Scielo RSS <![CDATA[Análise Psicológica]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0870-823120070003&lang=en vol. 25 num. 3 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <link>http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300001&lng=en&nrm=iso&tlng=en</link> <description/> </item> <item> <title><![CDATA[<b>Masculino e feminino</b>: <b>Alguns aspectos da perspectiva psicanalítica </b>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300002&lng=en&nrm=iso&tlng=en Classicamente, na teoria Psicanalítica, masculino e feminino só são percebidos após as posições activo/passivo e fálico/castrado, que seriam a base da construção da identidade sexual. Hoje em dia sabemos que estes aspectos são apenas uma parte da sua definição. O conhecimento das diferenças sexuais é precoce e as vicissitudes da vida pulsional, ocorridas na relação, fixam a identidade ao longo do processo de desenvolvimento. As perspectivas mais actuais da psicologia feminina enfatizam a identidade sexual e de género, imagem corporal e auto-representação, resposta sexual e maternidade empática. Algumas limitações na visão freudiana, relacionam-se quer com aspectos culturais quer com a falta de dados de observações infantis, bem como a ausência do ponto de vista teórico das relações objectais e do ‘self’. Aqueles dados e o desenvolvimento da teoria, acrescentaram muito ao conhecimento psicanalítico, também no que diz respeito à sexualidade masculina, ampliando a perspectiva clássica. É sobre esta evolução teórica que o autor se propõe reflectir.<hr/>In Classical Psychoanalytical Theory, feminine and masculine are only perceived after the active/passive and falic/castrated positions, which are the base of sexual identity. Nowadays we know that these aspects are only one part of its definition. The knowledge of the sexual differences is precocious and the vicissitudes of the pulsional life, occurring in relation enform the identity during the development process. The contemporary perspectives of feminine psychology emphasize the sexual identity and of gender, body image and self-representation, sexual response and emphaticall maternity. Some limitations in the Freudian vision are related with cultural aspects and the lack of data from children observations, as well as the absence object relations and ‘self’ perspectives. Those data and the development of the theory had also complexified the knowledge, about masculine sexuality, expanding the classic perspective. <![CDATA[<B>Flutuações e diferenças de género no desenvolvimento da orientação sexual</B>: <B>Perspectivas teóricas </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Neste trabalho pretendemos realizar uma revisão teórica das principais investigações sobre transições e flutuações na orientação sexual, dando especial relevo aos estudos de Lisa Diamond sobre as transições na identidade, comportamentos e atracções. Apresentamos ainda os resultados mais relevantes relativamente às diferenças de género na orientação sexual, que atribuem maior importância a estas diferenças do que propriamente às categorias de identidade sexual decorrentes da orientação sexual.<hr/>In this article we review the main research theory concerning sexual orientation, transitions and fluctuations, specially focusing on the Lisa Diamond studies on transitions between sexual identity, behaviour and attractions. Presented are also the most relevant results on gender differences in sexual orientation, which find these differences more significant than identity categories of sexual orientation. <![CDATA[<B>A vida sexual dos anúncios pessoais</B>: <B>Uma revisão da literatura</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300004&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente artigo efectua uma revisão da investigação científica que recorre aos anúncios pessoais publicados na comunicação social, na Internet e noutros meios de comunicação como fonte de material de análise. Os estudos revistos podem ser divididos de forma não discreta em três categorias: (1) a análise dos padrões de corte entre homens e mulheres, (2) a análise dos padrões de género e sexualidade cruzados com a orientação sexual e (3) a análise de indicadores de risco e de comportamentos protectores em relação ao VIH, em particular na população homossexual masculina. São ainda discutidas as vantagens e desvantagens de utilizar anúncios pessoais em investigação científica e o impacto da popularidade da Internet sobre este fenómeno.<hr/>The current review covers the scientific literature that uses personal advertisements published in the press, on the internet and in other media as a source of data. The reviewed studies can be separated into three non-discreet categories: (1) the analysis of courtship patters in men and women, (2) the analysis of gender and sexuality patterns in their relation with sexual orientation, and (3) the analysis of HIV sexual risk and protective behaviours, in particular among gay men. Advantages and limitations of the use of personal ads within the context of scientific research are discussed, as well as the impact of increased popularity of the Internet upon this phenomenon. <![CDATA[<B>A amamentação, o feminino e o materno</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300005&lng=en&nrm=iso&tlng=en A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) da imprescindibilidade da amamentação durante os primeiros seis meses de vida da criança conduz, em todo o mundo e em todas as circunstâncias, a um conjunto de pressões sociais para a sua prática que colocam a mulher num papel diferenciado ao nível dos cuidados primários à primeira infância e, nessa medida, reforça a assimetria de géneros. Esta investigação tem como objectivo avaliar se a prática da amamentação se traduz em efectivos benefícios para a saúde e bem-estar das crianças, tal como genericamente é assumido, ou se, no mundo dito desenvolvido, a amamentação é mais uma crença de saúde. O estudo, de carácter comparativo, assenta na análise de conteúdo de 300 fichas clínicas de crianças de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os zero e os cinco anos, facultadas por diferentes pediatras, que permitem a avaliação, para lá das características do aleitamento, da saúde geral, do desenvolvimento e das alterações comportamentais das crianças. Foram ainda controladas algumas variáveis que poderiam interferir na saúde, bem-estar e desenvolvimento infantil, como sejam: antecedentes familiares de doenças, intercorrências na gravidez, tempo de gestação e tipo de parto. De acordo com os resultados obtidos, para a variável tipo de alimentação e também para a variável duração do tipo de alimentação, não se observaram diferenças estatisticamente significativas na saúde, no desenvolvimento psicomotor, na evolução estaturo-ponderal, e nas alterações comportamentais (p<0.05) das crianças. Assim sendo, e para lá do prosseguimento da investigação nesta área com recurso a diferentes metodologias e amostras, reforça-se a importância de concluir sobre eventuais vantagens da amamentação já que, enquanto prática exclusivamente feminina, colabora de forma muito importante na manutenção dos estereótipos de género.<hr/>The World Health Organization (WHO) recommendation regarding the commitment of breastfeeding during a child’s first six months leads to several social pressures towards its use, placing the role of women at a different level concerning primary care during childhood and in this sense promotes a gender asymmetry. The aim of this research is to evaluate the real benefits towards the child’s health and wellbeing. In a comparative study based upon the content analysis of 300 medical files of children of both sexes, (ages 0-5 years), the classification of the breastfeeding characteristics, the clinical health evaluation, the development and the changes in the child’s behaviour were registered. Data shows no statistically significant differences at the health classification level, psychomotor development and evolution of stature-mass, nor behavioural changes between type of breastfeeding and the duration of the breastfeeding type variants (p<0.05). Therefore, we suggest further research in this area with different methodologies and approaches so as to understand if breastfeeding health beliefs, which enhance gender stereotyping, is in fact beneficial to the child. <![CDATA[Preocupações de mães e pais, na gravidez, parto e pós-parto]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300006&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este artigo apresenta uma investigação desenvolvida com o objectivo de estudar as preocupações dos pais com determinados acontecimentos adversos de vida, no período de transição para a parentalidade, em particular, a ocorrência de diferenças de género na presença, intensidade e variação das preocupações parentais ao longo do período em estudo. Para esse efeito o Questionário de Preocupações com Acontecimentos de Vida (QPAV) foi administrado a uma amostra de mulheres e homens (N=250) nos 1.º, 2.º e 3.º trimestres de gravidez, 15 dias e 3 meses após o parto. Os resultados mostram que tanto as mães como os pais apresentam um mesmo perfil de preocupações e que as áreas económico-financeira (rendimento familiar) e da actual gravidez dominam as preocupações parentais. Quer nas mulheres quer nos homens, as preocupações exibem igual estabilidade ao longo do tempo, à excepção das relativas a situações adversas no contexto familiar e interpessoal e à actual gravidez que sofrem um decréscimo ao longo da gravidez e puerpério. As diferentes preocupações que mães e pais exibem durante o período de transição para a parentalidade podem assumir um impacto diferencial no aumento da sinto-matologia ansiosa característica deste período. Assim, enquanto que a manutenção das preocupações económico-sociais, ao longo do tempo, poderá estar a contribuir para uma forma de stress crónico, as preocupações relativas a aspectos familiares e interpessoais e à actual gravidez, em particular respeitantes à saúde e bem-estar do bebé, são mais pontuais, parecendo estar mais relacionadas com as tarefas desenvolvimentais que marcam esta fase. Por isso mesmo, tendem a diminuir à medida que as mães e os pais se vão adaptando ao novo papel parental. Acreditamos que intervenção dos técnicos e investigadores na área da saúde reprodutiva, com vista à promoção do ajustamento dos pais nesta fase exigente das suas vidas, sairá favorecida com a compreensão das vicissitudes que caracterizam a vivência psicológica da transição para a parentalidade. Tal intervenção deverá envolver todos os elementos do processo em causa e focalizar-se nas maiores áreas de preocupação parental. Deste modo, garantir-se-á uma prestação de cuidados adequados aos pais e a diminuição da morbilidade associada a este período de vida.<hr/>The aim of the research presented was to study parental concerns related to specific adverse life events, during transition to parenthood, in particular, differences between mothers and fathers concerning the occurrence, intensity and variation of these concerns over the period of time considered. To reach these aims, the Concerns with Life Events Questionnaire (CLEQ) was filled in by a sample of women and men (N=250) at the 1st, 2nd and 3rd pregnancy trimesters, 15 days after delivery and at 3rd postpartum month. Results showed that both mothers and fathers exhibit the same profile related to concerns and that economical area (familiar income) and the present pregnancy dominate parental concerns. Both in women and men, concerns reveal identical stability over time, except for adverse life events concerning to family and interpersonal context and to the present pregnancy, which decrease over pregnancy and postpartum period. The different concerns revealed by mothers and fathers during transition to parenthood can have a differential impact in the usual increase of anxiety observed in this period. The temporal stability found in economic and social concerns can contribute to a type of cronic stress. Concerns related to familiar and interpersonal situations and to the present pregnancy, in particular concerning to infant’s health and well-being, are more pontual and can be associated to the developmental tasks which caractherize this period. Due to that they decrease with the adaptation to the parental role. We believe that the intervention of health professionals and researchers, with the purpose of promote parental adjustment during this demanding phase of their lives and decrease morbidity associated to transition to parenthood, should be focused in the major areas of parental concerns. <![CDATA[<B>Adaptação parental ao nascimento de um filho</B>: <B>comparação da reactividade emocional e psicossintomatologia entre pais e mães nos primeiros dias após o parto e oito meses após o parto</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300007&lng=en&nrm=iso&tlng=en A adaptação à parentalidade tem sido descrita como um importante momento de desenvolvimento da vida das famílias, exigindo esforços de adaptação às novas tarefas com que pais e mães se deparam. Assim, apesar da Felicidade que está frequentemente associada a este acontecimento, a necessidade de reorganização da vida dos indivíduos é geralmente elevada, podendo conduzir, nas mães e nos pais, a elevados níveis de perturbação emocional. Dado que esta reorganização pode ser distinta ao longo do tempo que se segue ao parto e em função do género do progenitor, pretende-se com este estudo conhecer as diferenças na adaptação materna e paterna ao nascimento de um filho, nomeadamente em dois momentos distintos: dois a cinco dias após o parto e oito meses após o parto. A amostra, constituída por 214 mães e 193 pais, foi recolhida na Maternidade Dr. Daniel de Matos dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Para a recolha de dados foram utilizados questionários sociodemográficos e questionários de auto-resposta. De forma geral, os resultados são indicadores da existência de uma boa adaptação em mães e pais, apesar de revelarem que, principalmente no primeiro momento de avaliação, as mães, quando comparadas com os pais, apresentam uma reacção emocional mais intensa. Os resultados sugerem que o nascimento de um filho é um importante momento da vida das famílias, tanto para as mães como para os pais, significando geralmente um momento de grande felicidade para ambos. Porém, o presente estudo sugere uma adaptação mais exigente para a mãe, provavelmente devido à maior necessidade de reorganização implicada.<hr/>Adjustment to parenthood has been described as an important moment in a family life, characterized by the presence of new and demanding tasks to both mothers and fathers. Although the birth of a child is usually an important and gratifying event, some couples lives are disrupted by this moment causing difficulties in adjustment to the new demands of parenthood. Because man and women generally adjust differently to the new demands of parenthood, the purpose of this study is to describe the differences of mothers and fathers adjustment to parenthood in two different moments: two to five days and eight months postpartum. The sample of the study was collected in Maternidade Dr. Daniel de Matos dos Hospitais da Universidade de Coimbra and consisted of 214 mothers and 193 fathers. Data was obtained using sociodemographic questionnaires and self report assessment scales. Our results suggest that that the birth of a child can be a stressful but positively manageable event. Nevertheless, mothers seem to present a more intense emotional reaction, mainly in the first moment of assessment. The birth of a child appears to be an important moment in a family life, promoting great happiness in mothers and fathers. However, the present study suggests that mothers present more difficulties in adjustment to parenthood, probably due to the presence of more changes and need of reorganization in their lives. <![CDATA[Queixas subjectivas de saúde, afectividade negativa e utilização de serviços de saúde: Diferenças de género]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300008&lng=en&nrm=iso&tlng=en Os objectivos deste estudo são caracterizar as queixas subjectivas de saúde e investigar em que medida existem diferenças de género em relação às queixas subjectivas de saúde, à afectividade negativa e à utilização de serviços de saúde. Foi delineado um estudo transversal no qual uma amostra de 1113 participantes de ambos os sexos (64% mulheres) preencheu um questionário que incluía medidas sobre as queixas subjectivas de saúde, afectividade negativa, utilização de serviços de saúde e informação socio-demográfica. Os resultados sugerem que, em relação às queixas subjectivas de saúde, as pseudoneurológicas são as que se apresentam mais frequentemente. Quanto às diferenças de género, verificamos que estas existem nas queixas de dores músculo-esqueléticas, pseudoneurologia e alergia, bem como na escala total. Os resultados indicam ainda que são as mulheres que, em média, utilizam mais os serviços de saúde. Não existem diferenças de género na afectividade negativa. Abordamos neste estudo, um tópico que poderá ter implicações para a saúde, a médio e longo prazo. Julgamos ser um contributo importante para caracterizar o contexto português em termos das queixas subjectivas e fornecer indicadores sobre os comportamentos relacionados com a saúde na população portuguesa, destrinçando as diferenças entre homens e mulheres.<hr/>The aims of this study are to investigate what are the subjective health complaints (SHC) in a healthy population and the extent to which there are gender diffe-rences in SHC, in negative affectivity (NA) and in the use of health care services. This is a cross-sectional design in which 1113 participants (64% female) completed a self-administered questionnaire, including measures of SHC, NA, use of health care services and demographic information. The results indicate that there are gender differences concerning the SHC, and the most frequent were the pseudoneurology complaints, musculoskeletal pain, and allergy, as well as in the total scale. Also, women are more likely to use health care services. There were no gender differences in negative affectivity. This topic of research is an important contribution to characterize the SHC in the Portuguese population, which may have important implications for physical and psychological health. Furthermore, these results may provide relevant information concerning gender differences in health complaints and subsequent health related behaviour. <![CDATA[<B>Crenças de senso comum sobre medicamentos genéricos <I>vs.</I>medicamentos de marca</B>: <B>Um estudo piloto sobre diferenças de género</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300009&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente estudo avaliou em que medida o nome da doença pode influenciar a crença sobre o uso de medicamentos (genéricos e de marca) em indivíduos saudáveis, e (2) a existência de eventuais diferenças de género associadas às crenças sobre a medicação para doenças específicas. Participaram neste estudo 144 indivíduos saudáveis (54% mulheres) que completaram um questionário constituído por vignettes em que diferentes prescrições (genérico/marca) foram dadas para a mesma doença. Foram utilizados quatro nomes de doença: gripe, amigdalite, asma e angina de peito. Os resultados indicam que existem efeitos de interacção entre tipo de medicamento e doença. Os participantes concordam com a prescrição do medicamento genérico para todas as doenças, no entanto esta concordância diminui significativamente à medida que a gravidade da doença aumenta. Verificaram-se ainda diferenças de género em relação à crença na eficácia dos medicamentos genéricos para as diferentes doenças. Os homens associam o uso do medicamento genérico a doenças que consideram menos graves, enquanto as mulheres associam a utilização do medica-mento de marca a doenças percepcionadas como mais graves. Apesar do seu carácter exploratório, este estudo levanta questões importantes no que se refere a aspectos subjectivos relacionados com a escolha e uso de medicamentos, o que pode ter implicações para a saúde em geral e para a adesão a regimes terapêuticos.<hr/>The aim of this analogue study is to investigate whether presenting different illness scenarios about prescriptions, using different labels, has different effects upon lay beliefs about the use of generic or brand medicines, as well as gender differences on these beliefs. One hundred and forty four healthy adult participants (54% females), completed a self-administered questionnaire, using a vignette methodology, in which different prescriptions (generic vs. brand) were given for the same label. Four different illness labels were used: flu, tonsillitis, asthma, and angina. There were main effects of the label and the type of prescription upon some of the dependent variables. There were stronger views about prescribed brand medicines for all the labels. There were interactions between label and type of medicines. More serious labels were associated with a lower belief in the efficacy of generic medicines. There was a stronger belief in generic medicines for symptom relief for flu, whereas there was a weaker belief in generic medicines for symptom relief for angina. There were significant gender differences in general beliefs about the use of generic vs. brand medicines. These preliminary findings raise some interesting questions concerning the concordance with prescriptions, and may have an influence on beliefs about the efficacy of generics for different illness labels, as well as important implications for adherence to treatment. <![CDATA[<B>Género e saúde mental</B>: <B>Uma abordagem epidemiológica</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300010&lng=en&nrm=iso&tlng=en Avaliou-se sob o ponto de vista epidemiológico diferenças entre homens e mulheres que procuraram os serviços das consultas externas da especialidade de Psicologia do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Distrital Amato Lusitano de Castelo Branco, relativamente à psicopatologia apresentada, tipo de intervenção solicitada, psicofármacos prescritos, funcionalidade familiar, familiares com doença mental, tentativas de suicídio. Relacionaram-se outras variáveis demográficas com a psicopatologia apresentada, numa amostra representativa da população resultante em 483 utentes seleccionados aleatoriamente dum total de 2447 que usufruíram destes serviços entre Maio de 1984 e Maio de 2005. Foram encontradas diferenças de género para todas as categorias diagnosticadas, à excepção da esquizofrenia. Os resultados obtidos revelaram vulnerabilidade marcante a sintomas ansiosos e depressivos para a mulher, já que se obtiveram taxas de prevalência mais elevadas para o género feminino em perturbações como o Humor (20,5%): mulheres (M) 72%, homens (H) 38%; Ansiedade (11,2%): M - 64%, H - 36%; Adaptação a situações de vida stressantes (22,8%): M - 77,3%, H - 22,7%; Somatoformes (0,4%): M - 89%, H - 11%. Enquanto os homens apresentaram taxas de prevalência mais elevados em transtornos como os associados ao uso de substâncias psico-activas, álcool (9,3%): (H - 86,7%, M - 13,3%); drogas ilegais (2,5%): H - 55%, M - 45%; comportamentos anti-sociais (1,9%): (H - 67%, M - 33%). Os resultados encontrados levam a concluir não haver diferenças significativas de género nas perturbações psiquiátricas nas populações investigadas, mas sim diferenças nas taxas de "perturbações específicas", resultados que vão ao encontro dos de outros estudos clínicos.<hr/>An epidemiologic study was conducted to assess differences between men and women who sought the Psychiatry and Mental Health Service of Amato Lusitano Hospital in Castelo Branco, in terms of presented psychopathology, asked intervention, prescribed psychopharmics, familiar functionality, relatives with previous mental health diagnosis, and suicide attempts. Other demographic variables were also related to the presented psychopathology, in a representative sample of 483 participants randomly selected from a number of 2447 individuals who were offered help from May 1984 to May 2005. Significant results were obtained when Gender was compared to all diagnosed categories, except alcohol and drug abuse, anti-social behaviour, and schizophrenia. The results show stronger vulnerability for women regarding anxious and depressed symptoms, with higher Humour disorders (20,5%) women (W) 72%, men (M) 38%; Anxiety (11,2%): W - 64%, M - 36%; Adaptation to stressing life situations (22,8%): W - 77,3%, M - 22,7%; Somatoforms (0,4%): W - 89%, M - 11%; Whereas men evidenced higher levels of disorders associated with the use of psychoactive substances, such as alcohol (9,3%): (M - 86,7%, W - 13,3%); illegal drugs (2,5%): M - 55%, W - 45%; anti-social behaviour (1,9%): (M - 67%, W - 33%). The results also lead to the conclusion that that are significant differences when specific disorders are investigated, and this corroborated by other findings. <![CDATA[Menopausa, a experiência intrínseca de uma inevitabilidade humana: Uma revisão da literatura]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300011&lng=en&nrm=iso&tlng=en Neste artigo propomo-nos fazer uma revisão de literatura sobre a menopausa. A investigação que tem sido desenvolvida no âmbito da menopausa tem focado de forma sistemática os sintomas decorrentes das mudanças hormonais, conceituando a experiência do climatério do ponto de vista bio-médico. A investigação da vivência psico-sócio-cultural evidencia que outros factores poderão ter um papel determinante na forma como a mulher experimenta os sintomas do climatério e vive as fases de peri e pós-menopausa. São ainda referidas várias estratégias não medicamentosas que têm sido eficazes na gestão de alguns sintomas ligados aos períodos de peri e pós-menopausa.<hr/>The aim of this paper it is a state of art about menopause literature. The research that has been developed in the field of menopause has focused systematically on the symptoms related with hormonal changes and has conceptualized menopause from the bio-medical standpoint. The study of the psycho-socio-cultural experience has evidenced that other factors may play a deter-minant role in the way women experience the climacteric symptoms and experience peri- and post-menopause. It is also addressed several non-hormonal interventions that have been effective in the management of some symptoms related with peri- and post-menopause. <![CDATA[Factores de personalidade e comportamento alimentar em mulheres portuguesas com obesidade mórbida: Estudo exploratório]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300012&lng=en&nrm=iso&tlng=en O objectivo deste estudo foi relacionar factores de personalidade e comportamento alimentar em mulheres diagnosticadas com obesidade mórbida, sendo esta amostra constituída por 48 sujeitos candidatos a cirurgia bariátrica, ou que a tenham efectuado num passado próximo. Foram utilizados nesta investigação os seguintes Instrumentos: Questionário de Caracterização da Amostra, Inventário de Personalidade NEO-PI-R na Forma S, e Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (DEBQ). Os resultados obtidos mostram diferenças muito significativas, por comparação com a população normativa, nos domínios Neuroticismo e Abertura à Experiência, e nas facetas Impulsividade, Assertividade, Fantasia, Sentimentos, Ideias, Valores, Altruísmo, Competência e Deliberação; assim como nas dimensões Restrição Alimentar e Ingestão Emocional. Estão presentes sentimentos de inadequação com respostas de coping desade-quadas e baixa tolerância à frustração; características de dominância nas relações sociais; criatividade com elaboração de fantasias e presença de respostas emocionais situacionais; comportamentos altruístas, de auto-disciplina e planificação; efectuando uma ingestão de ordem emocional associada a características de restrição alimentar.<hr/>The aim of this study is to correlate the Personality factors and Eating Behaviour in women diagnosed with Morbid Obesity. The 48 patients are candidates to Bariatric Surgery, or that have made it in a near past. The instruments used along this investigation were: Sample Characterization Questionnaire, The Personality Inventory NEO Revised and the Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ). The results showed the extremely significant statistical value in the dimensions Neuroticism and Openness, and in the facets Impulsiveness, Assertiveness, Fantasy, Feelings, Ideas, Values, Altruism, Competence and Deliberation; and in the Restrained Eating and Emotional Eating dimen-sions. We registered the presence of inadequate feelings with maladaptative coping responses with a low frustration tolerance; characteristics of dominance in the social relations; creativity with the elaboration of fantasies and the presence of situational emotional responses; altruistic behaviour, self-discipline and planning; with an emotional ingestion associated to characteristics of restrained eating. We highlight the importance of psychotherapy during illness process. <![CDATA[Estratégias de <i>coping</i>em mulheres com cancro da mama]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300013&lng=en&nrm=iso&tlng=en O coping é o conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais desenvolvidas pelo sujeito para lidar com as exigências internas e externas que são avaliadas como extremas e as reacções emocionais a essas exigências. O presente estudo exploratório teve como objectivo determinar que estratégias de coping são mais utilizadas por doentes com cancro da mama, tendo em consideração as implicações de algumas variáveis que caracterizam a amostra. Foi aplicada a Escala Reduzida de Ajustamento Mental ao Cancro (Pais-Ribeiro, Ramos & Samico, 2003) a uma amostra de 84 pacientes (idade M=47,86; dp=9,28) com cancro da mama. Os resultados indicam que as estratégias de coping mais utilizadas são as estratégias Espírito de Luta e Fatalismo. Os resultados encontrados permitem concluir que embora as estratégias de coping sejam perspectivadas teoricamente como focadas no controlo das emoções e focadas na resolução do problema, não são mutuamente exclusivas. Havendo indícios de que para lidar com os desafios decorrentes do diagnóstico de cancro da mama as mulheres utilizam os dois estilos de coping em simultâneo. Chamando-se a atenção para a necessidade de continuar a averiguar se esta utilização em simultâneo ocorre em todos os momentos de evolução da doença e se ocorrem variações durante todo o processo.<hr/>Coping is the combination of cognitive and behavioural strategies developed by the subject to deal with the internal and external demands that are evaluated as extreme and the emotional reactions caused by these demands. The present exploratory study had the main aim to determine the coping strategies used for women with breast cancer, taking into consideration the implications of some variables that characterized the sample. The Mini-Mental Adjustment to Cancer Scale (Pais-Ribeiro, Ramos & Samico, 2003) was applied to a sample of 84 patients (age M=47,86; dp=9,28) with breast cancer. The results showed that the strategies of coping used more often were the Fighting Spirit and Fatalism. Its possible conclude that the strategies of coping focused in the emotion or focused in the resolution of the problem are not mutually exclusives and indicate that the women with breast cancer use the two styles of coping strategies to deal with the disease. It’s necessary to continue the investigations about the use of different strategies of coping in the different moments of the evolution of the disease. <![CDATA[Actividade física e qualidade de vida na gravidez]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300014&lng=en&nrm=iso&tlng=en Pouco se conhece acerca da actividade física e qualidade de vida da mulher na gravidez. Este estudo teve como objectivos 1) comparar os padrões de actividade física antes e durante a gravidez, 2) avaliar a percepção da qualidade de vida relacionada com a saúde durante os primeiros seis meses de gestação, e 3) comparar a percepção da qualidade de vida nas mulheres activas e insuficientemente activas considerando as recomendações de saúde pública. Método: Estudo longitudinal com 59 grávidas seleccionadas em consultórios médicos privados. Às 10-15 semanas foi recolhida informação socio-demográfica e médica, bem como informação sobre a actividade física três meses antes da concepção. Medidas de auto-relato foram administradas entre as 10-15 semanas e as 19-24 semanas de gestação para avaliar o tempo de actividade física (QAFG) (no trabalho, lazer, deslocações) e a qualidade de vida (SF-36). Resultados: A prevalência de actividade física recomendada é menor durante do que antes da gravidez (16.7% e 17.5% nos 1.º e 2.º trimestres, respectivamente vs. 47.4% antes da gravidez). Com a gravidez, não se verificaram alterações no tempo médio em diferentes tipos de actividade física, mas a actividade física no lazer registou uma diminuição significativa no 1.º trimestre face ao período anterior à concepção. Em comparação com uma amostra normativa de mulheres portuguesas, as grávidas apresentam, nos dois primeiros trimestres de gestação, uma percepção de qualidade da vida mais positiva na generalidade das dimensões do SF-36. No 2.º trimestre, o nível de limitação é significativamente maior nas dimensões físicas, à excepção da Dor Corporal, e nos resultados sumários do Componentes Físico e Mental. As mulheres que no 1.º trimestre atingem os níveis recomendados de actividade física no lazer (≥150 minutos por semana) apresentam melhor estado de saúde geral e estados de humor mais positivos do que as menos activas. Conclusão: A actividade física no lazer, embora diminua após a concepção, tem um impacto positivo na percepção do estado saúde geral e estados de humor da grávida, o que sugere a sua importância para a saúde da mulher também durante este período da vida.<hr/>Background: Little is know about the impact of pregnancy in health-related quality of life (HRQoL) and in physical activity patterns. The objectives of this study were 1) to compare physical activity patterns before and during pregnancy, 2) to evaluate HRQoL among pregnant women until six months pregnancy and 3) to compare HRQoL between sufficiently and insufficiently active women considering the public health recommendations. Methods: Longitudinal study with 59 pregnant women (20-39 years of age) recruited in private obstetric clinics. At 10-15 weeks gestation, socio-demographic and medical information was collected, as well as physical activity levels three months prior to conception. Self-report measures were administered at 10-15 weeks and 19-24 weeks gestation to assess work, leisure and transportation-time physical activity and HRQoL. Results: The prevalence of recommended activity is lower during pregnancy than prepregnancy (16.7% and 17.5% in 1st and 2nd trimesters, respectively, vs. 47.4% prepregnancy). After conception, there were no changes in physical activity time, but leisure-time physical activity showed a decrease from prepregnancy to 1st trimester of gestation. Compared to Portuguese normative data, pregnant women demonstrate a more positive HRQoL on almost every domains of SF-36 in the first two trimesters of pregnancy. In the 2nd trimester of pregnancy, the level of impairment is significantly higher in physical HRQoL, with the exception of Bodily Pain, as well as on the SF-36 physical and mental component summary score. Women meeting recommended levels of leisure physical activity at 10-15 weeks (≥150 minutes per week) reported better general health and more positive mood states compared to less active women. Conclusions: In spite of the decline observed during pregnancy, leisure-time physical activity has a positive impact in pregnant’s general health status and mood states suggesting its importance for women’s health also during this life period. <![CDATA[Vulnerabilidade de género e outras dimensões de influência na adaptação ao VIH/SIDA e à gravidez e maternidade]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300015&lng=en&nrm=iso&tlng=en Os modelos contextuais e desenvolvimentistas (Belsky, 1984, 1999; Belsky & Jafee, 2006; Bronfenbrenner, 1979; Bronfenbrenner & Morris, 1998) defendem a compreensão do desenvolvimento e comportamentos individuais através de uma leitura ecológica em que o indivíduo é capaz de influenciar e ser influenciado por outros sistemas. Estas abordagens permitem uma compreensão da adaptação à gravidez e ao nascimento de um filho e, em igual medida, facilitam a conceptualização da co-ocorrência e interacção dos contextos de vulnerabilidade de género associados à Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Este estudo tem o objectivo de avaliar os contextos de influência (socio-demográficos; associados com a infecção pelo VIH; e associados com a gravidez/maternidade) na adaptação das mulheres infectadas pelo VIH à gravidez e ao nascimento de um filho. A amostra é constituída por 31 grávidas infectadas pelo VIH. A recolha de dados envolveu a realização de uma entrevista clínica, preenchimento de grelhas médicas e sociais; e instrumentos de auto-resposta para avaliação da adaptação: Perceived Stress Scale (PSS - Cohen et al., 1983); Brief Symptom Inventory (BSI - Derogatis, 1983) e Emotional Reactivity Scale (EAS - Carlsson et al., 1989). Os resultados do presente estudo mostram que o estado civil, a etnia, a categoria de transmissão e o planeamento da gravidez constituem contextos de influência importantes na adaptação das mulheres grávidas. Em particular, apresentam pior adaptação as mulheres solteiras, de raça negra, infectadas por via sexual e cuja gravidez não foi planeada. De forma mais específica, os resultados encontrados apontam para a necessidade de ter em conta estes contextos no delinear de programas de intervenção psicológica no contexto da gravidez e infecção pelo VIH/SIDA e, em particular ter em atenção as especificidades culturais e vulnerabilidades diferenciais ao risco de infecção pelo VIH (biológica; psicossocial; comportamental; e relacional).<hr/>The contextual and developmental models (Belsky, 1984, 1999; Belsky & Jafee, 2006; Bronfenbrenner, 1979; Bronfenbrenner & Morris, 1998) comprehend the development and individual behaviours throughout an ecological approach, where the individual, as a system or member of a system, is able to influence and be influenced by other systems. These approaches allow a comprehension of adjustment to pregnancy and to the birth of a child and, in certain ways, facilitate the conceptualizations of co-occurrence and interactions between different contexts of gender vulnerability associated with Human Immunodeficiency Virus (HIV) Infection. The aim of this study was to assess the contexts of influence (socio-demographic; related with HIV infection and associated with pregnancy and motherhood) in the adjustment of HIV-positive pregnant women. The sample comprises 31 HIV-infected pregnant women. Data were obtained using a semi-structured interview; medical and social grids; and self-reported questionnaires to assess adjustment: Perceived Stress Scale (PSS -Cohen et al., 1983); Brief Symptom Inventory (BSI -Derogatis, 1983) and Emotional Reactivity Scale (EAS - Carlsson et al., 1989). Results showed the role of marital status (being single), race/ethnic (being black), mode of transmission (sexual transmission) and planning of pregnancy (non-planned) as significant and influent determinants in a poorer adjustment to pregnancy of HIV-infected women. Specifically, these results highlight the importance of considering these determinants in the development of specific psychological interventions in the context of pregnancy and HIV-infection. Special attention must be given to the cultural considerations and differential vulnerabilities to HIV infection (biological; psychosocial, behavioural; and relational). <![CDATA[Determinantes do risco e implicações para a saúde nas práticas sexuais de homens que têm sexo com homens]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300016&lng=en&nrm=iso&tlng=en O objectivo do presente trabalho é compreender que variáveis parecem estar implicadas na adopção de um comportamento sexual de risco entre homens que têm sexo (HSH) com homens. Para tal, delineou-se uma investigação com 338 HSH (independentemente de se identificaram ou não como gays, bissexuais ou heterossexuais), tendo sido utilizados o Questionário Socio-demográfico e o Questionário de Avaliação dos Comporta-mentos e Emoções Sexuais entre HSH, constituído por 39 itens de escolha múltipla. Os dados foram submetidos a uma análise inferencial, o que permitiu compreender que os homens que tiveram uma primeira relação sexual sem se protegeram foram também aqueles que tiveram exposição a práticas sexuais coactivas, aqueles que praticam sempre sexo oral, aqueles que têm a expectativa de continuar a ter uma relação sexual mesmo sem preservativo e os homens que adoptam papéis mais activos no acto sexual. As implicações dos resultados obtidos são discutidas.<hr/>The aim of this study is to understand which variables seem to be implicated in the adoption of risky sexual behaviour among men who have sex with men (MSM). 338 MSM participated in the study (whether identified as gay, bisexual or straight), and the following instruments were utilized: socio-demographic questionnaire always practise oral sex, who expect to continue to have and the Questionnaire of Sexual Behaviour and Emotions, sex even if a condom is not available, and those who with 39 items. The data were submitted to an inferential adopt top positions in sexual activity. The implications analysis, which allowed the understanding of the fact of these results are also discussed. that those men who had a first unprotected sexual relation.