Scielo RSS <![CDATA[Silva Lusitana]]> http://scielo.pt/rss.php?pid=0870-635220060002&lang=pt vol. 14 num. 2 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.pt/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.pt <![CDATA[<B>Evolução Sazonal dos Regimes de Evapotranspiração e da Assimilação do Carbono numa Plantação de <I>Eucalyptis globulus</B></I>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Seasonal patterns of carbon assimilation and evapotranspiration of 2004 in Eucalyptus globulus plantation of the CarboEurope-IP Portuguese site of Herdade da Espirra are discussed. The atmospheric fluxes were obtained by the eddy covariance method. A separation of atmospheric carbon flux, or net ecosystem exchange (NEE), in gross primary production (GPP) and ecosystem respiration (Reco), was made and analysed the variation of atmospheric fluxes with some micrometeorological variables. The plantation acted as a strong carbon sink, with a NEE of 7.9tonC.ha-1.yr-1. The diurnal NEE was mainly a function of global solar radiation, with which it is perfectly in phase all year around, except for the period between July and September. In these months, stomatal closure, strongly dependent on the water vapour pressure deficit in the atmosphere (WVD) high values and low water availability, was the main factor controlling carbon assimilation, a tendency already noticed in 2002 and 2003. The evapotranspiration is clearly controlled by water vapour deficit with decoupling factors ( Ω ) varying from 0.1 to 0.4, typical data for forest canopies. In the period from July to September evapotranspiration dependency on WVD increases as a consequence of the stomatal closure.<hr/>São discutidos os padrões sazonais de assimilação de carbono e do regime de evapotranspiração numa plantação de Eucaliptus globulus no site de Herdade da Espirra do Programa Europeu CarboEuroflux. Os fluxos atmosféricos foram obtidos pelo método de covariância turbulenta. Foi estabelecida a decomposição do fluxo de carbono atmosférico ou balanço líquido de carbono nas componentes de respiração do ecossistema e produção primária bruta e analisada a variação dos fluxos com alguns parâmetros meteorológicos. A plantação funcionou como sumidouro substancial de carbono, à taxa de 7.9tonC.ha-1.ano-1. O balanço líquido diurno foi especialmente dependente da radiação solar global, em regime de fase concordante ao longo de todo o ano, exceptuando o período entre Julho e Setembro. Nestes meses o encerramento dos estomas, fortemente dependente do elevado défice de pressão de vapor da atmosfera e baixo teor de água disponível, foi o principal factor de controlo da assimilação de carbono, tendência já evidenciada em 2002 e 2003. A evapotranspiração é claramente controlada pelo défice de pressão de vapor atmosférico com coeficientes de desacoplamento variando entre 0.1 e 0.4, valores típicos para cobertos florestais. No período compreendido entre Julho e Setembro a dependência da evapotranspiração relativamente ao défice de pressão de vapor aumenta em consequência do fecho dos estomas.<hr/>Ci-après nous discuterons des modèles saisonniers d'assimilation de carbone et du régime d'évapotranspiration d'une plantation d'Eucalyptus globulus sur le site de la Herdade da Espirra et conformément au Programme Européen CarboEuroflux. Les flux atmosphériques ont été obtenus par la méthode de covariance turbulente. La décomposition du flux de carbone atmosphérique ou échanges de carbone liquides a été établie dans ses composantes, en respiration de l'écosystème et en production primaire brute. La variation des flux a été analysée suivant certains paramètres météorologiques. La plantation a fonctionnée comme un fort « puit » de carbone, présentant un taux de 7.9ton C.ha-1.année-1. Les échanges de carbone avec l'écosystème ont surtout été dépendants de la radiation solaire globale, en régime de phase concordante au long de toute l'année, sauf pour les mois de Juillet à Septembre, inclus. Pendant ces mois, la fermeture des stomates, fortement dépendante de l'élevé déficit en pression de vapeur atmosphérique ainsi que du bas taux d'eau disponible, a été le facteur principal du contrôle de l'assimilation du carbone, tendance déjà vérifiée en 2002 et en 2003. L'évapotranspiration est clairement contrôlée par le déficit de pression de vapeur atmosphérique présentant comme valeurs des coefficients de désaccouplement entre 0.1 et 0.4, valeurs typiques pour des couverts forestiers. Pendant la période comprise entre Juillet et Septembre la dépendance de l'évapotranspiration envers le déficit de pression de vapeur augmente due à la fermeture des stomates. <![CDATA[<B>Avaliação do Conteúdo de Carbono na Matéria Seca de Diferentes Componentes de Árvores de <I>Eucalyptus globulus </I>e de <I>Pinus pinaster</B></I>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este estudo foi desenvolvido em dois povoamentos florestais na zona Norte de Portugal, um de Eucalyptus globulus, em Amarante, e outro de Pinus pinaster, em Boticas. Foram instaladas 31 parcelas de amostragem na mancha de eucalipto e 34 na de pinhal, onde se recolheram amostras de ramos, troncos e folhas. As amostras foram pesadas e colocadas em estufa para desidratação total. Posteriormente foram trituradas para a realização de análises químicas (determinação do conteúdo de carbono, por quilograma de matéria seca). O conhecimento do teor de carbono tem importância acrescida pelo facto da quase generalidade dos estudos de fixação de carbono serem efectuados com base nesse valor médio. Muitos autores assumem, o princípio de que 50% da matéria seca é carbono. Com este estudo pretende-se averiguar se o valor anterior está ou não ajustado, independentemente da espécie em análise ou dos diferentes componentes da árvore em cada espécie. Os resultados obtidos permitiram concluir a ocorrência de variações relativamente àquele valor verificando-se diferenças estatisticamente significativas no teor de carbono, não só entre espécies como entre os diferentes componentes da árvore, dentro de cada espécie.<hr/>Samples of branches, stem and leaves were collected in 31 sampling plots of Eucalyptus and 34 sampling plots of Pinus pinaster. Chemical analyses were done to determine the carbon content in each one of these components (the percentage of carbon per kilogram of dry biomass). The knowledge of this value is very important because carbon sequestration estimations are done using it. Many authors assume, in a simplistic way, that a kilogram of a dry biomass has 50% of carbon. Accordingly, one of the main goals of this study was to verify if in fact the previous assumption is correct and if there are no differences between values assigned to different components of the analysed tree. The obtained results allowed concluding that the previous simplification is abusive because the medium carbon content values vary, not only among the different components of the tree, but also among the analysed species.<hr/>Cette étude a été réalisée à partir de deux peuplements situés au Nord du Portugal, l'un de Eucalyptus globulus, à Amarante et l'autre de Pinus pinaster à Boticas. On a installé 31 parcelles d'échantillonnage pour le peuplement d'eucalyptus et 34 pour celui de la pineraie, d'où l'on a recueilli des échantillons de branches, de troncs et de feuilles. Les différents échantillons ont été pesés et mis en serre pour une déshydratation totale. Par la suite, ceux-ci ont été triturés afin de réaliser les analyses chimiques qui permettront de déterminer son contenu en carbone, par kilogramme de matière sèche. Cette valeur est d'extrême importance étant donné que les différentes analyses de fixation de carbone sont effectuées en tenant compte de cette valeur moyenne. Nombreux sont les auteurs qui admettent, de façon simpliste, que 50% de la matière sèche est du carbone. Ce travail a pour objectif de vérifier si la valeur antérieure est ou non correcte pour les deux espèces en étude, ainsi que pour leur différents composants. D'après les résultats obtenus, on conclura que la simplification mentionnée ci-dessus est incorrecte parce que l'on vérifie des différences significatives d'un point de vue statistique entre la teneur en carbone, non seulement entre les espèces mais aussi entre les différents composants de l'arbre de chacune des espèces. <![CDATA[<B>Factores Edafo-Ambientais Associados ao Declínio de <I>Quercus suber</I> em Portugal</B>: <B>Tentativa de Identificação e Dificuldades Encontradas</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O declínio de Quercus suber é um problema grave que afecta vastas áreas de montado e sobreiral do país, tendo sido objecto de vários estudos no sentido de se procurar identificar quais os factores mais directamente relacionados com esta enfermidade para orientar a aplicação de práticas de gestão que conduzam ao seu controlo. Muitos dos trabalhos desenvolvidos associam a enfermidade a propriedades do solo responsáveis por dificuldades de vegetação das árvores potenciando a agressividade dos patogénicos considerados responsáveis, entre eles os fungos Phytophthora cambivora e Phytophthora cinnamomi. No presente trabalho efectuou-se a quantificação de um conjunto de variáveis edafo-ambientais em 10 parcelas seleccionadas no Norte e no Sul do país, com áreas entre 975 e 3150 m² e procuraram-se relações com a severidade da doença, quantificada pelo grau de desfoliação. Seleccionaram-se como variáveis: exposição, declive, altitude, distância à linha de festo, precipitação média anual, temperatura média anual, densidade e porte da vegetação arbustiva, espessura efectiva do solo, compacidade, concentrações em terra fina, lotes granulométricos, MO, N, P, K, bases de troca e acidez de troca. A selecção destas variáveis seguiu um critério que reúne um amplo consenso, ainda que seja reconhecida a dificuldade de quantificar algumas delas. A informação recolhida no terreno e o tratamento dos resultados com recurso à análise de regressão múltipla permitiu salientar as seguintes conclusões: (i) A opinião recolhida a partir das informações de campo, destaca a compacidade do solo e a densidade e porte do coberto arbustivo, como factores muito associados à severidade da doença, no caso das parcelas Sul do país, o que corrobora conclusões de estudos anteriores; (ii) Porém, na análise de regressão múltipla, a explicação conseguida para a severidade da doença, com as 18 variáveis independentes seleccionadas, é sempre muito baixa - 17%, 25% e 21%, respectivamente para o conjunto das parcelas e, em separado, para as parcelas Norte e Sul do país; (iii) O tratamento em conjunto das parcelas Norte e Sul mostra relações entre a variável dependente e as variáveis independentes, que são de difícil explicação, enquanto o tratamento em separado das parcelas Norte e Sul do país, mostra algumas relações que fazem sentido, como o caso da altitude para as parcelas Norte e da compacidade do solo nas parcelas Sul, enquanto outras relações são de explicação difícil; (iv) A análise estatística dos resultados não permite pois destacar de forma clara quais os factores mais directamente responsáveis pela severidade da doença e conduziu a resultados pouco explicáveis à luz das relações solo-planta, conclusão a que outros autores haviam também chegado, e que se atribui à interacção entre propriedades e à dificuldade de quantificação de algumas delas.<hr/>The Quercus suber decline is a serious problem on wide areas of cork oak stands in Portugal, and several studies have been developed in order to identify which factors are closely related to that disease in order to orient the application of adequate management solutions. Many of the studies indicate that soil properties can be related to the disease due to the restrictions they cause to plant development and vegetation, which can enhance pathogen aggressiveness, among them the Phytophthora cambivora and Phytophthora cinnamomi fungi. In the present study, a quantified set of site variables on ten experimental areas were selected in the northern and southern parts of the country, with a surface between 975 and 3150 m2.and an attempt was made to look for the site characteristics more closely related to the severity of the disease, quantified through the degree of defoliation. For site characterization, the following variables were selected: aspect, slope, distance to the summit, mean annual rainfall, mean annual temperature, density and height of understory vegetation, soil depth, soil compacity, coarse material, sand, silt and clay contents in the soil, soil organic matter content, soil exchangeable bases, and exchangeable acidity. The selection of those variables was supported by a wide agreement, although it is recognized that it is difficult to quantify some of them. The obtained information in the field and the analysis of results, supported by the multiple regression analysis, allowed the following conclusions: (i) Soil compaction, and density and height of understory vegetation, were shown to be the most responsible variables for the disease severity in the southern area of the country, which corroborates previous studies; (ii) The application of the multiple regression analysis using the 18 variables lead to a very low explanation of the disease severity - 17, 25, and 21 percent, respectively, for all the areas, the northern and southern areas, separately; (iii) The analysis of the obtained results of all the sampled areas showed some relations between the independent and dependent variables which are difficult to explain, while the separated analysis for northern and southern areas showed some relations which make sense and corroborates the field observations, but the difficulties in explaining some of the obtained relations continue; (iv) Thus, the statistical analysis of the results do not allow a clear identification of the variables closely related to the severity of the disease, which is ascribed to the interaction among variables and the difficulty in quantifying some of them.<hr/>Le déclin du Quercus Suber constitue un grave problème qui affecte plusieurs régions de chênaies et de subéraies du pays. On a déjà réalisé quelques études afin d'identifier les facteurs les plus directement relationés à cette maladie avec pour but l'application de solutions techniques qui en permettraient son contrôle. Quelques travaux déjà réalisés associent la maladie aux qualités du terrain responsable des difficultés de végétation des arbres par l'augmentation de l'agression pathogénique. On compte parmi eux les fongus Phytophthora cambivora et Phytophtyora cinnamomi. Dans ce travail, on a quantifié un ensemble de variables du sol et du local dans 10 parcelles choisies dans le Nord et dans le Sud du pays avec des surfaces entre 975 et 3150 m² et l'on a cherché des rapports avec la sévérité de la maladie quantifiée par le degré de défeuillaison. On a utilisé comme variables: l'exposition, la déclivité, l'altitude, la distance jusqu'à la ligne du sommet, les précipitations, la température moyenne annuelle, la densité, le port (de la végétation arbustive) l'épaisseur réelle du terrain, la compacité, des concentrations de terra fine, des lots granulométriques, MO, N, P, K, des bases d'échange et l'acidité. La sélection de ces variables a suivi un critère qui réunit un grand assentiment quoique la difficulté à en quantifier quelques-unes soit reconnue. L'information obtenue sur le terrain et le traitement des résultats à travers l'analyse de régression multiple a permis d'arriver à ces conclusions: (i).L'opinion obtenue à partir des informations de terrain, démontre que la compacité du sol, sa densité et le port du couvert arbustif sont des facteurs très responsables vu la sévérité de la maladie dans les parcelles du Sud du pays, ce qui confirme les conclusions des études antérieures; (ii) Mais dans le cas de l'analyse de la régression multiple, l'explication obtenue pour la sévérité de la maladie avec les 18 variétés indépendamment choisies, est toujours très basse 17%, 25% et 21% respectivement pour l'ensemble des parcelles et séparément pour les parcelles du Nord et Sud du pays (iii) Le traitement conjoint des parcelles Nord et Sud montre des rapports entre la variable dépendante et les variables indépendante difficilement explicable, alors que le traitement séparé des parcelles Nord et Sud du pays démontre quelques rapports ayant du sens, comme dans le cas de l'altitude pour les parcelles du Nord et de la compacité du terrain dans les parcelles du Sud, mais d'autres rapports sont d’explication difficile; (iv). L'analyse statistique des résultats ne permet pas de détacher clairement les facteurs les plus directement responsables de la sévérité de la maladie et a mené à des résultats peu explicables tenant en compte les rapports sol-plante, conclusion à laquelle d'autres auteurs sont arrivés et qu'on a attribué à l'interaction entre les propriétés et à la difficulté d'en quantifier quelques-unes. <![CDATA[<B>Qualidade da Secagem de <I>Eucalyptus grandis </I>Mediante Vaporização Simultânea em Toros e em Madeira Serrada</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt No presente estudo foi avaliada a combinação das técnicas de vaporização em toros e a vaporização preliminar à secagem para a melhoria da qualidade da madeira serrada de Eucalyptus grandis. Para tanto, foram utilizados toros com diâmetros de 20 a <25, 25 a <30 e 30 a <35 cm, procedentes do Horto Florestal de Mandurí, SP, Brasil. Parte dos toros foi vaporizada a 90ºC durante 20 horas. Posteriormente, todos os toros (controle e vaporizados) foram serrados pelo sistema de corte tangencial e depois pré-vaporizados a 90ºC durante 3 horas após 1 hora de aquecimento inicial. Todo o material foi seco em secador convencional e avaliaram-se os defeitos de secagem. Os resultados mostram que a vaporização de toros combinada com a pré-vaporização da madeira serrada promoveu: (1) a diminuição da ocorrência de tábuas com defeitos fortes nas três classes de diâmetro de toros; (2) a diminuição significativa do índice médio de defeitos de secagem nas tábuas retiradas das três classes de diâmetro de toros.<hr/>In the present study, the union of the board pre-steaming and logs steaming techniques on Eucalyptus grandis wood drying quality, was evaluated. In order to do so, logs with diameters from 20 to <25, 25 to <30 and 30 to <35 cm, from the Horto Florestal, Mandurí, São Paulo, Brazil, were used. Half of the logs were steamed during 20 hours at 90ºC of temperature. Later the logs (control and steamed) were sawed with tangential system and the boards were pre-steamed during 3 hours at 90ºC of temperature after 1 hour of initial heating. The boards were dried in the dry-kiln pilot and the drying defects were evaluated. The results shown that the union of the board pre-steaming and logs steaming techniques caused: (1) reduction of the number of boards with drying defects classified as severe in the three logs diameters classes; (2) significant reduction of the average drying defects rate in the boards removed from the three logs diameter classes.<hr/>Dans la présente étude la combinaison des techniques de vaporisation sur des tores et la vaporisation préliminaire au séchage a été évaluée pour améliorer la qualité du bois scié d'Eucalyptus grandis. Pour cela des tores d'un diamètre de 20 à <25, 25 à 30 et 30 à 35 cm, provenant du Horto Florestal de Manduri, Etat de São-Paulo, Brésil ont été utilisés; Une partie des tores a été vaporisée à une température de 90ºC pendant 20 heures. Postérieurement, tous les tores (contrôlés et vaporisés) ont été dépliés par le système de coupe tangentielle et ensuite pré vaporisés à une température de 90ºC pendant 3 heures après une heure de réchauffement initial. Tout le matériel a été séché sous serre pilote de séchage conventionnel et les défauts de séchage ont été évalués. Les résultats montrent que la vaporisation des tores associée à une pré vaporisation du bois scié a assuré: (1) la diminution d'un risque de planches présentant de grands défauts dans les trois classes de diamètres de tores; (2) la diminution significative de l'indice moyen de défauts de séchage sur les planches retirées dans les trois classes de diamètres des tores. <![CDATA[<B>Optimização da Localização de Unidades de Remediação de Resíduos de Madeira Tratada</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O principal objectivo deste trabalho consiste em optimizar a localização de unidades de remediação de resíduos de madeira preservada, de forma a assegurar-lhes uma gestão adequada e a minimizar os custos. Prevêem-se aumentos significativos neste fluxo de resíduos nas próximas décadas, sendo que dezenas de milhares de m³ gerados anualmente em Portugal terão de ter um destino adequado. A reciclagem destes resíduos apenas deverá ser realizada após a sua remediação, pelo que o planeamento e optimização da localização de unidades de tratamento assumem uma grande importância. O modelo de localização foi implementado com base em informação georreferenciada, utilizando Sistemas de Informação Geográfica (ArcGIS 8.2 © ESRI) e informação georreferenciada sobre o uso do solo e os resultados do inquérito enviado às indústrias de preservação de madeira. Foram testados dois métodos diferentes de análise de clusters (Self-Organizing Maps e K-means), em diferentes condições, para resolver este problema de localização. As soluções obtidas com os dois métodos fazem sentido e podem ser utilizadas para decidir a localização das unidades de remediação. Enquanto que o SOM obteve resultados mais robustos e reprodutíveis, em tempos computacionais mais longos, o K-means obteve melhores soluções, apesar da maior variância e dispersão geográfica.<hr/>The objective of this study is to optimise the location of remediation plants for treating CCA-treated wood waste for further recycling, minimizing costs and respecting environmental criteria. In the next decades, the amounts of treated wood that annually needs to be properly disposed of in Portugal will increase considerably. The recycling of this waste, containing chromium, copper and arsenic, should only be made after its remediation, so planning and optimising the units' locations is of major importance. The location model was implemented with geographic information using Geographic Information Systems (ArcGIS 8.2 © ESRI), soil occupation data and the results of a questionnaire sent to wood preservation industries. Two different clustering methods (Self-Organizing Maps and K-means) were tested in different conditions to solve the location problem. The solution obtained with either clustering methods are valid and could be used to decide the location of these plants. SOM provided more robust and reproducible results than K-means, with the disadvantage of longer computing times. The main advantage of K-means is the reduced computing time. Additionally it allows us to obtain the best solutions in the majority of cases, in spite of bigger variances and more geographical dispersion.<hr/>Le principal objectif de cette étude est d'optimiser la localisation des usines de remédiation pour traiter les déchets de bois imprégné avec CCA, en minimisant les coûts et en respectant les critères environnementaux. Dans les prochaines décennies, au Portugal, les quantités de bois traité, devant être annuellement correctement entreposés, augmenteront considérablement. Le recyclage de ces déchets, contenant chrome, cuivre et arsenic, devrait seulement être fait après leur remédiation, donc la planification et l'optimisation des sites des usines sont très importantes. Le modèle de localisation a été implémenté grâce à l'information géographique en utilisant des systèmes d'information géographiques (ArcGIS 8.2 © ESRI), à l'occupation du sol et aux résultats d'un questionnaire envoyé aux industries d'imprégnation du bois. Deux méthodes de groupage différentes (Self-organizing Maps et K-means) ont été examinées dans différentes conditions. Les solutions obtenues avec les deux méthodes sont viables et pourraient être employées pour décider de l'endroit de l'emplacement de ces usines. SOM a fourni des résultats plus robustes et reproductibles que K-means, avec l'inconvénient de durées de calcul plus longues. Le principal avantage de K-means, comparé à SOM, est la durée de calcul plus réduite et l'obtention de meilleures solutions dans la plupart des tests, malgré de grandes variations et une dispersion géographique. <![CDATA[<B>Destilação por Vapor de Água de Alecrim (R<I>osmarinus officinalis</I> L.) de Portugal</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt While considering the project and the economic evaluation of an industrial steam distillation unit for essential oils there is a need to take into consideration that full extraction will need a lot of steam and that the length of the operation will determine the processing capacity of the unit. One must also quantify and dimension the equipment according to seasonal variations and associated processing peaks. Pilot tests are useful in obtaining data to cope with this problems and dimensioning industrial stills. Portuguese Rosmarinus officinalis L. is evaluated as an example.<hr/>Na elaboração do projecto e avaliação económica duma unidade industrial de destilação por vapor de água de óleos essenciais é necessário ter em consideração que a extracção total dos óleos é exigente no consumo de vapor e que a duração da operação determinará a capacidade de produção do destilador. É também necessário quantificar e dimensionar o equipamento de acordo com as variações sasonais de recolha da planta. Os testes piloto são importantes na obtenção de dados para a resolução destes problemas e dimensionamento de destilarias industriais. O alecrim (Rosmarinus officinalis L.) de origem portuguesa foi avaliado como exemplo.<hr/>Lors de l'élaboration du projet et de l'évaluation économique d'une unité de distillation d'huiles essentielles il faut prendre en considération que l'extraction exhaustive de l'huile par distillation à la vapeur est exigeante en consommation de vapeur et que la durée de l'opération détermine la capacité productive du distillateur. Celle-ci sera aussi importante pour déterminer la dimension des équipements et des installations, en accord avec la saisonnalité de la récolte de la plante. Des éssais-pilotes peuvent être utiles pour résoudre ces problèmes de dimensionnement des distillateurs. Le romarin d'origine portugaise (Rosmarinus officinalis L.) a été évalué à titre d'exemple. <![CDATA[<B>Estudo Laboratorial do Deslocamento de Sementes de <I>Pinus pinea</I>,<I> Pinus pinaster</I> e <I>Grevillea</I> sp. sob Acção de Chuva Simulada</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Uma das soluções para combater a erosão do solo é a reflorestação. No entanto, as sementeiras efectuadas em terrenos com declives elevados podem deparar-se com o problema de arrastamento das sementes pelo escoamento superficial. Neste trabalho apresentam-se resultados laboratoriais relativos ao estudo do movimento de sementes de Pinus pinea, Pinus pinaster e Grevillea sp., sobre solo nu, utilizando um simulador de chuva e um canal de terra. Para uma dada chuvada, com intensidade constante no tempo, mediram-se os deslocamentos das sementes para declives do canal de 10, 20 e 30%. Os resultados mostram uma estreita relação entre a distância percorrida pelas sementes e características físicas das sementes estudadas (e.g. peso da semente), bem como entre essa distância e o declive do solo.<hr/>Reforestation plays an important role against soil erosion. However, seeds on sloping terrains can be displaced downslope by overland flow. This work presents a laboratory study on the movement of seeds of Pinus pinea, Pinus pinaster and Grevillea sp. over bare soil, caused by the combined action of simulated rainfall and drainage channel. The laboratory set-up used a rectangular soil flume and a rainfall simulator. The slope of the flume was set at 10, 20 and 30%. The rainfall events had a constant intensity and a fixed duration. Results show a relation between the seeds displacement distance and the physical characteristics of the seeds (e.g. weight of the seeds) and between that displacement and the slope.<hr/>Le reboisement joue un rôle important de protection du sol contre l'érosion. Toutefois, les semences situées en terrain accidenté peuvent être transportées par les eaux de ruissellement de surface. Cet article scientifique présente des résultats expérimentaux sur le déplacement des semences de Pinus pinea, Pinus pinaster et Grevillea sp. sur un sol nu sous l'action combiné de la pluie et du ruissellement. Le montage expérimental est formé d'un plan rectangulaire recouvert de sol et d'un simulateur de pluie. Des pentes de terrain de 10, 20 et 30% ont été étudiées pour des épisodes de pluie d'intensité constante et de durée fixe. Les résultats montrent une dépendance de la distance de déplacement des semences à leurs caractéristiques physiques (ex. poids) et une autre à la pente. <![CDATA[<B>A Dinâmica Estocástica para Povoamentos Puros Auto-Desbastados</B>: <B>Uma Inquirição Simulatória</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt The author establishes and uses stochastic simulators for self-thinned even-aged, and uneven-aged pure stands of Pinus pinaster Ait. In both types of simulators he considers several levels of environmental stochasticity. From the application of the simulator for even-aged stands he concludes that the values in the range -1.45 to -1.49, found in the literature, and obtained from empirical data, do not allow the definitive rejection of the 3/2 power law. The simulator for uneven-aged stands has a mechanism to mimic different degrees of homeostasis. The author performed several sets of runs with this model, for combinations of values of environmental variability and of homeostasis. He then presents and interprets his simulated data. The model for uneven-aged stands reveals ergodicity. The author formally characterizes the dynamics of the area per tree.<hr/>O autor estabelece e aplica simuladores estocásticos para povoamentos puros auto-desbastados de Pinus pinaster Ait., tanto regulares como irregulares. Em ambos os casos considera diferentes níveis de estocacidade ambiental. Da utilização do simulador para os povoamentos regulares ele conclui que provavelmente valores entre -1.45 e -1.49, obtidos a partir de dados empíricos, não permitem uma rejeição definitiva da lei dos 3/2. O modelo para os povoamentos irregulares tem um mecanismo para simular vários graus de homeostasis do povoamento. Para várias combinações de valores de variabilidade ambiental e homeostasis ele empreendeu grupos de simulações, cujos resultados apresenta e interpreta. O modelo para os povoamentos irregulares revela ergodicidade. O autor faz a caracterização formal da dinâmica da área por árvore.<hr/>L'auteur établi et applique des simulateurs stochastiques pour les peuplements purs et auto-éclaircis de Pinus pinaster Ait., réguliers et irréguliers. Il conclue que probablement, les valeurs de -1.45 à 1.48, obtenues à partir des données empiriques ne permettent pas le rejet définitif de la loi de l'exposant 3/2. Les simulateurs pour les peuplements irréguliers contiennent un mécanisme d'homéostasie contrôlable. L'auteur présente et interprète les résultats de différentes simulations avec divers niveaux stochastiques de l'environnement et d'homéostasie. Le modèle pour les peuplements irréguliers est ergodique. L'auteur fait une analyse formelle de la surface par arbre. <![CDATA[<B>Estimativa de Emissões Atmosféricas Originadas por Fogos Rurais em Portugal</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os ecossistemas vegetais terrestres são uma componente importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Contudo, persistem incertezas consideráveis quanto à magnitude das trocas de carbono que se estabelecem entre a superfície terrestre e a atmosfera. Os incêndios surgem neste contexto como uma importante fonte de emissão de carbono e outros compostos para a atmosfera, razão pela qual se torna necessário tentar estimar aqueles montantes. Com o presente estudo, que tomou a década de 90 como referência, tentou-se introduzir conceitos e metodologias que permitissem quantificar as emissões atmosféricas originadas por incêndios em Portugal, contribuindo assim para a redução das incertezas associadas aos fluxos que se estabelecem entre a vegetação e a atmosfera. Para tal, procedeu-se à compilação de dados relativos às áreas ardidas, biomassa média existente por tipo de ocupação do solo, fracções consumidas em incêndios e conversão da biomassa consumida em compostos libertados. Os valores obtidos para a emissão de gases com efeito de estufa variaram entre um mínimo de 0,474 Mt de CO2 eq. em 1997 e um máximo de 3,869 Mt de CO2 eq. em 1998. Com base nos dados da década de 90 construiu-se uma regressão linear simples entre área ardida e emissões, possibilitando, por exemplo, determinar que o montante dos gases com efeito de estufa libertados no Verão de 2003 foi de 7,39 Mt de CO2 eq.<hr/>Terrestrial ecosystems are an important component of the global biogeochemical carbon cycle. However, considerable uncertainties remain regarding the magnitude of carbon exchanges between the land surface and the atmosphere. Vegetation fires are an important source of emissions of carbon and other chemical compounds, whose magnitudes must be estimated. The present study encompasses the 1990s and introduces approaches to quantify atmospheric emissions from wildfires in Portugal, thus contributing towards reducing uncertainties associated with land-atmosphere exchanges. We compiled data for area burned, mean biomass per land cover type, combustion factors and emission factors. The values obtained for greenhouse gas emissions varied from a minimum of 0,474 Mt CO2 eq. in 1997 to a maximum of 3,869 Mt CO2 eq. in 1998. We developed a linear regression model to estimate emissions from burned and calculated that 7,39 Mt CO2 eq. were released during the extremely sever fire season of 2003.<hr/>Les écosystèmes végétaux terrestres sont une composante importante du cycle biogéochimique du carbone. Toutefois, des incertitudes considérables persistent en ce qui concerne la magnitude des échanges de carbone qui s'établissent entre la superficie terrestre et l'atmosphère. Les incendies apparaissent dans ce contexte comme une importante source d'émission de carbone et d'autres composants pour l'atmosphère, raison pour laquelle il s'avère nécessaire d'essayer d'estimer ces émissions. Dans cette étude, qui a comme point de référence les années 90, on a essayé d'introduire des concepts et des méthodologies permettant la quantification des émissions atmosphériques créées par des incendies au Portugal, contribuant ainsi à la réduction des incertitudes associées aux flux qui s'établissent entre la végétation et l'atmosphère. A cette fin, on a procédé à la compilation des données relatives aux aires brûlées, biomasse moyenne par type d'occupation de sol, fractions consommées par des incendies, et conversion de la biomasse consommée en composants libérés. Les valeurs obtenues par l'émission de gaz à effet de serre, en conséquence des incendies, ont varié entre un minimum de 0,474 Mt de CO2 eq. en 1997 et un maximum de 3,869 Mt de CO2 eq. en 1998. Sur base des donnés de la décade de 90, on a obtenu une régression linéaire simple entre l'aire brûlée et les émissions, qui a permis, par exemple, de déterminer que le montant de gaz à effet de serre libéré durant l'Été de 2003 a atteint les 7,39 Mt de CO2 eq. <![CDATA[<B>∫1. De Novarum Flora Lusitana Commentarii - VII </B><I>In memoriam A. R. Pinto da Silva (1912 - 1992)</I>: <B>21.New interesting mosses occurring on moist calcareous cliffs in West Coast of for Portugal</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os ecossistemas vegetais terrestres são uma componente importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Contudo, persistem incertezas consideráveis quanto à magnitude das trocas de carbono que se estabelecem entre a superfície terrestre e a atmosfera. Os incêndios surgem neste contexto como uma importante fonte de emissão de carbono e outros compostos para a atmosfera, razão pela qual se torna necessário tentar estimar aqueles montantes. Com o presente estudo, que tomou a década de 90 como referência, tentou-se introduzir conceitos e metodologias que permitissem quantificar as emissões atmosféricas originadas por incêndios em Portugal, contribuindo assim para a redução das incertezas associadas aos fluxos que se estabelecem entre a vegetação e a atmosfera. Para tal, procedeu-se à compilação de dados relativos às áreas ardidas, biomassa média existente por tipo de ocupação do solo, fracções consumidas em incêndios e conversão da biomassa consumida em compostos libertados. Os valores obtidos para a emissão de gases com efeito de estufa variaram entre um mínimo de 0,474 Mt de CO2 eq. em 1997 e um máximo de 3,869 Mt de CO2 eq. em 1998. Com base nos dados da década de 90 construiu-se uma regressão linear simples entre área ardida e emissões, possibilitando, por exemplo, determinar que o montante dos gases com efeito de estufa libertados no Verão de 2003 foi de 7,39 Mt de CO2 eq.<hr/>Terrestrial ecosystems are an important component of the global biogeochemical carbon cycle. However, considerable uncertainties remain regarding the magnitude of carbon exchanges between the land surface and the atmosphere. Vegetation fires are an important source of emissions of carbon and other chemical compounds, whose magnitudes must be estimated. The present study encompasses the 1990s and introduces approaches to quantify atmospheric emissions from wildfires in Portugal, thus contributing towards reducing uncertainties associated with land-atmosphere exchanges. We compiled data for area burned, mean biomass per land cover type, combustion factors and emission factors. The values obtained for greenhouse gas emissions varied from a minimum of 0,474 Mt CO2 eq. in 1997 to a maximum of 3,869 Mt CO2 eq. in 1998. We developed a linear regression model to estimate emissions from burned and calculated that 7,39 Mt CO2 eq. were released during the extremely sever fire season of 2003.<hr/>Les écosystèmes végétaux terrestres sont une composante importante du cycle biogéochimique du carbone. Toutefois, des incertitudes considérables persistent en ce qui concerne la magnitude des échanges de carbone qui s'établissent entre la superficie terrestre et l'atmosphère. Les incendies apparaissent dans ce contexte comme une importante source d'émission de carbone et d'autres composants pour l'atmosphère, raison pour laquelle il s'avère nécessaire d'essayer d'estimer ces émissions. Dans cette étude, qui a comme point de référence les années 90, on a essayé d'introduire des concepts et des méthodologies permettant la quantification des émissions atmosphériques créées par des incendies au Portugal, contribuant ainsi à la réduction des incertitudes associées aux flux qui s'établissent entre la végétation et l'atmosphère. A cette fin, on a procédé à la compilation des données relatives aux aires brûlées, biomasse moyenne par type d'occupation de sol, fractions consommées par des incendies, et conversion de la biomasse consommée en composants libérés. Les valeurs obtenues par l'émission de gaz à effet de serre, en conséquence des incendies, ont varié entre un minimum de 0,474 Mt de CO2 eq. en 1997 et un maximum de 3,869 Mt de CO2 eq. en 1998. Sur base des donnés de la décade de 90, on a obtenu une régression linéaire simple entre l'aire brûlée et les émissions, qui a permis, par exemple, de déterminer que le montant de gaz à effet de serre libéré durant l'Été de 2003 a atteint les 7,39 Mt de CO2 eq. <![CDATA[<B>∫1. De Novarum Flora Lusitana Commentarii - VII </B><I>In memoriam A. R. Pinto da Silva (1912 - 1992)</I>: <B>22. <I>Rubus galloecicus</I> Pau, uma nova silva para a flora de Portugal </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os ecossistemas vegetais terrestres são uma componente importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Contudo, persistem incertezas consideráveis quanto à magnitude das trocas de carbono que se estabelecem entre a superfície terrestre e a atmosfera. Os incêndios surgem neste contexto como uma importante fonte de emissão de carbono e outros compostos para a atmosfera, razão pela qual se torna necessário tentar estimar aqueles montantes. Com o presente estudo, que tomou a década de 90 como referência, tentou-se introduzir conceitos e metodologias que permitissem quantificar as emissões atmosféricas originadas por incêndios em Portugal, contribuindo assim para a redução das incertezas associadas aos fluxos que se estabelecem entre a vegetação e a atmosfera. Para tal, procedeu-se à compilação de dados relativos às áreas ardidas, biomassa média existente por tipo de ocupação do solo, fracções consumidas em incêndios e conversão da biomassa consumida em compostos libertados. Os valores obtidos para a emissão de gases com efeito de estufa variaram entre um mínimo de 0,474 Mt de CO2 eq. em 1997 e um máximo de 3,869 Mt de CO2 eq. em 1998. Com base nos dados da década de 90 construiu-se uma regressão linear simples entre área ardida e emissões, possibilitando, por exemplo, determinar que o montante dos gases com efeito de estufa libertados no Verão de 2003 foi de 7,39 Mt de CO2 eq.<hr/>Terrestrial ecosystems are an important component of the global biogeochemical carbon cycle. However, considerable uncertainties remain regarding the magnitude of carbon exchanges between the land surface and the atmosphere. Vegetation fires are an important source of emissions of carbon and other chemical compounds, whose magnitudes must be estimated. The present study encompasses the 1990s and introduces approaches to quantify atmospheric emissions from wildfires in Portugal, thus contributing towards reducing uncertainties associated with land-atmosphere exchanges. We compiled data for area burned, mean biomass per land cover type, combustion factors and emission factors. The values obtained for greenhouse gas emissions varied from a minimum of 0,474 Mt CO2 eq. in 1997 to a maximum of 3,869 Mt CO2 eq. in 1998. We developed a linear regression model to estimate emissions from burned and calculated that 7,39 Mt CO2 eq. were released during the extremely sever fire season of 2003.<hr/>Les écosystèmes végétaux terrestres sont une composante importante du cycle biogéochimique du carbone. Toutefois, des incertitudes considérables persistent en ce qui concerne la magnitude des échanges de carbone qui s'établissent entre la superficie terrestre et l'atmosphère. Les incendies apparaissent dans ce contexte comme une importante source d'émission de carbone et d'autres composants pour l'atmosphère, raison pour laquelle il s'avère nécessaire d'essayer d'estimer ces émissions. Dans cette étude, qui a comme point de référence les années 90, on a essayé d'introduire des concepts et des méthodologies permettant la quantification des émissions atmosphériques créées par des incendies au Portugal, contribuant ainsi à la réduction des incertitudes associées aux flux qui s'établissent entre la végétation et l'atmosphère. A cette fin, on a procédé à la compilation des données relatives aux aires brûlées, biomasse moyenne par type d'occupation de sol, fractions consommées par des incendies, et conversion de la biomasse consommée en composants libérés. Les valeurs obtenues par l'émission de gaz à effet de serre, en conséquence des incendies, ont varié entre un minimum de 0,474 Mt de CO2 eq. en 1997 et un maximum de 3,869 Mt de CO2 eq. en 1998. Sur base des donnés de la décade de 90, on a obtenu une régression linéaire simple entre l'aire brûlée et les émissions, qui a permis, par exemple, de déterminer que le montant de gaz à effet de serre libéré durant l'Été de 2003 a atteint les 7,39 Mt de CO2 eq. <![CDATA[<B>∫1. De Novarum Flora Lusitana Commentarii - VII </B><I>In memoriam A. R. Pinto da Silva (1912 - 1992)</I>: <B>23.<I> Pimpinella major </I>(L.) Huds., uma nova Apiaceae para a flora de Portugal</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os ecossistemas vegetais terrestres são uma componente importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Contudo, persistem incertezas consideráveis quanto à magnitude das trocas de carbono que se estabelecem entre a superfície terrestre e a atmosfera. Os incêndios surgem neste contexto como uma importante fonte de emissão de carbono e outros compostos para a atmosfera, razão pela qual se torna necessário tentar estimar aqueles montantes. Com o presente estudo, que tomou a década de 90 como referência, tentou-se introduzir conceitos e metodologias que permitissem quantificar as emissões atmosféricas originadas por incêndios em Portugal, contribuindo assim para a redução das incertezas associadas aos fluxos que se estabelecem entre a vegetação e a atmosfera. Para tal, procedeu-se à compilação de dados relativos às áreas ardidas, biomassa média existente por tipo de ocupação do solo, fracções consumidas em incêndios e conversão da biomassa consumida em compostos libertados. Os valores obtidos para a emissão de gases com efeito de estufa variaram entre um mínimo de 0,474 Mt de CO2 eq. em 1997 e um máximo de 3,869 Mt de CO2 eq. em 1998. Com base nos dados da década de 90 construiu-se uma regressão linear simples entre área ardida e emissões, possibilitando, por exemplo, determinar que o montante dos gases com efeito de estufa libertados no Verão de 2003 foi de 7,39 Mt de CO2 eq.<hr/>Terrestrial ecosystems are an important component of the global biogeochemical carbon cycle. However, considerable uncertainties remain regarding the magnitude of carbon exchanges between the land surface and the atmosphere. Vegetation fires are an important source of emissions of carbon and other chemical compounds, whose magnitudes must be estimated. The present study encompasses the 1990s and introduces approaches to quantify atmospheric emissions from wildfires in Portugal, thus contributing towards reducing uncertainties associated with land-atmosphere exchanges. We compiled data for area burned, mean biomass per land cover type, combustion factors and emission factors. The values obtained for greenhouse gas emissions varied from a minimum of 0,474 Mt CO2 eq. in 1997 to a maximum of 3,869 Mt CO2 eq. in 1998. We developed a linear regression model to estimate emissions from burned and calculated that 7,39 Mt CO2 eq. were released during the extremely sever fire season of 2003.<hr/>Les écosystèmes végétaux terrestres sont une composante importante du cycle biogéochimique du carbone. Toutefois, des incertitudes considérables persistent en ce qui concerne la magnitude des échanges de carbone qui s'établissent entre la superficie terrestre et l'atmosphère. Les incendies apparaissent dans ce contexte comme une importante source d'émission de carbone et d'autres composants pour l'atmosphère, raison pour laquelle il s'avère nécessaire d'essayer d'estimer ces émissions. Dans cette étude, qui a comme point de référence les années 90, on a essayé d'introduire des concepts et des méthodologies permettant la quantification des émissions atmosphériques créées par des incendies au Portugal, contribuant ainsi à la réduction des incertitudes associées aux flux qui s'établissent entre la végétation et l'atmosphère. A cette fin, on a procédé à la compilation des données relatives aux aires brûlées, biomasse moyenne par type d'occupation de sol, fractions consommées par des incendies, et conversion de la biomasse consommée en composants libérés. Les valeurs obtenues par l'émission de gaz à effet de serre, en conséquence des incendies, ont varié entre un minimum de 0,474 Mt de CO2 eq. en 1997 et un maximum de 3,869 Mt de CO2 eq. en 1998. Sur base des donnés de la décade de 90, on a obtenu une régression linéaire simple entre l'aire brûlée et les émissions, qui a permis, par exemple, de déterminer que le montant de gaz à effet de serre libéré durant l'Été de 2003 a atteint les 7,39 Mt de CO2 eq. <![CDATA[<B>1. De Novarum Flora Lusitana Commentarii - VII </B><I>In memoriam A. R. Pinto da Silva (1912 - 1992)</I>: <B>24<I>. Allium ursinum </I>L. subsp. <I>ursinum</I>: confirmação da presença em Portugal</B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os ecossistemas vegetais terrestres são uma componente importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Contudo, persistem incertezas consideráveis quanto à magnitude das trocas de carbono que se estabelecem entre a superfície terrestre e a atmosfera. Os incêndios surgem neste contexto como uma importante fonte de emissão de carbono e outros compostos para a atmosfera, razão pela qual se torna necessário tentar estimar aqueles montantes. Com o presente estudo, que tomou a década de 90 como referência, tentou-se introduzir conceitos e metodologias que permitissem quantificar as emissões atmosféricas originadas por incêndios em Portugal, contribuindo assim para a redução das incertezas associadas aos fluxos que se estabelecem entre a vegetação e a atmosfera. Para tal, procedeu-se à compilação de dados relativos às áreas ardidas, biomassa média existente por tipo de ocupação do solo, fracções consumidas em incêndios e conversão da biomassa consumida em compostos libertados. Os valores obtidos para a emissão de gases com efeito de estufa variaram entre um mínimo de 0,474 Mt de CO2 eq. em 1997 e um máximo de 3,869 Mt de CO2 eq. em 1998. Com base nos dados da década de 90 construiu-se uma regressão linear simples entre área ardida e emissões, possibilitando, por exemplo, determinar que o montante dos gases com efeito de estufa libertados no Verão de 2003 foi de 7,39 Mt de CO2 eq.<hr/>Terrestrial ecosystems are an important component of the global biogeochemical carbon cycle. However, considerable uncertainties remain regarding the magnitude of carbon exchanges between the land surface and the atmosphere. Vegetation fires are an important source of emissions of carbon and other chemical compounds, whose magnitudes must be estimated. The present study encompasses the 1990s and introduces approaches to quantify atmospheric emissions from wildfires in Portugal, thus contributing towards reducing uncertainties associated with land-atmosphere exchanges. We compiled data for area burned, mean biomass per land cover type, combustion factors and emission factors. The values obtained for greenhouse gas emissions varied from a minimum of 0,474 Mt CO2 eq. in 1997 to a maximum of 3,869 Mt CO2 eq. in 1998. We developed a linear regression model to estimate emissions from burned and calculated that 7,39 Mt CO2 eq. were released during the extremely sever fire season of 2003.<hr/>Les écosystèmes végétaux terrestres sont une composante importante du cycle biogéochimique du carbone. Toutefois, des incertitudes considérables persistent en ce qui concerne la magnitude des échanges de carbone qui s'établissent entre la superficie terrestre et l'atmosphère. Les incendies apparaissent dans ce contexte comme une importante source d'émission de carbone et d'autres composants pour l'atmosphère, raison pour laquelle il s'avère nécessaire d'essayer d'estimer ces émissions. Dans cette étude, qui a comme point de référence les années 90, on a essayé d'introduire des concepts et des méthodologies permettant la quantification des émissions atmosphériques créées par des incendies au Portugal, contribuant ainsi à la réduction des incertitudes associées aux flux qui s'établissent entre la végétation et l'atmosphère. A cette fin, on a procédé à la compilation des données relatives aux aires brûlées, biomasse moyenne par type d'occupation de sol, fractions consommées par des incendies, et conversion de la biomasse consommée en composants libérés. Les valeurs obtenues par l'émission de gaz à effet de serre, en conséquence des incendies, ont varié entre un minimum de 0,474 Mt de CO2 eq. en 1997 et un maximum de 3,869 Mt de CO2 eq. en 1998. Sur base des donnés de la décade de 90, on a obtenu une régression linéaire simple entre l'aire brûlée et les émissions, qui a permis, par exemple, de déterminer que le montant de gaz à effet de serre libéré durant l'Été de 2003 a atteint les 7,39 Mt de CO2 eq. <![CDATA[<B>∫2. <I>De Vegetatio Lusitana Notae</I>- V</B>: <B>10. Perennial vegetation of coastal sand-dunes in northern Portugal </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os ecossistemas vegetais terrestres são uma componente importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Contudo, persistem incertezas consideráveis quanto à magnitude das trocas de carbono que se estabelecem entre a superfície terrestre e a atmosfera. Os incêndios surgem neste contexto como uma importante fonte de emissão de carbono e outros compostos para a atmosfera, razão pela qual se torna necessário tentar estimar aqueles montantes. Com o presente estudo, que tomou a década de 90 como referência, tentou-se introduzir conceitos e metodologias que permitissem quantificar as emissões atmosféricas originadas por incêndios em Portugal, contribuindo assim para a redução das incertezas associadas aos fluxos que se estabelecem entre a vegetação e a atmosfera. Para tal, procedeu-se à compilação de dados relativos às áreas ardidas, biomassa média existente por tipo de ocupação do solo, fracções consumidas em incêndios e conversão da biomassa consumida em compostos libertados. Os valores obtidos para a emissão de gases com efeito de estufa variaram entre um mínimo de 0,474 Mt de CO2 eq. em 1997 e um máximo de 3,869 Mt de CO2 eq. em 1998. Com base nos dados da década de 90 construiu-se uma regressão linear simples entre área ardida e emissões, possibilitando, por exemplo, determinar que o montante dos gases com efeito de estufa libertados no Verão de 2003 foi de 7,39 Mt de CO2 eq.<hr/>Terrestrial ecosystems are an important component of the global biogeochemical carbon cycle. However, considerable uncertainties remain regarding the magnitude of carbon exchanges between the land surface and the atmosphere. Vegetation fires are an important source of emissions of carbon and other chemical compounds, whose magnitudes must be estimated. The present study encompasses the 1990s and introduces approaches to quantify atmospheric emissions from wildfires in Portugal, thus contributing towards reducing uncertainties associated with land-atmosphere exchanges. We compiled data for area burned, mean biomass per land cover type, combustion factors and emission factors. The values obtained for greenhouse gas emissions varied from a minimum of 0,474 Mt CO2 eq. in 1997 to a maximum of 3,869 Mt CO2 eq. in 1998. We developed a linear regression model to estimate emissions from burned and calculated that 7,39 Mt CO2 eq. were released during the extremely sever fire season of 2003.<hr/>Les écosystèmes végétaux terrestres sont une composante importante du cycle biogéochimique du carbone. Toutefois, des incertitudes considérables persistent en ce qui concerne la magnitude des échanges de carbone qui s'établissent entre la superficie terrestre et l'atmosphère. Les incendies apparaissent dans ce contexte comme une importante source d'émission de carbone et d'autres composants pour l'atmosphère, raison pour laquelle il s'avère nécessaire d'essayer d'estimer ces émissions. Dans cette étude, qui a comme point de référence les années 90, on a essayé d'introduire des concepts et des méthodologies permettant la quantification des émissions atmosphériques créées par des incendies au Portugal, contribuant ainsi à la réduction des incertitudes associées aux flux qui s'établissent entre la végétation et l'atmosphère. A cette fin, on a procédé à la compilation des données relatives aux aires brûlées, biomasse moyenne par type d'occupation de sol, fractions consommées par des incendies, et conversion de la biomasse consommée en composants libérés. Les valeurs obtenues par l'émission de gaz à effet de serre, en conséquence des incendies, ont varié entre un minimum de 0,474 Mt de CO2 eq. en 1997 et un maximum de 3,869 Mt de CO2 eq. en 1998. Sur base des donnés de la décade de 90, on a obtenu une régression linéaire simple entre l'aire brûlée et les émissions, qui a permis, par exemple, de déterminer que le montant de gaz à effet de serre libéré durant l'Été de 2003 a atteint les 7,39 Mt de CO2 eq. <![CDATA[<B>∫2. <I>De Vegetatio Lusitana Notae</I>- V</B>: <B>11. Two new endemic megaforb (<I>Galio-Urticetea</I>) vegetation types from North-western Portugal </B>]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os ecossistemas vegetais terrestres são uma componente importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Contudo, persistem incertezas consideráveis quanto à magnitude das trocas de carbono que se estabelecem entre a superfície terrestre e a atmosfera. Os incêndios surgem neste contexto como uma importante fonte de emissão de carbono e outros compostos para a atmosfera, razão pela qual se torna necessário tentar estimar aqueles montantes. Com o presente estudo, que tomou a década de 90 como referência, tentou-se introduzir conceitos e metodologias que permitissem quantificar as emissões atmosféricas originadas por incêndios em Portugal, contribuindo assim para a redução das incertezas associadas aos fluxos que se estabelecem entre a vegetação e a atmosfera. Para tal, procedeu-se à compilação de dados relativos às áreas ardidas, biomassa média existente por tipo de ocupação do solo, fracções consumidas em incêndios e conversão da biomassa consumida em compostos libertados. Os valores obtidos para a emissão de gases com efeito de estufa variaram entre um mínimo de 0,474 Mt de CO2 eq. em 1997 e um máximo de 3,869 Mt de CO2 eq. em 1998. Com base nos dados da década de 90 construiu-se uma regressão linear simples entre área ardida e emissões, possibilitando, por exemplo, determinar que o montante dos gases com efeito de estufa libertados no Verão de 2003 foi de 7,39 Mt de CO2 eq.<hr/>Terrestrial ecosystems are an important component of the global biogeochemical carbon cycle. However, considerable uncertainties remain regarding the magnitude of carbon exchanges between the land surface and the atmosphere. Vegetation fires are an important source of emissions of carbon and other chemical compounds, whose magnitudes must be estimated. The present study encompasses the 1990s and introduces approaches to quantify atmospheric emissions from wildfires in Portugal, thus contributing towards reducing uncertainties associated with land-atmosphere exchanges. We compiled data for area burned, mean biomass per land cover type, combustion factors and emission factors. The values obtained for greenhouse gas emissions varied from a minimum of 0,474 Mt CO2 eq. in 1997 to a maximum of 3,869 Mt CO2 eq. in 1998. We developed a linear regression model to estimate emissions from burned and calculated that 7,39 Mt CO2 eq. were released during the extremely sever fire season of 2003.<hr/>Les écosystèmes végétaux terrestres sont une composante importante du cycle biogéochimique du carbone. Toutefois, des incertitudes considérables persistent en ce qui concerne la magnitude des échanges de carbone qui s'établissent entre la superficie terrestre et l'atmosphère. Les incendies apparaissent dans ce contexte comme une importante source d'émission de carbone et d'autres composants pour l'atmosphère, raison pour laquelle il s'avère nécessaire d'essayer d'estimer ces émissions. Dans cette étude, qui a comme point de référence les années 90, on a essayé d'introduire des concepts et des méthodologies permettant la quantification des émissions atmosphériques créées par des incendies au Portugal, contribuant ainsi à la réduction des incertitudes associées aux flux qui s'établissent entre la végétation et l'atmosphère. A cette fin, on a procédé à la compilation des données relatives aux aires brûlées, biomasse moyenne par type d'occupation de sol, fractions consommées par des incendies, et conversion de la biomasse consommée en composants libérés. Les valeurs obtenues par l'émission de gaz à effet de serre, en conséquence des incendies, ont varié entre un minimum de 0,474 Mt de CO2 eq. en 1997 et un maximum de 3,869 Mt de CO2 eq. en 1998. Sur base des donnés de la décade de 90, on a obtenu une régression linéaire simple entre l'aire brûlée et les émissions, qui a permis, par exemple, de déterminer que le montant de gaz à effet de serre libéré durant l'Été de 2003 a atteint les 7,39 Mt de CO2 eq. <![CDATA[<I>Alterações climáticas em Portugal. Cenários, impactos e medidas de adaptação</I>: <I>Projecto SIAM II</I> - 1ª edição]]> http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522006000200016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os ecossistemas vegetais terrestres são uma componente importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Contudo, persistem incertezas consideráveis quanto à magnitude das trocas de carbono que se estabelecem entre a superfície terrestre e a atmosfera. Os incêndios surgem neste contexto como uma importante fonte de emissão de carbono e outros compostos para a atmosfera, razão pela qual se torna necessário tentar estimar aqueles montantes. Com o presente estudo, que tomou a década de 90 como referência, tentou-se introduzir conceitos e metodologias que permitissem quantificar as emissões atmosféricas originadas por incêndios em Portugal, contribuindo assim para a redução das incertezas associadas aos fluxos que se estabelecem entre a vegetação e a atmosfera. Para tal, procedeu-se à compilação de dados relativos às áreas ardidas, biomassa média existente por tipo de ocupação do solo, fracções consumidas em incêndios e conversão da biomassa consumida em compostos libertados. Os valores obtidos para a emissão de gases com efeito de estufa variaram entre um mínimo de 0,474 Mt de CO2 eq. em 1997 e um máximo de 3,869 Mt de CO2 eq. em 1998. Com base nos dados da década de 90 construiu-se uma regressão linear simples entre área ardida e emissões, possibilitando, por exemplo, determinar que o montante dos gases com efeito de estufa libertados no Verão de 2003 foi de 7,39 Mt de CO2 eq.<hr/>Terrestrial ecosystems are an important component of the global biogeochemical carbon cycle. However, considerable uncertainties remain regarding the magnitude of carbon exchanges between the land surface and the atmosphere. Vegetation fires are an important source of emissions of carbon and other chemical compounds, whose magnitudes must be estimated. The present study encompasses the 1990s and introduces approaches to quantify atmospheric emissions from wildfires in Portugal, thus contributing towards reducing uncertainties associated with land-atmosphere exchanges. We compiled data for area burned, mean biomass per land cover type, combustion factors and emission factors. The values obtained for greenhouse gas emissions varied from a minimum of 0,474 Mt CO2 eq. in 1997 to a maximum of 3,869 Mt CO2 eq. in 1998. We developed a linear regression model to estimate emissions from burned and calculated that 7,39 Mt CO2 eq. were released during the extremely sever fire season of 2003.<hr/>Les écosystèmes végétaux terrestres sont une composante importante du cycle biogéochimique du carbone. Toutefois, des incertitudes considérables persistent en ce qui concerne la magnitude des échanges de carbone qui s'établissent entre la superficie terrestre et l'atmosphère. Les incendies apparaissent dans ce contexte comme une importante source d'émission de carbone et d'autres composants pour l'atmosphère, raison pour laquelle il s'avère nécessaire d'essayer d'estimer ces émissions. Dans cette étude, qui a comme point de référence les années 90, on a essayé d'introduire des concepts et des méthodologies permettant la quantification des émissions atmosphériques créées par des incendies au Portugal, contribuant ainsi à la réduction des incertitudes associées aux flux qui s'établissent entre la végétation et l'atmosphère. A cette fin, on a procédé à la compilation des données relatives aux aires brûlées, biomasse moyenne par type d'occupation de sol, fractions consommées par des incendies, et conversion de la biomasse consommée en composants libérés. Les valeurs obtenues par l'émission de gaz à effet de serre, en conséquence des incendies, ont varié entre un minimum de 0,474 Mt de CO2 eq. en 1997 et un maximum de 3,869 Mt de CO2 eq. en 1998. Sur base des donnés de la décade de 90, on a obtenu une régression linéaire simple entre l'aire brûlée et les émissions, qui a permis, par exemple, de déterminer que le montant de gaz à effet de serre libéré durant l'Été de 2003 a atteint les 7,39 Mt de CO2 eq.