria os dados que descrevem estas reacções como infrequentes abaixo dos 10 anos de idade. O paracetamol parece ser uma alternativa segura<hr/>Background: Published data on the frequency of nonsteroidal anti -inflammatory drugs (NSAIDs) hypersensitivity in asthmatic patients are very discrepant, being scarce in pediatric patients. Our aim was to estimate the frequency of NSAIDs hypersensitivity, reported by phone enquiry, in asthmatic patients with pediatric age. Methods: We included all the pediatric patients (6 -17 years) with clinical diagnosis of asthma, confirmed by a positive bronchodilation test performed during the period between 1st August of 2008 and 30th November of 2010.A phone inquiry was applied to ask about the occurrence of a drug adverse reaction, namely to NSAIDs. When a NSAIDs adverse reaction was confirmed, further details were asked: drug involved, age at the first reaction, clinical symptoms, time between drug intake and onset of symptoms, reproducibility of reaction, eviction of the culprit drug and tolerance of some alternative. Results: A positive bronchodilation test was found in 184 patients. It was possible to apply our phone enquiry to 111/184 (60.3%). The majority (59.4%) were boys, with 11±3.1 years. Nine patients (8.1%) reported a hypersensitivity reaction to NSAIDs, which were reproducible in 3. The first reaction occurred at a median age of 2 years (P25: 1.8; P75: 5.75), below 10 years old in all patients. In all cases ibuprofen was the involved drug and paracetamol was tolerated. All patients reported immediate reactions, with the following clinical manifestations: respiratory (7), cutaneous (3), and gastrointestinal (1). The reported frequency of respiratory symptoms as clinical manifestation of adverse reaction to AINEs among these asthmatic patients was 6.3% (7/111). Four patients (3.6%) were on eviction of NSAIDs, although they have never had any adverse reaction.Conclusions: The reported frequency of AINEs hypersensitivity goes against data that describes theses reactions as infrequent below 10 years old. Paracetamol seems to be a safe alternative <![CDATA[<b>Evaluation of penicillin G sensitization in adolescents with rheumatic fever</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000400005&lng=en&nrm=iso&tlng=en Fundamentos: A penicilina é o antibiótico de primeira escolha para profilaxia primária e secundária da febre reumática (FR). O diagnóstico incorreto de alergia à penicilina nestes doentes exclui uma opção terapêutica de elevada eficácia e baixo custo. Objectivo: Estimar a prevalência de sensibilização à penicilina G entre adolescentes com FR. Métodos: Estudo transversal realizado no Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (NESA) - UERJ em doentes entre 12 e 19 anos. Durante a consulta de rotina, aplicou-se questionário com dados sobre hipersensibilidade imediata à penicilina e testes cutâneos de leitura imediata (TCLI) por picada e intradérmicos com penicilina G 10 000UI/mL e testes por picada com aeroalergénios (AL). O número total de injeções de penicilina benzatina (IPB) utilizadas para profilaxia secundária desde o diagnóstico da FR até à data do questionário foi calculado para cada doente. Diferenças em relação ao sexo, idade e atopia entre reatores (R) e não -reatores (NR) ao TCLI para penicilina foi avaliada através de χ2 e pelo teste t de Student para IPB (p<0,05). Resultados: Ao longo de 2009, avaliaram -se 75 doentes (37 do sexo feminino), com média de idade de 15,9 ± 2,1 anos. Destes, 8% apresentaram TCLI positivos para penicilina. História de reação prévia do tipo imediata à penicilina foi vista em 2R (33,3%) e 2NR (2,9%) [RP=11,5; IC95%:1,9 -67]. Não houve diferença significativa entre R e NR em relação ao sexo e idade. Todos os reatores tinham história de asma e/ou rinite e TCLI positivos para AL. Entre os NR estes percentuais foram respectivamente de 39,1% e 20,3%. Conclusões: A penicilina G potássica mostrou ser um reagente seguro e capaz de confirmar a sensibilização à penicilina nos doentes com história de hipersensibilidade imediata a este fármaco. Trata -se de um exame simples, de baixo custo, de extrema importância para avaliação destes doentes, principalmente daqueles com FR<hr/>Background: Penicillin is the antibiotic of first choice for primary and secondary prophylaxis of rheumatic fever (RF). The incorrect diagnosis of penicillin allergy in these patients excludes a therapeutic option with high efficiency and low cost. Objective: Estimate the prevalence of sensitization to penicillin among adolescents in treatment for RF. Methods: Cross -sectional study conducted at the Center for Adolescent Health - State University of Rio de Janeiro, with patients between 12 -19 years. During a routine visit, they underwent a questionnaire with data about immediate hypersensitivity to penicillin, skin tests (ST) with benzylpenicillin 10.000UI/mL (prick and intradermal) and prick tests with aeroallergens (AL). The total number of injections of benzathine penicillin (TBP) used for prophylaxis from diagnosis of RF to the date of the questionnaire was calculated for each patient. Differences in relation to gender, age and atopy among reactors (R) and non-reactors (NR) to ST for penicillin were analyzed by χ test and those on the TBP by Student’s t -test (significant p<0.05). Results: Between January to December 2009, we evaluated 75 patients (37 female; mean age: 15.9 ± 2.1 years). Of these, 8% were positive ST for penicillin G. History of previous adverse reaction to penicillin was seen in 2 R (33%) and 2 NR (2.9%) (RP=11.5; 95%CI: 1.9 -67). There was no significant difference between R and NR in relation to gender and age. All R had history of asthma and/or rhinitis and positive ST for AL while among NR these percentages were 39.1% and 20.3% respectively. Conclusions: Benzylpenicillin proved to be safe and able to confirm sensitization in patients with a history of immediate hypersensitivity to this drug. This is a simple test with low cost and very important for the evaluation of these patients, especially those with RF <![CDATA[<b>Recurrent anaphylaxis in a child</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000400006&lng=en&nrm=iso&tlng=en Introdução: Perante um episódio de anafilaxia é fundamental identificar a sua etiologia, pois o seu tratamento passa pela evicção dos factores desencadeantes. Caso clínico: Menino de 8 anos, com asma ligeira e rinite persistente não atópica, que teve primeiro episódio de anafilaxia aos 6 anos. Posteriormente, teve novos episódios, todos sem factor desencadeante identificado. Constatou-se que era medicado com ibuprofeno ou paracetamol antes dos episódios, tendo-se realizado prova de provocação oral com paracetamol, que foi positiva, desencadeando novo episódio de anafilaxia. O ibuprofeno já tinha sido administrado pela mãe, sem reacção adversa. Realizou testes cutâneos, doseamento de IgE específica sérica e teste de activação de basófilos com paracetamol, que foram negativos. Discussão: Este caso realça as dificuldades da anamnese na determinação da etiologia de um episódio de anafilaxia. Este doente deverá ser portador de dispositivo de adrenalina injectável, tendo em conta que existem inúmeros fármacos com paracetamol na sua composição, podendo contribuir para a ocorrência acidental de um novo episódio<hr/>Background : When anaphylaxis occurs, is important to identify its etiology because its treatment involves triggers’ avoidance. Case report: Eight-year-old boy with mild asthma and nonatopic persistent rhinitis, which experienced his first episode of anaphylaxis at 6 years old. Later, he had new episodes, all of them without any triggering factor identified. We noticed that he was treated with paracetamol or ibuprofen before the episodes and an oral challenge test with paracetamol was performed, which was positive, triggering a new episode of anaphylaxis. Ibuprofen had been administered by his mother, without adverse reaction. Skin tests, serum specific IgE and basophil activation test with paracetamol were performed and were all negative. Discussion: This case illustrates anamnesis’ difficulties in determining the etiology of an episode of anaphylaxis. This patient should always carry self-injectable epinephrine device, because there are a lot of over-the-counter drugs with paracetamol in its composition, which could be responsible for accidental ingestion that may contribute to a new episode <![CDATA[<b>Kartagener syndrome</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000400007&lng=en&nrm=iso&tlng=en Introdução: Perante um episódio de anafilaxia é fundamental identificar a sua etiologia, pois o seu tratamento passa pela evicção dos factores desencadeantes. Caso clínico: Menino de 8 anos, com asma ligeira e rinite persistente não atópica, que teve primeiro episódio de anafilaxia aos 6 anos. Posteriormente, teve novos episódios, todos sem factor desencadeante identificado. Constatou-se que era medicado com ibuprofeno ou paracetamol antes dos episódios, tendo-se realizado prova de provocação oral com paracetamol, que foi positiva, desencadeando novo episódio de anafilaxia. O ibuprofeno já tinha sido administrado pela mãe, sem reacção adversa. Realizou testes cutâneos, doseamento de IgE específica sérica e teste de activação de basófilos com paracetamol, que foram negativos. Discussão: Este caso realça as dificuldades da anamnese na determinação da etiologia de um episódio de anafilaxia. Este doente deverá ser portador de dispositivo de adrenalina injectável, tendo em conta que existem inúmeros fármacos com paracetamol na sua composição, podendo contribuir para a ocorrência acidental de um novo episódio<hr/>Background : When anaphylaxis occurs, is important to identify its etiology because its treatment involves triggers’ avoidance. Case report: Eight-year-old boy with mild asthma and nonatopic persistent rhinitis, which experienced his first episode of anaphylaxis at 6 years old. Later, he had new episodes, all of them without any triggering factor identified. We noticed that he was treated with paracetamol or ibuprofen before the episodes and an oral challenge test with paracetamol was performed, which was positive, triggering a new episode of anaphylaxis. Ibuprofen had been administered by his mother, without adverse reaction. Skin tests, serum specific IgE and basophil activation test with paracetamol were performed and were all negative. Discussion: This case illustrates anamnesis’ difficulties in determining the etiology of an episode of anaphylaxis. This patient should always carry self-injectable epinephrine device, because there are a lot of over-the-counter drugs with paracetamol in its composition, which could be responsible for accidental ingestion that may contribute to a new episode