Scielo RSS <![CDATA[Análise Psicológica]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0870-823120190002&lang=pt vol. 37 num. 2 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>Compreender, raciocinar e resolver problemas</b>: <b>Novo instrumento de avaliação cognitiva</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A capacidade de um indivíduo utilizar processos cognitivos para compreender, raciocinar e resolver situações concretas é reconhecida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico como decisiva para a prática da cidadania. Um dos contextos privilegiados para essa formação é a Escola, definindo-se nela grande parte dos percursos educativos das crianças e jovens. A Bateria de Aptidões Cognitivas (BAC) é um novo instrumento que visa contribuir para o desenvolvimento de tomadas de decisão vocacional mais circunstanciadas e apoiar níveis diferenciados de desempenho escolar. Apoiada no sólido modelo de inteligência CHC, a BAC propõe-se avaliar três processos cognitivos de complexidade crescente (compreensão, raciocínio, e resolução de problemas) em três conteúdos-chave da capacidade intelectual humana (verbal, numérica e espacial). Construída de base para a população Portuguesa, a Bateria existe em duas versões: uma dirigida a jovens a frequentar os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico (BAC_A) e outra, a jovens a frequentar o ensino secundário (BAC_B). O seu estudo de validação, suportado nos dados de precisão, validade de constructo e validade externa confirmam as qualidades psicométricas do instrumento, reforçando a recomendação do seu uso na prática do/a psicólogo/a. O estudo de aferição nacional é composto por uma amostra aleatória e representativa de adolescentes a frequentar escolas públicas de todas as regiões de Portugal (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Sul, arquipélagos da Madeira e Açores), entre o 6.º e o 12.º ano de escolaridade. Além de testada nesta amostra do ensino dito regular, a Bateria foi também estudada, de forma exploratória, em duas subamostras específicas, nomeadamente, Ensino Profissional e Ensino Artístico Especializado.<hr/>The ability of an individual to use cognitive processes to understand, to reason and to solve specific situations is recognized by the Organization for Economic Cooperation and Development as crucial to the practice of citizenship. School is one of the privileged contexts for this practice, where children and young people make their educational decisions. The Bateria de Aptidões Cognitivas (BAC) / Battery of Cognitive Abilities (BCA) is a new cognitive assessment measure that aims to contribute to the development of more informed vocational decision-making and to support differentiated levels of school achievement. Based on the CHC intelligence model, BCA is aiming to evaluate three cognitive processes of increasing complexity (comprehension, reasoning, and problem solving) in three key contents of human intellectual capacity (verbal, numerical and spatial). Developed for the Portuguese population, the Battery exists in two versions: one aimed at young people attending the 2nd and 3rd cycles of basic education (BCA_A) and another, for young people attending secondary education (BCA_B). Their validation study, supported by precision, construct validity and external validity results confirm the psychometric qualities of the measure, reinforcing the recommendation of its use in the psychologists’ practice. The national standardization study is composed of a random and representative sample of adolescents attending public schools in all regions of Portugal (North, Center, Lisbon and Tagus Valley, South, Madeira and Azores archipelagos), between the 6th and the 12th grades. Besides being tested in this sample of regular education, the Battery was also studied, in an exploratory way, in two specific subsamples, namely, Professional Education and Specialized Artistic Education. <![CDATA[<b>Prevalência e preditores da Síndrome de Burnout entre professores do ensino básico público</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Burnout is a psychosocial phenomenon, expression of several crises and disorientation in society, which has been subjecting the many labor sectors to too much tension over the years. The teaching profession is exposed, in the current work context, to a large amount of psychosocial stressors that, if persistent, may lead to Burnout. The aim of this cross-sectional study was to identify the prevalence and the predictors of the Burnout Syndrome (BS) in a random sample of 679 Brazilian teachers from 37 public elementary schools. The instruments were the Spanish Burnout Inventory; the Battery of Psychosocial Risk Assessment; and a questionnaire to assess sociodemographic and occupational variables. There was 7.5% prevalence of Profile 1 SB, and 18.3% of Profile 2 SB. Results point as predictors of Burnout dimensions the variables autonomy, conflict role, ambiguity role, overload, social support, and interpersonal conflicts. Results point predictor models of burnout dimensions composed of psychosocial risks derived from the type of the activity, and of interpersonal risks, with highlight to the variables social support and overload, which are present in all of the dimensions. Suggestions for further studies and implications on the practice are approached.<hr/>Burnout é um fenómeno psicossocial, expressão de várias crises e desorientação na sociedade, o que tem submetido muitos setores laborais a grande tensão ao longo dos anos. A profissão docente está exposta, no contexto laboral atual, a uma grande quantidade de fatores de estresse psicossocial que, se persistentes, podem levar ao Burnout. O objetivo desse estudo transversal foi identificar a prevalência e os preditores da Síndrome de Burnout (SB) em uma amostra aleatória de 679 professores brasileiros de 37 escolas públicas de ensino básico. Os instrumentos foram o Spanish Burnout Inventory, a Bateria de Riscos Psicossociais e um questionário com variáveis sociodemográficas e laborais. Foi identificada uma prevalência de 7,5% para o Perfil 1 de SB e 18,3% para o Perfil 2 de SB. Os resultados indicaram como preditores das dimensões de Burnout as variáveis autonomia, conflito de papel, ambiguidade de papel, sobrecarga, suporte social e conflitos interpessoais. Os resultados demonstram modelos preditores das dimensões de Burnout compostos de riscos psicossociais derivados do tipo de atividade e dos riscos interpessoais, destacando as variáveis suporte social e sobrecarga, presentes em todas as dimensões. São apresentadas sugestões para estudos futuros e implicações para a prática. <![CDATA[<b>Cuidadores de idosos centenários na região da Beira Interior (Portugal)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O número de centenários regista um aumento sem precedentes nos países desenvolvidos e os seus cuidadores informais são, habitualmente, familiares também com idade avançada. Este estudo pretende explorar a relação entre o bem-estar de cuidadores (qualidade de vida relacionada com a saúde, sobrecarga e satisfação) e as características de centenários enquanto recetores de cuidados. Participaram no estudo 50 díades de cuidados: 12 homens e 38 mulheres cuidadores com uma média de idade de 68.75 anos (DP=8.64) e 50 centenários com idades entre os 100 e os 106 anos (M=101.08; DP=1.43). Foi utilizado o protocolo de recolha de dados do projeto PT100 - Estudo dos Centenários do Porto. A maioria dos cuidadores são filhos (64%) que dedicam, em média, 15 horas diárias à prestação de cuidados. As mulheres cuidadoras apresentam níveis mais elevados de sobrecarga e uma autoapreciação mais positiva da sua saúde do que os homens cuidadores. Os cuidadores que têm a seu cargo centenários mais dependentes são os que apresentam maior sobrecarga subjetiva. Estes resultados alertam para a necessidade de respostas ao nível da saúde e da comunidade adaptadas às especificidades destes cuidadores que, na sua maioria, se confrontam também com o seu próprio processo de envelhecimento.<hr/>The number of centenarians is unprecedented and their informal caregivers are in general direct relatives who present an advanced age themselves. This study aims to explore the relationship between caregivers’ wellbeing (health quality of life, burden and satisfaction) and the full length of the care provided, the caregivers’ gender, and the centenarians’ characteristics. Fifty caregiving dyads participated in this study: 12 men and 38 women with a 68.75-year-old median age (SD=8.64) who were main carers and 50 centenarians aged between 100 and 106 years old (M=101.08; DP=1.43). The PT100 - Oporto Centenarian Study data collection protocol was used. Most caregivers were the centenarian’s children (64%), who dedicated, on average, 15 hours a day to their caregiving duties. Women caregivers presented higher burden levels and showed a more positive view about their health status than male caregivers. Caregivers who perceived their income as “insufficient” and those providing care to centenarians showing higher levels of dependency presented greater subjective burden. These results point to the need for health and community responses adapted to the specificities of these care providers who, for the most part, also face their own aging process. <![CDATA[<b>Frequência sexual e variabilidade da frequência cardíaca numa amostra não-clínica</b>: <b>Resultados preliminares</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Maior frequência coital tem-se associado a maior desvio padrão da frequência cardíaca, um parâmetro da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) que pode expressar maior actividade simpática e parassimpática. No presente estudo examinaram-se associações de diversos parâmetros da VFC com a satisfação sexual e a frequência de vários comportamentos sexuais. Sessenta homens e 85 mulheres relataram a sua satisfação sexual com a respectiva subescala da LiSat (Life Satisfaction) scale e qual a frequência em dias no mês precedente de coito vaginal, sexo não coital e masturbação. Os parâmetros da VFC foram calculados a partir de cinco minutos de ECG em repouso (desvio padrão da frequência cardíaca, desvio padrão dos intervalos entre batidas cardíacas, potência de alta frequência, potência de baixa frequência e razão entre baixa e alta frequência). A frequência coital associou-se a maior desvio padrão da frequência cardíaca na amostra feminina, mas não na masculina. A frequência coital não se correlacionou com nenhum outro parâmetro da VFC. A satisfação sexual não se correlacionou com nenhum parâmetro da VFC. A frequência coital poderá ser facilitada por maior actividade parassimpática a par duma moderadamente elevada actividade simpática cardíaca.<hr/>Greater vaginal intercourse frequency has been related to greater resting heart rate variability (HRV) as indicated by the standard deviation of the heart rate, which can express a combination of greater sympathetic and parasympathetic activity. The present study examined associations of several HRV parameters with sexual satisfaction and several sexual behaviours. Sixty men and 85 women reported their past month frequency of vaginal intercourse, noncoital sex, and masturbation, and completed the sexual satisfaction subscale of the LiSat (Life Satisfaction) scale. The HRV parameters were calculated from a five-minute recording period and include standard deviation of the heart rate, standard deviation of the NN intervals, low frequency power, high frequency power, and low to high frequency ratio. Vaginal intercourse frequency correlated with greater sexual satisfaction in both sexes, and with greater standard deviation of the heart rate in women. The other HRV parameters were uncorrelated with vaginal intercourse frequency. Sexual satisfaction was uncorrelated with all HRV parameters. Vaginal intercourse frequency might be facilitated by greater parasympathetic tone concomitant with a moderately greater tonic sympathetic activity. <![CDATA[<b>Tipologias de funcionamento familiar</b>: <b>Do desenvolvimento identitário à perturbação emocional na adolescência e adultez emergente</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O funcionamento familiar contribui diferentemente para ajustamento psicológico, de acordo com as etapas de desenvolvimento e com as tarefas que lhes estão subjacentes. Através de um desenho quantitativo transversal, e com recurso a uma amostra de 387 participantes com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos (M=20.06, DP=3.21), este estudo pretendeu: identificar as tipologias de funcionamento familiar, a partir das dimensões coesão e conflito; e analisar a associação entre as tipologias de funcionamento familiar, os processos de desenvolvimento da identidade, a etapa desenvolvimental (adolescência e adultez emergente) e a perturbação emocional. Foram identificadas cinco tipologias de funcionamento familiar, correspondentes a famílias: Coesas, Desligadas, Equilibradas, Conflituosas e Emaranhadas. Tendo em conta a literatura, os participantes foram divididos em grupos, consoante a idade (adolescentes e adultos emergentes) e o nível de perturbação emocional (com e sem perturbação emocional). Os resultados mostram associações estatisticamente significativas entre as tipologias de funcionamento familiar, a etapa desenvolvimental, os processos de desenvolvimento da identidade e os grupos com e sem perturbação emocional. Especificamente, os resultados indicam que os adultos emergentes percepcionam o funcionamento das suas famílias como mais Coeso ou Emaranhado, em comparação com os adolescentes; e que o grupo com perturbação emocional percepcionou, maioritariamente, o funcionamento da sua família como Emaranhado. São discutidas as implicações para a prática e para a literatura nas áreas da Psicopatologia do Desenvolvimento e Psicologia da Família.<hr/>The family functioning contributes differently to psychological adjustment, according to the development stages and the tasks that underlie them. Through a quantitative cross-sectional design, and using a sample of 387 participants aged between 15 and 25 years (M=20.06, SD=3.21), this study aimed to: identify the typologies of family functioning, from the cohesion and conflict dimensions; and to analyse the association between the typologies of family functioning, the identity development processes, the developmental stage (adolescence and emerging adulthood) and the emotional distress. Five typologies of family functioning were identified, corresponding to: Cohesive, Disengaged, Balanced, Conflicting and Enmeshed. Taking into account the literature, the participants were divided into groups, according to age (adolescents and emerging adults) and the level of emotional distress (with and without emotional distress). The results show statistically significant associations between the typologies of family functioning, the developmental stage, the processes of identity development and the groups with and without emotional distress. Specifically, the results indicate that emerging adults perceive the functioning of their families as more Cohesive or Enmeshed, compared with the adolescents; and that the group with emotional distress perceived, for the most part, the functioning of their family as Enmeshed. The implications for the practice and the literature in the areas of Developmental Psychopathology and Family Psychology are discussed. <![CDATA[<b>Preditores do envolvimento escolar afetivo na infância</b>: <b>Uma revisão sistemática</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt School affective engagement has been extensively studied due to its role in students’ adaptation and success. The present systematic review aims to examine the predictors and associated factors of school affective engagement in elementary school-age children (6-12 years old). This review examined empirical studies published between 1997 and 2017 selected on the basis of pre-defined criteria. Only eight studies were included in this review. The majority of the studies are quantitative and longitudinal presenting an adequate methodological quality. The results indicated a positive association between teacher-student support and student’s school affective engagement. However, other relational predictors were less studied, specifically, peers and family factors. Concerning individual factors, studies were also limited in scope, but research examining the role of children’s gender suggests that girls have higher levels of school positive affective engagement than boys. The scarcity of studies focused on predictors of school affective engagement during elementary school indicate that more studies on this topic are needed. Methodological constraints of the studies included are identified and suggestions for future research are made to further improve this area of research.<hr/>O envolvimento escolar dos alunos tem sido extensivamente estudado devido ao seu papel na adaptação e sucesso escolares. A presente revisão sistemática tem como objetivos analisar os preditores e fatores associados ao envolvimento escolar, no domínio afetivo, na infância (6-12 anos). Esta revisão analisa estudos empíricos publicados entre 1997 e 2017, os quais foram selecionados a partir de critérios pré-definidos. Somente oito estudos foram incluídos nesta revisão. A maioria são estudos quantitativos e longitudinais que apresentam uma qualidade metodológica adequada. Os resultados indicam uma associação positiva entre o apoio do professor e o envolvimento escolar afetivo. Verificou-se ainda a existência de outras variáveis relacionais menos estudadas como preditoras do envolvimento escolar afetivo, tais como fatores relacionados com a família e com os pares. Poucos estudos averiguaram o papel de fatores individuais, embora a investigação encontrada sugira que as raparigas têm níveis mais elevados de envolvimento escolar afetivo que os rapazes. A escassez de estudos focados nos preditores do envolvimento escolar afetivo durante a infância indica que é necessária mais investigação nesta área. São identificadas as limitações metodológicas dos estudos, sendo indicadas algumas sugestões para investigação futura. <![CDATA[<b>Solidão e sintomatologia depressiva na velhice</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A solidão e a depressão encontram-se relacionadas com o bem-estar psicológico na velhice. Contudo, esta relação não é clara dada a complexidade destas dimensões, nomeadamente da solidão. Este estudo pretende avaliar estas duas dimensões e discutir a sua relação em pessoas idosas, considerando aspetos sociodemográficos. Participaram no estudo 213 pessoas com idades entre os 65 e os 96 anos, sendo a média de idades de 75 anos (DP=6.74). Foram utilizados como instrumentos de avaliação, um questionário sociodemográfico, a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) (Pocinho, Farate, Dias, Lee, & Yesavage, 2009) e questões diretas para avaliar a solidão (Paúl, Fonseca, Ribeiro, & Teles, 2006). Os resultados indicam que 26.76% (57) dos indivíduos apresentaram sintomatologia depressiva. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre os géneros, níveis de escolaridade, estados civis e condições de vida dos participantes. Relativamente à experiência de solidão, 12.7% (27) dos indivíduos apresentaram solidão. Foram, também, encontradas associações estatisticamente significativas entre a solidão e o género, e o estado civil e as condições de vida dos participantes. Os resultados revelaram uma associação estatisticamente significativa entre a solidão e a sintomatologia depressiva [χ²(2)=35.315; p<0.001)], constatando-se que 35.1% (20) dos participantes apresentam solidão e sintomatologia depressiva. Este estudo alerta para a importância de se perceber a relação entre a solidão e a depressão para que, no desenho de avaliações e intervenções para a velhice, se otimizem as configurações da rede social da pessoa idosa para uma melhoria da sua saúde e qualidade de vida.<hr/>Loneliness and depression are related to the psychological well-being in old age. However, this relationship is not clear because of the complexity of these dimensions, namely the solitude. The objective of this study is to examine these two dimensions and discuss the relationship in elderly people. This study included 213 people aged 65 and 96 years old, and the average age was 75 years old (DP=6.74). Data were collected using a sociodemographic questionnaire, the Geriatric Depression Scale (GDS) (Pocinho, Farate, Dias, Lee, & Yesavage, 2009) and through direct questions to assess loneliness (Paúl, Fonseca, Ribeiro, & Teles, 2006). The sample comprised 213 people aged 65-96 years old. The findings indicate that 26.76% (57) of the individuals had depressive symptoms. Differences were statistically significant between men and women and between marital states, education levels and living conditions of the individuals. Regarding the experience of loneliness, the results indicate that 12.7% (27) of the individuals had solitude. We found statistically significant associations between loneliness and gender, marital status and living conditions. The results also revealed a statistically significant association between loneliness and depressive symptoms [χ2(2)=35.315; p=0.000] and in this sample 35.1% (20) of the subjects present loneliness and depressive symptoms. This study warns of the importance of perceiving the relationship between loneliness and depression, in the design of evaluations and interventions for old age, to optimize of the social network settings of the person for an improvement in their health and quality of life. <![CDATA[<b>Tradução, adaptação e estudo das propriedades psicométricas da Participation and Environment Measure for Children and Youth (PEM-CY)</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este estudo teve como objetivos proceder à tradução e adaptação transcultural da PEM-CY: Participation and Environment Measure for Children and Youth, de acordo com os procedimentos recomendados pelos seus autores, e estudar as suas propriedades psicométricas para a população portuguesa. Este instrumento examina a perceção dos pais (ou cuidadores) de crianças com e sem incapacidade, acerca da participação, no que se refere à frequência, ao envolvimento e ao desejo de mudança, em atividades que tipicamente acontecem nos contextos de casa, da escola e da comunidade; examina ainda os fatores ambientais que impactam essa mesma participação. A versão portuguesa da PEM-CY foi preenchida pelos pais de 390 crianças, com idades entre os 5 e os 17 anos, das quais 152 foram reportadas como apresentando algum tipo de incapacidade. Valores de consistência interna nas diferentes escalas e contextos oscilaram entre .67 a .86, com a exceção da escala frequência no contexto escolar. Na fidelidade teste-reteste obtiveram-se valores acima de .68. No que se refere à validade de critério a escala mostrou-se consistente na identificação de diferenças significativas nos resultados dos grupos, com e sem incapacidade, nas diferentes escalas dos contextos estudados. Os resultados apontam a versão portuguesa da PEM-CY como um instrumento válido para a compreensão da participação de crianças com e sem incapacidade nos diferentes contextos, segundo a perceção dos pais.<hr/>This study goals where to translate and culturally adapt the PEM-CY: Participation and Environment Measure for Children and Youth and also to present its psychometric properties in the portuguese population. This instrument examines the perception of caregivers of children with and without disabilities on participation frequency, involvement and desire of change in typical activities in home, school and community settings; it also examines wich context factors affect participation. PEM-CY was completed by the parents/caregivers of 390 children, aged 5-17 years, of which 152 were reported as having disability. Internal consistency ranged from .67 to .86, except for school context frequency. Test-retest reliability values were all above .68. In what concerns criterion validity, significant differences in parent’s responses of children with and without disabilities were found in all 3 settings. Results obtained indicate the portuguese translation of PEM-CY as a valid measure for achieving understanding on how children with and without disabilities participate in different settings, according to parents perspectives. <![CDATA[<b>Inventário de Humilhação</b>: <b>Estudo de adaptação para a população Portuguesa</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt The objective is to present the adaptation study of the Humiliation Inventory for the Portuguese population. The starting point was Hartling and Luchetta’s version, composed of thirty-two items, distributed by two factors - cumulative humiliation and fear of humiliation. 1116 participants of the general population, Mage=32.25, DPage=11.5, took part in the study. The confirmatory factor analysis did not register satisfactory indexes for a two-factor composition. Consequently, we searched for the alternative models. First, with the principal component analysis, three factors were extracted, corresponding to cumulative humiliation, fear of humiliation and a third factor corresponding to concern/ worry about being a victim of humiliation. They explain approximately 72% of total variance and present good reliability. Subsequently, with the CFA we observed that the three-factor model, following respecification, had a very good fit, Satorra-Bentler(factor correction)=1.416, χ2(196)=570.766, χ2/df=2.91, CFI=.984, TLI=.981, RMSEA=.041, CI [.038, .045], SRMR=.028, as well as composite reliability and factorial, convergent and discriminating validities. In conclusion, this version puts forward an additional measure of concern/worry regarding humiliation, which, in the original version, was aggregated into the measure of fear of humiliation. We believe the distinction is due to sample and cultural characteristics.<hr/>Temos como principal objetivo apresentar um estudo de adaptação de um inventário de humilhação para a população Portuguesa. Tivemos como ponto de partida a versão original do inventário de Hartling e Luchetta (1999) composto por trinta e dois itens distribuídos por dois fatores: humilhação cumulativa e medo da humilhação. Participaram 1116 respondentes da população geral, Midade= 32.25, DPidade=11.5. Procedemos a uma AFC que não confirmou a estrutura fatorial inicial. Por consequência, procurámos modelos alternativos. Em primeiro lugar, realizámos uma ACP da qual resultou a extração de três fatores, denominados por humilhação cumulativa, medo/receio de humilhação e preocupação para com a humilhação que explicam cerca de 72% da variância total e apresentam boa fiabilidade. Subsequentemente, realizámos uma AFC que, após reespecificação, confirmou o modelo de três fatores com muito bom ajustamento: Satorra-Bentler(factor correction)=1.416, χ²(196)=570.766, χ²/df=2.91, CFI=.984, TLI=.981, RMSEA=.041, CI [.038, .045], SRMR=.028. De modo semelhante, apresentou bons valores respeitantes à fiabilidade compósita e fatorial e boas validades convergente e discriminante. Em conclusão, o estudo de adaptação conferiu um bom instrumento de medida, realçando um novo fator - preocupação para com a humilhação - o qual, na versão original, estava agregado ao segundo fator, medo/receio de humilhação. Esta diferença encontrada dever-se-á à diferente composição da amostra e a diferenças culturais específicas.