Scielo RSS <![CDATA[Análise Psicológica]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0870-823120150004&lang=en vol. 33 num. 4 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<b>As virtudes nas organizações</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400001&lng=en&nrm=iso&tlng=en O termo “virtudes” andou arredado do léxico organizacional. Todavia, mais recentemente, uma vaga de interesse motivada por escândalos no mundo empresarial (particularmente no setor financeiro) trouxe as virtudes para o centro do palco. Neste artigo, discutimos a noção de virtude, apresentamos um quarteto de perspetivas complementares sobre a virtude enquanto processo organizacional, e discutimos formas possíveis de estimular a prática organizacional virtuosa numa perspetiva de comportamento organizacional.<hr/>Virtue as an organizational phenomenon has been ignored for a considerable period of time. Recently, however, a succession of scandals in the corporate world (particularly in the financial sector) brought the role of virtues back to the focus of research attention. In the article we discuss the notion of virtue, present four complementary perspectives on virtues as an organizational phenomenon and discuss how to stimulate virtuous organizational practice from an organizational behavior perspective. <![CDATA[<b>Relationships between diurnal adrenocortical activity, children’s attachment security and mothers’ attachment representations</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400002&lng=en&nrm=iso&tlng=en This study investigated the relationship between diurnal adrenocortical activity and attachment quality (children’s secure base behaviours and mothers’ attachment representations). Forty-two children ranging in age from 18 to 26 months of age and their mothers participated in this study. Children and mothers’ saliva samples were collected on two consecutive days (Saturday and Sunday), three times per day: awakening; 20m after awakening; bedtime. No significant relationships were found involving mothers’ attachment representations. However, significant negative correlations between children and mothers’ bedtime cortisol levels and children’s attachment security were found.<hr/>Este estudo investigou a relação entre a actividade adrenocortical diurna e a qualidade da relação de vinculação (comportamentos de base segura das crianças e representações de vinculação maternas). Quarenta e duas crianças entre os 18 e os 26 meses e respectivas mães, participaram neste estudo. As amostras de saliva das crianças e das mães foram recolhidas durante dois dias consecutivos (Sábado e Domingo), três vezes por dia: ao acordar; 20m após o acordar; deitar. Não foram encontradas relações significativas envolvendo as representações de vinculação maternas. No entanto, foram registadas correlações negativas significativas entre os níveis de cortisol das crianças e das mães ao deitar, e a segurança da vinculação das crianças. <![CDATA[<b>Parceria família-creche na transição do bebé para a creche</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este estudo apresenta atitudes e probabilidade de comportamentos de parceria família-creche, relatadas por mães e educadoras, durante o período de entrada de bebés na creche. Mães e educadoras de 90 bebés responderam à Escala de Parceria Educadores-Pais. Os resultados indicam uma grande valorização, por parte das mães e educadoras, da parceria creche-família para dar resposta às necessidades das crianças, bem como uma elevada probabilidade de se envolverem em comportamentos de parceria. Os relatos das mães são relativamente mais positivos do que os das educadoras quer no que se refere às atitudes, quer no que se refere à probabilidade de comportamentos de parceria. Verificaram-se associações positivas entre os relatos das mães e das educadoras, assim como entre as atitudes das mães e a qualidade do ambiente familiar. Encontraram-se associações negativas entre a idade e experiência das educadoras em contexto de creche e as suas respostas relativas a atitudes e à probabilidade de comportamentos de parceria. Na discussão, destaca-se a necessidade de investir na formação e na melhoria da qualidade das creches, de modo a promover parcerias família-creche mais efetivas.<hr/>This paper presents caregivers and mothers’ attitudes and behavior probability, as reported by the participants, regarding family-caregiver partnership during infants’ transition from home to childcare. Mothers and caregivers of 90 infants answered the Caregiver-Parent Partnership Scale. Results show that both parents and caregivers strongly value family-caregiver partnership aimed at meeting children’s needs, and they both report high probability of engaging in partnership-related behaviors. Mothers reported relatively more positive attitudes and higher probability of occurrence of behaviors that contribute to parent-caregiver partnership. Results show positive associations between mothers’ and caregivers’ attitudes, and between mothers’ attitudes and home environment quality. Negative associations were found between caregivers’ age and experience in childcare contexts and their attitudes and probability of engaging in partnership-related behaviors. Discussion highlights the need for more and better caregiver training and more initiatives to improve childcare quality, aiming to promote more effective parent-caregiver partnerships. <![CDATA[<b>Psychosocial and psychopathological predictors of HIV-risk injecting behavior among drug users in Portugal</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400004&lng=en&nrm=iso&tlng=en Despite the introduction of needle and syringe exchange programs (NSPs), sharing of syringes and other materials remains common among injection drug users (IDUs) worldwide. For this reason, IDUs are at high-risk of HIV transmission. This paper studies the psychosocial and psychopathological determinants of sharing among IDUs. Understanding the relationship between psychological morbidity, HIV knowledge, HIV risk perception, and sharing behaviors is important to develop campaigns to curb sharing among IDUs. We recruited 120 male (76.7%) and female (23.3%) IDUs at a public outpatient treatment service in northern Portugal whose age average was 34 (sd=7.56). They were characterized for sociodemographic, clinical, and behavioral variables, as well as for knowledge on HIV transmission and prevention, HIV risk perception, and psychopathological symptoms. Almost all patients (95.8%) were tested for HIV and 31.7% were HIV positive. Half of them had a chronic disease (50.8%) and declared to engage in sharing (51.7%). Most had accurate knowledge of HIV transmission and prevention. A great majority deemed HIV risk to be high in their communities (80.8%) but deemed their personal risk to be zero or low (72.5%). Statistical analysis showed that sociodemographic variables (female sex, lower education, living alone) and psychopathological symptoms (obsession-compulsion and somatization) predict sharing. We conclude that the development and implementation of campaigns to reduce sharing among IDUs should focus more on women, IDUs living alone, as well as early assessment and intervention on psychopathological disorders.<hr/>Apesar da introdução de programas de troca de agulhas e seringas (PTS), a partilha de seringas e de outros materiais permanece comum entre os utilizadores de drogas injetáveis (UDIs) em todo o mundo. Por esta razão, os UDIs estão em elevado risco de transmissão do VIH. Este artigo estuda os determinantes psicossociais e psicopatológicos da partilha entre os UDIs. Compreender a relação entre morbilidade psicológica, conhecimentos sobre o VIH, percepção de risco face ao VIH e comportamentos de partilha é importante para desenvolver campanhas de contenção de partilha entre os UDIs. Foram recrutados 120 homens (76.7%) e mulheres (23.3%) UDIs num serviço de tratamento ambulatório público no norte de Portugal, cuja média de idade foi de 34 (dp=7.56). Os participantes foram caracterizados ao nível das variáveis sócio-demográficas, clínicas e comportamentais, bem como ao nível dos conhecimentos sobre a transmissão e prevenção do VIH, percepção de risco face ao VIH e sintomas psicopatológicos. Quase todos os pacientes (95.8%) foram testados para VIH e 31.7% testaram positivo. Metade tinha uma doença crónica (50.8%) e declarou envolver-se em comportamentos de partilha (51.7%). A maioria possuía conhecimentos corretos sobre a transmissão e prevenção do VIH. A grande maioria considera que o risco face ao VIH é elevado nas suas comunidades (80.8%), mas considera o seu risco pessoal como nulo ou baixo (72.5%). A análise estatística mostrou que as variáveis sócio-demográficas (sexo feminino, baixo nível de escolaridade, viver sozinho) e os sintomas psicopatológicos (obsessão-compulsão e somatização) predizem a partilha. Concluímos que o desenvolvimento e a implementação de campanhas para reduzir a partilha entre os UDIs deve-se concentrar mais nas mulheres, nos UDIs que vivem sós, bem como na avaliação e intervenção precoces nos distúrbios psicopatológicos. <![CDATA[<b>Emoções em contexto académico</b>: <b>Relações com clima de sala de aula, autoconceito e resultados escolares</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400005&lng=en&nrm=iso&tlng=en As salas de aula são espaços onde os alunos interagem com o professor e com os colegas, enfrentando desafios, dificuldades e objetivos a atingir, que conduzem a situações de maior ou menor sucesso, desencadeando emoções várias que poderão afetar a aprendizagem. Assim, na presente investigação procurámos compreender as caraterísticas das emoções na aula de matemática e perceber o papel de variáveis contextuais, como o clima de sala de aula, ou pessoais como o desempenho escolar, o autoconceito e autoestima, na diferenciação dessas emoções. Participaram neste estudo 717 alunos do 7º e 8º anos de escolaridade sendo 355 do sexo masculino (49.5%). Foram utilizadas três escalas: uma de autoconceito e autoestima, uma de clima de sala de aula e uma sobre as emoções vivenciadas na sala de aula. Constatámos que o género não é uma variável importante para compreender as Emoções Positivas e Negativas ao contrário de variáveis como o desempenho e crenças pessoais (e.g., Autoconceito Académico, Atitudes). Embora o maior valor explicativo das emoções decorresse das crenças pessoais pudemos concluir que variáveis relacionais associadas ao apoio dos colegas e professor não podem ser descuradas. O conjunto destas variáveis permitiu ter uma visão mais completa do contributo de cada uma delas e encontrar algumas especificidades para as Emoções Positivas e Negativas.<hr/>Classrooms are places where students interact with the teacher and with peers, facing challenges, difficulties and goals, dealing with more or less successful situations, which trigger different emotions that may affect learning. In this study we sought to understand the features of emotions experienced in Maths classrooms, and identify how they are shaped both by contextual variables, such as the classroom climate, and personal variables, such as school performance, self-concept and self-esteem. The sample consisted of 717 students from the 7th and 8th grades, with 355 being boys (49.5%). Three scales were used: one measuring self-concept and self-esteem, one focusing on classroom climate, and one related with the emotions experienced in the classroom. Results showed that gender is not an important variable in explaining Positive and Negative Emotions in Maths classes, unlike variables such as performance and personal beliefs (e.g., Academic Self-concept, attitudes). Although the greatest explanatory value of emotions came from personal beliefs, we found that relational variables associated with support from peers and teachers cannot be overlooked. The combined analysis of all these variables not only provided a more complete view of the contribution of each one, but also allowed us to identify some specificities related to Positive and Negative Emotions. <![CDATA[<b>O impacto das memórias de vergonha na adolescência</b>: <b>A escala de Centralidade do Acontecimento</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400006&lng=en&nrm=iso&tlng=en Experiências adversas, particularmente, experiências precoces de vergonha podem funcionar como memórias traumáticas e ser centrais na formação da autoidentidade. O objetivo da presente pesquisa é analisar a estrutura dimensional e qualidades psicométricas da versão portuguesa para adolescentes da Centrality of Event Scale (CES). Participaram 397 adolescentes com idades entre os 12 e os 18 anos a frequentarem escolas públicas de ensino regular. Em conjunto com a CES, os jovens preencheram outros questionários que avaliavam a sintomatologia psicopatológica e a perceção de sentimentos de vergonha externa e interna. Os resultados revelam que a CES possui uma boa consistência interna, uma adequada estabilidade temporal e uma estrutura unidimensional. A centralidade das experiências de vergonha mostrou uma correlação positiva com os sintomas de psicopatologia e com os sentimentos atuais de vergonha. Estes dados sugerem que a CES-A é um instrumento robusto e útil na avaliação da centralidade das memórias de vergonha na adolescência.<hr/>Early adverse experiences, particularly shaming experiences may function as traumatic memories and be central to formation of self-identity. This paper aims to analyse the dimensional structure and psychometric properties of the Portuguese version of the Centrality of Event Scale (CES) for adolescents. Participants were 397 adolescents with ages ranging between 12 and 18 years old, attending public schools. These adolescents filled out the CES and other self-report measures which assess psychopathology symptoms and perception of current feelings of internal and external shame. Results revealed that the CES has a good internal reliability, an adequate temporal stability and a one-dimensional structure. The centrality of shame experiences was positively correlated with psychopathological symptoms and with current feelings of shame. These findings suggest that the CES in its version for adolescents is a useful and robust tool to the assessment of centrality of shame memories in adolescence. <![CDATA[<b>Escala de perceção dos alunos sobre a sua identificação escolar</b>: <b>Construção e estudo psicométrico</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400007&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo descreve o processo de construção e estudo psicométrico de uma escala que mede a perceção dos alunos dos ensinos básico e secundário sobre o seu grau de identificação escolar. Os questionários foram aplicados a uma amostra de 1089 alunos dos 6º, 7º, 9º e 10º anos de escolaridade (mediana da idade=13 anos) em Portugal continental. Uma subamostra foi submetida a análise fatorial exploratória (n1=354), sendo uma segunda sub-amostra sujeita a uma análise fatorial confirmatória (n2=388). As análises revelaram uma estrutura tridimensional: (a) Valorização pessoal/intrínseca, α=.74; (b) Valorização no sentido prático/utilitarista, α=.74; e (c) Sentimentos de pertença e bem-estar, α=.78. As escalas revelam-se úteis e adequadas para avaliar as perceções dos alunos sobre a sua identificação escolar.<hr/>The present study describes the process of construction and psychometric study of a scale that measures elementary and high school student perceptions about their level of school identification. The questionnaire was administered to 1089 students attending the 6th, 7th, 9th and 10th grades in continental Portugal (median age=13 years). One random subsample was submitted to exploratory factor analysis (n1=354); a second was submitted to a confirmatory factor analysis (n1=388). Analyses yielded three dimensions: (a) Intrinsic Valuing, α=.74; (b) Practical Valuing, α=.74; and (c) Belonging and well-being, α=.78. The scales are useful and appropriate for evaluating students’ perceptions about their school identification. <![CDATA[<b>Pretest of images for the beauty dimension</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400008&lng=en&nrm=iso&tlng=en In this work, we present norms concerning the perceived association of two sets of image stimuli with the concept of “beauty”: 40 objects (Study 1) and 40 photos of human faces (Study 2). Participants were presented with a set of words associated with the construct of “beauty” and were subsequently asked to judge each image on how much they considered them to be related with this construct on a 7-point scale (1 - Not at all related; 7 - Very related). The interpretation of means’ confidence intervals distinguish between 40 images, evaluated as “ugly” - with low scores on the beauty dimension - (20 objects and 20 faces), and 28 images evaluated as “beautiful” - with high scores on the beauty dimension - (12 objects and 16 faces). Results are summarized and photos made available to support future research requiring beauty and/or ugly stimulus.<hr/>Neste trabalho apresentamos normas da associação percebida de dois conjuntos de estímulos com o constructo de “beleza”: 40 objetos (Estudo 1) e 40 fotografias de faces (Estudo 2). Os participantes foram expostos a um conjunto de palavras associadas com o constructo de “beleza” e foi pedido que avaliassem em cada imagem o quanto consideravam ser relacionada com esse mesmo constructo numa escala 7 pontos (1 - Nada relacionada; 7 - Totalmente relacionada). A interpretação dos intervalos de confiança das médias distinguem 40 imagens avaliadas como “feias” - com baixas pontuações na dimensão de beleza - (20 objetos e 20 faces), e 28 imagens avaliadas como “bonitas” - com elevadas pontuações na dimensão de beleza - (12 objetos e 16 faces). Os resultados das avaliações, e as respectivas imagens, são sumarizados como normas de suporte a futuras investigações que requerem estímulos bonitos e/ou feios. <![CDATA[<b>Teoria da mente e pensamento contrafactual em crianças de baixo nível socioeconómico</b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312015000400009&lng=en&nrm=iso&tlng=en O nosso trabalho propõe explorar a compreensão das crianças de baixo nível socioeconómico acerca das razões que os outros têm para as acções, ou seja, pretendemos explorar o efeito do conhecimento das razões para as acções , aquando de raciocínios contrafactuais e de falsas crenças, ampliando-o ao desenvolvimento das crianças. Trabalhos anteriores mostraram que as pessoas tendem a pensar sobre as acções de forma diferente quando têm conhecimento sobre as razões para uma acção. Um passo importante para a compreensão das acções de outras pessoas é o raciocínio sobre as suas intenções (Juhos, Quelhas, & Byrne, 2015; Walsh & Byrne, 2007). Crianças de 6 e 8 anos foram testadas com uma nova tarefa: a tarefa de mudança de intenções, a qual analisou cenários onde um actor tem uma razão inicial (desejo ou obrigação) para uma acção, que é posteriormente alterada. Os resultados mostraram que as crianças de 6 anos cometem mais erros nas inferências de falsas crenças do que nas inferências contrafactuais, uma vez que estas crianças tendem a centrar-se mais nos desejos aquando de inferências de falsas crenças. Estes resultados contribuem para a discussão aberta sobre a relação entre o pensamento contrafactual e a teoria da mente, como também traz alguma luz sobre como as crianças pensam as diferentes razões para as acções.<hr/>Our work aims to explore children’s comprehension of the reasons that others have for actions, that is, we explored this effect of the knowledge about the reasons for actions, during counterfactual and false beliefs reasoning, and extending it to children’s development. Previous work has shown that people tend to think differently about the actions when they have knowledge about the reasons behind those actions. An important step towards understanding the actions of others is reasoning about their intentions (Juhos, Quelhas, & Byrne, 2015; Walsh & Byrne, 2007). Children aged 6 and 8 years were tested with a new task: the change of intentions task, which included scenarios where an actor has an initial reason (desire or obligation) for an action, which is subsequently changed. Results showed that 6 year-olds make more mistakes in the false beliefs inferences than in the counterfactual inferences, once these children tend to focus more on the desires when they make false beliefs inferences. These results contribute to the open discussion about the relationship between counterfactual thinking and theory of mind, but it also brings some light on how children think the different reasons for the actions.