Scielo RSS <![CDATA[Arquivos de Medicina]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0871-341320140003&lang=en vol. 28 num. 3 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Peripartum cardiomyopathy</b>: <b>a case report</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132014000300001&lng=en&nrm=iso&tlng=en The peripartum cardiomyopathy is a rare form of heart disease, defined as the development of maternal congestive heart failure, in the last month of pregnancy or within five months after delivery, with documented left ventricular systolic dysfunction, in the absence of a demonstrable cause in a previously healthy woman. Mortality rates could reach 50%. The authors report a case of 36-year-old woman, gravida IV para IV, obese and smoker, with the diagnosis of peripartum cardiomyopathy established based on clinical status after delivery. Although heart failure treatment optimization was performed with significant clinical improvement, normalization of left ventricle systolic function did not occur at one-year follow-up, establishing the diagnosis of peripartum cardiomyopathy without left ventricular systolic function recovery.<hr/>A cardiomiopatia periparto é uma forma rara de cardiomiopatia dilatada definida pelo desenvolvimento de insuficiência cardíaca materna no último mês de gestação ou nos cinco meses pós-parto. O diagnóstico baseia-se na documentação de disfunção sistólica ventricular esquerda, na ausência de outras causas, numa mulher previamente saudável. A mortalidade pode atingir os 50%. Apresenta-se o caso de uma mulher de 36 anos, IV gesta IV para, obesa, fumadora, com quadro clínico de insuficiência cardíaca de novo nas primeiras horas após o parto. Apesar da instituição de terapêutica adequada com melhoria clínica significativa, não se verificou normalização da função ventricular sistólica ao fim de 1 ano de vigilância, estabelecendo o diagnóstico de cardiomiopatia periparto sem recuperação da função ventricular sistólica. <![CDATA[<b>High dose chemotherapy with autologous stem-cell transplantation in testicular germ cell tumors</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132014000300002&lng=en&nrm=iso&tlng=en Os tumores germinativos do testículo são a neoplasia mais comum no homem jovem. Aproximadamente 80% dos doentes com tumores avançados são potencialmente curáveis com quimioterapia baseada no cisplatino. Os doentes com tumores recidivantes ou refratários à quimioterapia inicial podem ainda ser curáveis com regimes terapêuticos de segunda ou terceira linha. A quimioterapia de altas doses com transplante autólogo de células progenitoras hematopoiéticas pode ultrapassar a resistência à quimioterapia convencional, tendo demonstrado benefício como estratégia de recurso no tratamento destes doentes. Os autores reportam dois casos clínicos de tumores germinativos do testículo refratários ao tratamento standard, submetidos a quimioterapia intensiva com suporte hematopoiético autólogo. A propósito dos presentes casos clínicos, procedeu-se à revisão da literatura.<hr/>The germ cell tumors are the most common neoplasia in young men. Approximately 80% of patients with advanced tumors are potentially cured with cisplatin-based chemotherapy. The patients with relapsed or refractory disease to initial chemotherapy may still be cured with second or third-line therapeutic regimens. The high-dose chemotherapy followed by autologous stem cell transplantation may overcome the resistance to the conventional chemotherapy, showing benefit as salvage therapeutic strategy. The authors report two clinical cases of germ cell tumors refractory to the standard treatment who were submitted to intensive chemotherapy followed by stem cell transplantation. Following these clinical cases, a literature review is undertaken. <![CDATA[<b>Solid organ transplantation in pregnant women</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132014000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Em casos de doenças em fase terminal que podem afetar vários órgãos essenciais à vida humana, tais como o rim, fígado, coração, pulmões e pâncreas, o transplante de órgãos sólidos é uma opção a ser considerada. Entre muitas outras complicações possíveis, algumas destas doenças terminais, podem afetar a fertilidade das mulheres. Assim, na maioria dos casos, o transplante não só melhora a sobrevida, mas também a função reprodutiva destas mulheres, sendo que várias gestações bem sucedidas têm sido relatadas dentro deste grupo de mulheres grávidas. No entanto, estas mulheres apresentam um maior risco de complicações obstétricas durante a gravidez, como hipertensão, pré-eclâmpsia, parto prematuro, aborto espontâneo, baixo peso ao nascimento e restrição do crescimento fetal. Este artigo procura rever as informações disponíveis sobre o tema, destacando as complicações mais comuns e precauções a ter antes, durante e após a gravidez.<hr/>In cases of end stage diseases that can affect various organs essential to human life, such as the kidney, liver, heart, lungs and pancreas, solid organ transplantation is a good option. some of these end-stage diseases, among many other aspects, can affect women’s fertility. Thus, in most cases, transplantation not only improves the survival but also the reproductive function of these women and several successful pregnancies have been reported within this group of pregnant women. Nevertheless, these women have a higher risk of obstetric complications during pregnancy, such as hypertension, preeclampsia, preterm delivery, spontaneous abortion, low birth weight and fetal growth restriction. This article reviews the available information on the subject, highlighting the most common complications and precautions before during and after pregnancy. <![CDATA[<b>Multimodality Therapy for gastroesophageal junction carcinoma</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132014000300004&lng=en&nrm=iso&tlng=en Nos países ocidentais tem-se observado um aumento alarmante da incidência do adenocarcinoma da junção esófago-gástrica. Com base em dados epidemiológicos e histopatológicos, estas neoplasias são classificadas em adenocarcinoma do esófago distal, adenocarcinoma juncional, ou verdadeiro carcinoma do cárdia, e adenocarcinoma subcárdico. Geralmente, a sua apresentação clínica ocorre em estádios avançados, logo, uma intervenção terapêutica precoce e ajustada apenas será possível através de um diagnóstico precoce, uma classificação uniformizada e um estadiamento rigoroso. A estratégia com intenção curativa deve ser multidisciplinar, mas a cirurgia permanece como tratamento de eleição, apesar da percentagem de resseção R0 estar longe da ideal. Estudos recentes parecem sugerir que um regime peri-operatório de quimioterapia, com ou sem radioterapia, diminui a recorrência loco-regional, melhorando a sobrevida dos doentes com carcinoma da junção esófago-gástrica ressecável. No entanto, perante adenocarcinomas irressecáveis ou com metástases à distância, a quimioterapia sistémica poderá ser a única opção terapêutica possível. Novos agentes quimioterapêuticos estão sob investigação com o intuito de aumentar a eficácia e reduzir a toxicidade destas combinações. Este trabalho de revisão tem como objetivo ajudar a clarificar algumas das controvérsias existentes na classificação, estadiamento e tratamento destes carcinomas, com especial destaque para as diferentes opções terapêuticas.<hr/>In Western countries there has been an alarming rise in the incidence of gastroesophageal junction adenocarcinoma. Based on epidemiological and histopathological data, these tumors are classified as adenocarcinoma of the distal esophagus, junctional adenocarcinoma, or true carcinoma of the cardia, and subcardial adenocarcinoma. Commonly, his clinical presentation occurs in advanced stages, thus, an early and adjusted therapeutic intervention is only possible through an early diagnosis, a standardized classification and an accurate staging. The strategy with curative intent is most often multidisciplinary, but surgical resection remains the treatment of choice, despite the percentage of R0 resection being far from ideal. Recent evidence suggests that a perioperative regimen with chemotherapy, with or without radiotherapy, can reduce locoregional recurrence, improving survival of patients with resectable gastroesophageal junction carcinoma. However, in unresectable adenocarcinomas or with distant metastases, systemic chemotherapy may be the only acceptable treatment option. New chemotherapeutic agents are under investigation in order to increase the efficacy and to reduce the toxicity of these combinations. This review paper aims to help clarify some of the controversies in the classification, staging and treatment of these carcinomas, with special emphasis on the different therapeutic options. <![CDATA[<b>Biópsia pleural cega no diagnóstico de tuberculose pleural</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132014000300005&lng=en&nrm=iso&tlng=en Nos países ocidentais tem-se observado um aumento alarmante da incidência do adenocarcinoma da junção esófago-gástrica. Com base em dados epidemiológicos e histopatológicos, estas neoplasias são classificadas em adenocarcinoma do esófago distal, adenocarcinoma juncional, ou verdadeiro carcinoma do cárdia, e adenocarcinoma subcárdico. Geralmente, a sua apresentação clínica ocorre em estádios avançados, logo, uma intervenção terapêutica precoce e ajustada apenas será possível através de um diagnóstico precoce, uma classificação uniformizada e um estadiamento rigoroso. A estratégia com intenção curativa deve ser multidisciplinar, mas a cirurgia permanece como tratamento de eleição, apesar da percentagem de resseção R0 estar longe da ideal. Estudos recentes parecem sugerir que um regime peri-operatório de quimioterapia, com ou sem radioterapia, diminui a recorrência loco-regional, melhorando a sobrevida dos doentes com carcinoma da junção esófago-gástrica ressecável. No entanto, perante adenocarcinomas irressecáveis ou com metástases à distância, a quimioterapia sistémica poderá ser a única opção terapêutica possível. Novos agentes quimioterapêuticos estão sob investigação com o intuito de aumentar a eficácia e reduzir a toxicidade destas combinações. Este trabalho de revisão tem como objetivo ajudar a clarificar algumas das controvérsias existentes na classificação, estadiamento e tratamento destes carcinomas, com especial destaque para as diferentes opções terapêuticas.<hr/>In Western countries there has been an alarming rise in the incidence of gastroesophageal junction adenocarcinoma. Based on epidemiological and histopathological data, these tumors are classified as adenocarcinoma of the distal esophagus, junctional adenocarcinoma, or true carcinoma of the cardia, and subcardial adenocarcinoma. Commonly, his clinical presentation occurs in advanced stages, thus, an early and adjusted therapeutic intervention is only possible through an early diagnosis, a standardized classification and an accurate staging. The strategy with curative intent is most often multidisciplinary, but surgical resection remains the treatment of choice, despite the percentage of R0 resection being far from ideal. Recent evidence suggests that a perioperative regimen with chemotherapy, with or without radiotherapy, can reduce locoregional recurrence, improving survival of patients with resectable gastroesophageal junction carcinoma. However, in unresectable adenocarcinomas or with distant metastases, systemic chemotherapy may be the only acceptable treatment option. New chemotherapeutic agents are under investigation in order to increase the efficacy and to reduce the toxicity of these combinations. This review paper aims to help clarify some of the controversies in the classification, staging and treatment of these carcinomas, with special emphasis on the different therapeutic options.